Resenha: Gincana da Morte – Marcos Rey

Título original: Gincana da Morte

Autor: Marcos Rey

Ano de lançamento no Brasil: 1997

Editora: Ática

Número de páginas: 151

Skoob

Sinopse oficial:

Ao se esconder da chuva naquele antigo bar do centro de São Paulo, Tim acabou ouvindo, na mesa atrás dele, uma conversa esquisita: dois homens sombrios planejavam o assassinato da Baronesa para conseguir a herança dessa simpática velhinha. E isso não era tudo. O rapaz reconheceu um dos criminosos, o mesmo homem que tinha assaltado o escritório do simpático Dr. Barroso, onde ele trabalhava. Agora, o negócio era a chance que o destino oferecia. Com a ajuda do investigador Toledo, Tim havia de fazer justiça. Mas não fazia ideia de que, ao entrar nessa perigosa aventura, começava a participar de uma gincana fatal. Para o perdedor, estava reservado um prêmio terrível: a morte.

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Como já falei aqui, dentre os autores que escreveram para a Coleção Vagalume, Marcos Rey era o meu favorito. Acredito que Gincana da Morte seja, dentre os do autor que li, o que mais gosto. Quando criança, li dezenas de vezes até quase decorar algumas partes. Infelizmente deixei o livro na casa do meu tio, na roça, e não sei se ainda existe. Esse é um que animo comprar novamente para ter na estante – e ler outras dezenas de vezes.

Tim é um garoto cativante – e fofamente ruivo – que escuta o planejamento de um assassinato. Não se preocupem porque tudo que vou falar em seguida nesse parágrafo acontece no primeiro capítulo, então nada de spoiler. Bom, a vítima do assassinato é uma senhora sem eira nem beira que vai receber uma generosa herança. Quando um parente fica sabendo dessa herança, planeja a morte da Baronesa, nome pelo qual a velhinha é conhecida pelos amigos. Tal primo da Baronesa contrata um famoso bandido foragido, o 85, para dar conta do recado e é a conversa entre esses dois que Tim escuta.

Apesar de não conhecer a Baronesa, Tim se sente compelido a ajuda-la. Como ele sabe que é muito perigoso se envolver, já que o criminoso 85 é perigosíssimo, ele entra em contato com a polícia e o caso fica por conta do detetive Toledo – também um personagem cativante. Mas Tim não consegue ficar de braços cruzados e, com o apoio da sua namorada Andiara, tenta descobrir o paradeiro da senhora.

O que mais motivou Tim a se mexer foi o fato de o bandidão ter aparecido em sua vida anteriormente, quando ele trabalhava em um escritório de advocacia com o Doutor Barroso. Gente, que fofo o doutor Barroso! Dá vontade abraçar ele! Bom, mas tudo isso aconteceu antes da estória de Gincana da Morte começar e no segundo capítulo Tim nos conta como tudo aconteceu.

A partir daí começa uma corrida, já que nem Tim nem 85 sabem como encontrar a escorregadia velhinha e seu papagaio Moreno. Toledo entra na corrida, o que torna tudo mais emocionante, já que ele é o tipo de policial que realmente corre atrás e não fica de braços cruzados esperando as informações caírem em seu colo.

É muito interessante no livro pois ele mostra a vida das pessoas que vivem em cortiços e casas de aluguel. Sem muito dinheiro para gastar com moradia, vão para as partes menos favorecidas das cidades, no caso, São Paulo. Acredito ser mais interessante para quem mora na cidade, reconhecer os locais, a história, mas mesmo para mim, que nunca fui à capital paulista, acho muito interessante essa visão de morador. Sempre podemos encontrar isso nos livros do autor.

Como sempre acontece com Marcos Rey, recomendo fortemente a leitura!

Samy =)