quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Resenha: O Palácio da Meia-Noite – Carlos Ruiz Zafón

Título: O Palácio da Meia- Noite
Título original: El Palacio de la Medianoche
Autor: Carlos Ruiz Zafón
Ano de lançamento: 1994
Ano de lançamento no Brasil: 2013
Editora: Suma de Letras
Número de páginas: 272

Skoob

Sinopse skoob:

Ben e Sheere são irmãos gêmeos cujos caminhos se separaram logo após o nascimento: ele passou a infância num orfanato, enquanto ela seguiu uma vida errante junto à avó, Aryami Bosé. Os dois se reencontram quando estão prestes a completar 16 anos.
Junto com o grupo Chowbar Society, formado por Ben e outros seis órfãos e que se reúnem no Palácio da Meia-Noite, Ben e Sheere embarcam numa arriscada investigação para solucionar o mistério de sua trágica história.
Uma idosa lhes fala do passado: um terrível acidente numa estação ferroviária, um pássaro de fogo e a maldição que ameaça destruí-los. Os meninos acabam chegando até as ruínas da velha estação ferroviária de Jheeters Gate, onde enfrentam o temível pássaro.

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O Palácio da Meia-Noite dá continuidade à Trilogia da Névoa que teve início com O Príncipe da Névoa. Junto com Marina, essa trilogia faz parte dos livros mais infanto-juvenis escritos por Zafón.

Seguindo a mesma linha dos outros dois – mas principalmente do primeiro da trilogia – Zafón nos traz uma história simples de ser lida, com linguagem bem fácil e a escrita muito fluida. Repleta de mistérios, e com um toque sobrenatural, nos faz ficar curiosos sobre quem e o que é o vilão e porque ele está atrás dos dois garotos com tanto afinco.





Não sei se eu estava um pouco desanimada com as leituras quando peguei esse, mas dos três do Zafón que já li, esse foi o que menos me empolgou. Não que tenha sido ruim, não foi. Só não estava animada a ler o tempo todo ou ler de uma só sentada como fiz com os outros dois.

Apesar disso, achei interessante a história ter sido ambientada na Índia, em Calcutá, e saber um pouco sobre a cidade. Não há um aprofundamento na cultura local, mas já foi interessante o suficiente só por sair do lugar comum de Europa/Estados Unidos. As pesquisas realizadas pelos garotos e garotas foi bem interessante e mostra uma parte da história local, que eu não sei dizer se é totalmente fictícia ou se tem partes reais.




A construção dos personagens principais foi relativamente bem feita, mas como são muitos, alguns deles eu nem conseguia lembrar exatamente suas características. Ficou algo tipo “esse é o que conta histórias de terror ou o que tem asma?”. Além disso, eles seguem o mesmo padrão de O Príncipe da Névoa. São personagens dos quais só vemos um lado, eles são pessoas boas e é isso. Não nos é mostrado seus defeitos, assim como o vilão é exclusivamente mau. Considerando o grau de complexidade da história, esses detalhes são até esperados, mas deixam o livro menos rico.

O final ficou meio atropelado e não me convenceu muito. Não posso falar exatamente o que me incomodou porque seria spoiler e ninguém quer isso por aqui, certo? Só digo que depois de ler 2 livros do autor, eu consegui saber exatamente como terminaria e isso tira um pouco a empolgação com a leitura.




A trilogia pode ser lida em qualquer ordem, já que não há qualquer conexão entre as histórias. O que tem em comum entre elas é o toque sobrenatural em um contexto e ambientação mais sombrios e personagens adolescentes. Vamos ver se Luzes de Setembro me anima como Marina para fechar a trilogia com chave de ouro. Tomara.


Samy =)

4 comentários:

  1. Esse livro foi o que eu menos gostei do Zafón também, e me fez perder a vontade de ler os outros livros dessa trilogia. Também achei previsível e com personagens caricatos. O lado bom é que um dos primeiros livros que ele escreveu, e dá para ver como a escrita e as tramas evoluíram com o tempo, né? :P

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    Respostas
    1. O primeiro volume é melhor que esse! Sobre o último, irei descobrir em breve e conto a vocês! hehehe
      Se conseguirem pegar na biblioteca, eu recomendo. Mas não diria pra comprar não. :(
      Preciso ler livros mais "maduros" dele. Só li os dessa trilogia e Marina (que amei).

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  2. Poxa, a estória parece ser bem bonitinha, até me lembrou um pouco Desventuras em Série, haha
    Pena que pelo visto ela acabou se tornando meio enfadonha.

    Mago e Vidro

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    Respostas
    1. Não, não. Na verdade não tem naaaada a ver com Desventuras (série que eu adoro!!). O estilo de escrita é totalmente diferente e acabou ficando meio chatinho mesmo, infelizmente. :-/

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