segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Resenha: Lobo de Rua – Jana P. Bianchi


Título: Lobo de Rua
Autora: Jana P. Bianchi
Ano de lançamento: 2015
Editora: Publicação Independente
Número de páginas: 72

Sinopse skoob:

Raul é um​ morador de rua​, um menino invisível ​como tantos outros. ​Como se sua desgraça​ não fosse suficiente, ​o garoto​​​ descobre-se portador da licantropia, maldição que o transforma em fera sempre que a lua cheia ocupa o céu. Tito Agnelli​ é um velho imigrante italiano.​ ​Ele ​não compartilha do abandono de Raul, mas conhece muito bem a sensação de ser rasgado por dentro ​pela coisa vil​ e selvagem​ que se abriga nele.​ ​
Compadecido com o sofrimento do recém-transformado, Tito ​​acolhe Raul ​e reabre a Alcateia de São Paulo, extinta até então por falta de ​lupinos residentes na Pauliceia. Depois de décadas de contaminação, ​Tito conhece cada detalhe da maldição​ com que precisam lidar​.​ ​E conhece também a Galeria Creta, um lugar​ em São Paulo onde​, na lua cheia,​​ há sempre um abrigo seguro​ para ele e para outros dos seus. Basta pagar o preço.

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Confesso que não conhecia a autora e sua obra até começar a Maratona Literária organizada pela Marcelly do Me Livrando. Foi lá na page da Maratona que descobri diversos autores novos (para mim), incluindo aí a Janayna. Quando vi que teria a chance de ler alguma coisa de lobisomem que não se transforma ao bel prazer e vira um lobo super-crescido, fiquei bem empolgada! Sendo nacional então, bom demais!

Aproveitei a maratona e li o livro. Bom... o livro não é um livro... é na verdade uma novela. Bem curtinho, com apenas 72 páginas. Quando eu comecei a ler não reparei nesse detalhe, já que li o ebook e o kindle nos faz o favor de mostrar a porcentagem e não as páginas. Enfim, quando percebi que já estava quase acabando, fui procurar saber mais a respeito e vi que a obra é algo como uma apresentação.


Autoria da foto: Jana P. Bianchi

Janayna nos apresenta seus personagens que serão mais bem desenvolvidos em um livro maior –  uma série na verdade – A Galeria Creta. Nessa apresentação conhecemos Raul, um garotinho de rua que começa a sofrer de uma “doença” terrível que não compreende. Tito aparece e percebe que o rapazinho precisa de ajuda para entender sua condição. Dessa forma, a autora nos apresenta ao italiano, ao mesmo tempo que nos introduz à “sua” mitologia. Vamos perceber as inspirações na lenda original e as alterações que a autora fez.

A escrita de Bianchi é fluida e gostosa. Eu só não li a obra toda de uma vez porque estava em um dos dias mais cheios que tive no ano. Foi uma leitura deliciosa!

Apesar disso, devo avisar àqueles que não gostam de palavrões, que eles estão bem presentes na narrativa. A autora optou por uma escrita mais informal e a adequou a quem estava falando. Raul é um garoto de rua. Não devemos esperar uma comunicação rebuscada por parte dele. A maior parte dos palavrões presentes na obra sai de sua boca, mas os outros personagens também podem ser meio desbocados vez ou outra! Para quem se incomoda com isso, fica o aviso.

Em paralelo a esse núcleo, somos apresentados a Téo. No momento que ocorre a mudança de nicho foi uma quebra não esperada – pelo menos por mim. Eu não imaginei que acompanharíamos outros personagens além daqueles já apresentados. Apesar disso deu para entender perfeitamente o motivo dessa nova apresentação e me conformei com a mudança.


Autoria da foto: Jana P. Bianchi


Claro que nada fica muito bem desenvolvido na obra, devido à sua característica, mas ela mostrou a que veio e teve uma conclusão que me agradou.

Só posso dizer que mal posso esperar que 2016 chegue e, com ele, a próxima obra da autora! A Galeria Creta, expandindo o universo de propriedade de ninguém mais ninguém menos que o Minotauro! Esse promete!! Recomendo!


Samy =)

* As duas fotos foram retiradas da fanpage da saga A Galeria Creta e são de autoria da Jana Bianchi. 

4 comentários:

  1. Não conhecia o livro, mas fiquei encantada.
    A capa está incrivel e sua resenha foi muito convidativa.

    Beijinhos
    Rizia - Livroterapias

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    Respostas
    1. O livro é bem bacana Rízia! Vale a pena demais ler!

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  2. Achei a premissa do livro interessante, mas admito que o fato de ele fazer parte de uma série me desanima um pouco.

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  3. Na verdade Lígia, ele é independente. O final é totalmente fechado. Mas deixa a gente querendo mais! hehehehe

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