Resenha: O Senhor da Luz – Graciele Ruiz

Título: O Senhor da Luz

Autor: Graciele Ruiz

Ano de lançamento: 2013

Editora: Novo Século

Número de páginas: 320

Skoob

Sinopse oficial:

Lícia se sentiu muito sozinha quando o seu avô morreu, deixando uma chave e um pedido. Essa chave abria uma caixa muito poderosa, capaz de fazer viver, novamente, um planeta já morto: Datahriun. Porém, ela só poderia ser aberta por cinco chaves. A de seu avô era somente uma delas, e o seu pedido era para que Lícia as reunisse e encontrasse os seus guardiões. Desse modo, eles poderiam fazer o que ninguém havia feito antes.

O Senhor da luz é uma estória sobre sonhos, guerras, amizades, tristezas e amor. Uma saga insana pela recuperação de Datahriun, onde vivem criaturas misteriosas com poderes fantásticos.

Um lugar onde a magia é somente o começo!

 ___________________­_____|||______________________

Descobri esse livro em um post da própria autora no facebook. Antes desse dia eu ainda não a conhecia e, pela premissa, fiquei super curiosa para ler o livro. Fantasia é um dos meus gêneros favoritos, então eu não quis perder tempo! Ela fez uma promoção na própria fanpage e acabei tendo a chance de ler o livro antes do que imaginei a princípio.

Graciele Ruiz criou um novo mundo em sua obra e a trama se passa no planeta de Datahriun, localizado na galáxia de Drânia. Datahriun tem três satélites naturais e é dividido em nove continentes, onde vivem nove diferentes clãs. Cada clã tem um poder associado, mas as pessoas podem desenvolver qualquer poder dentre os existentes nesse mundo – ou seja, todos tem capacidade de desenvolver qualquer poder – mas após o desenvolvimento do primeiro poder, aquela pessoa não pode desenvolver nenhum outro.

Preciso confessar que o início da leitura não me agradou muito. Não estava me entrosando com o estilo de escrita da autora e acabei deixando o livro meio de lado nas primeiras dezenas de páginas. Mas obviamente eu não iria desistir tão fácil e persisti na leitura, ainda que vagarosamente.
 

 
Eu demorei a perceber o que me incomodava na escrita, mas cheguei à conclusão que era a linguagem informal demais. Não que eu ache que livros não podem ter uma linguagem informal. Só achei que essa forma de escrever não combinou com o tipo de narrativa proposto aqui. Talvez porque já estou acostumada a ler o gênero fantástico sempre com a linguagem mais formal, ou mesmo erudita em alguns casos, então acabei estranhando um pouco. Obviamente, o tipo de linguagem utilizado no livro e uma escolha exclusivamente do autor e muito leitor prefere assim, como foi feito O Senhor da Luz, então não é um ponto negativo do livro mas, pessoalmente, não me agradou. Também achei os diálogos um pouco infantis demais, para pessoas da idade que os personagens tinham.

No início do livro conhecemos Lícia. Ela é uma garota do vento e foi incumbida por seu avô, antes de morrer, a realizar uma missão. Então ela parte de Kan, seu continente, com o propósito de cumprir o que lhe foi designado. Com o tempo outros personagens importantes vão surgindo, como Nahya. Nahya é uma garota do clã do fogo e tem um dragão associado a ela, o Layer.

Livro autografado é muito amor! <3

Eu AMO dragões! Então fiquei super empolgada para ver a abordagem que seria dada a eles nesse livro. O problema é que, ao mesmo tempo que adoro dragões, eu sou muito chata, pois acabo sendo um pouco mais exigente. Por isso me decepcionei um pouco com a descrição que foi feita dele e dos outros dragões – demorou a aparecer uma descrição da cor de suas escamas, por exemplo. Também achei a personalidade de Layer um pouco morta, no início. Depois foi melhorando e acabei me apegando mais ao bichão.

Aliás esse ponto se repetiu com quase todos os personagens do livro. A maioria demorou muito a me conquistar, coisa que só foi acontecer no terço final do livro.

Bom, vocês devem estar se perguntando “nossa, ela não gostou de nada no livro??”. Então eu respondo “não foi bem assim”. Na verdade, na primeira metade eu estava bem desanimada mesmo! Mas aí, chegou a parte das fadas... Devo dizer que a partir dessa parte, o livro me conquistou por completo! Eu nunca fui muito afeiçoada às fadas, veja bem. Sempre preferi outros seres fantásticos e as fadas ficaram relegadas a último plano. O ponto é que as fadas criadas por Graciele Ruiz são encantadoras! Mesmo sendo mais parada, fiquei bem presa a essa parte da estória!

 
A partir daí o livro subiu bastante no meu conceito e eu comecei a ficar mais envolvida pela narrativa, até o fim da obra. A aventura ficou mais emocionante e a luta no fim não deixou a desejar mesmo! Curti bastante.

Outro ponto positivo da obra, para mim, foi o pouco enfoque no romance. Ele existe, mas aparece mais para o fim do livro e não é, definitivamente, o principal ali. Achei que ficou na dose exata e me fez gostar mais da trama.

Com o gancho que a autora deu no final – e o fato de eu ter realmente me envolvido mais com a obra nessa parte – fiquei muito curiosa para ler a continuação! Espero que saia em breve!

Samy =)