quarta-feira, 30 de abril de 2014

Infinitos filmes: Questão de Tempo




Título: Questão de Tempo
Título original: About Time
Dirigido por: Richard Curtis
Atores principais: Domhnall Gleeson, Rachel McAdams, Bill Nighy 
Gênero: Romance
Duração: 2h3min
Lançamento: 20 de dezembro de 2013


Sinopse
Ao completar 21 anos, Tim (Domhnall Gleeson) é surpreendido com a notícia dada por seu pai (Bill Nighy) de que pertence a uma linhagem de viajantes no tempo. Ou seja, todos os homens da família conseguem viajar para o passado, bastando apenas ir para um local escuro e pensar na época e no local para onde deseja ir. Cético a princípio, Tim logo se empolga com o dom ao ver que seu pai não está mentindo. Sua primeira decisão é usar esta capacidade para conseguir uma namorada, mas logo ele percebe que viajar no tempo e alterar o que já aconteceu pode provocar consequências inesperadas.

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"E se cada momento da vida viesse com uma segunda chance?" Essa é chamada que está no pôster em português do filme. Creio que pelo menos uma vez na vida todos já devem ter pensado em voltar em um determinado momento da vida e mudar alguma coisa, ou mesmo só aproveita-lo novamente.

Quando eu vi o trailer achei que o filme era mais uma comédia romântica. Que teria um rapaz explorando a chance de voltar no tempo na tentativa de contornar uma mancada atrás da outra para conquistar uma garota. E logo no inicio do filme achei que realmente seria assim, mas ele excedeu minhas expectativas.



O filme se desenrola pela narrativa de Tim da sua vida. Ele diz que sempre achou sua família meio esquisita, diferente das outras famílias. Sua mãe é impassível e estava sempre ocupada, enquanto seu pai parou de dar aula para viver jogando tênis de mesa com ele e parece ter o tempo nas mãos, já seu tio é o homem mais charmoso e menos esperto que existe, que ninguém o entendia, sua irmã mais ligada à natureza e que ele acha maravilhosa e por último ele muito alto, muito magro e muito ruivo. Eles passam muito tempo juntos, sempre aproveitando as tardes na praia e com sessões periódicas de cinema no jardim, tudo independente do clima.

Aos 21 anos seu pai o chama para conversar e lhe conta que todos os homens da família podem voltar no tempo, o que ele acha ser uma brincadeira. Apesar disso, ele faz o como seu pai explicou e, para sua surpresa, retorna à festa de ano novo. Para decepção de seu pai, que o instrui a tornar a vida o melhor possível, a primeira coisa que lhe vem à cabeça é que seria bom se isso ajudasse a arrumar uma namorada.

Para a minha felicidade a história é muito mais do que só uma tentativa de conquistar a garota, é muito relacionado com o que ele dá valor na vida e como a volta dele no tempo está vinculada a essas coisas. A viagem no tempo é abordada de forma natural, dentro de coisas reais da vida do personagem, não como uma coisa fantasiosa ou que poderia mudar acontecimentos históricos, passando longe de uma ficção científica. Trata do efeito borboleta, mas sem o drama do filme Efeito Borboleta.

A narrativa de Tim é enternecedora, você torce por Mary e se encanta com o relacionamento dele com seu pai. Boa parte dessa sensação é devido às atuações muito boas, principalmente a forma que Domhnall Gleeson faz seu personagem encarar os acontecimentos e por todas as vezes Bill Nighy rouba a cena. Aliás, não é a primeira vez que Bill Nighy trabalha com o diretor Richard Curtis, ele atuou nos filmes “Simplesmente Amor” e “Os Piratas do Rock”. Também não é a primeira vez que Rachel McAdams participa de um filme cujo tema seja a viagem no tempo, ela atuou no lindo “Te Amarei para Sempre”.

Recomendo esse filme especialmente para um dia frio, em que você possa aproveitar a beleza simples dele, apreciar as ótimas músicas escolhidas para a trilha sonora e a paleta de cores aconchegantes das dos cenários e das roupas, além de pensar um pouquinho na forma de encarar a vida. Dei nota 4 no Filmow.



Nat  =D

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