Título:
Jogo
da Morte
Título
original: Erebos
Autor:
Ursula Poznanski
Ano
de lançamento: 2010
Ano
de lançamento no Brasil: 2013
Editora: Record
Número
de páginas: 404
Sinopse oficial:
Um misterioso jogo de computador se torna sensação entre
os alunos de uma escola londrina. Mas as regras são extremamente rígidas. Cada
pessoa tem apenas uma oportunidade e deve jogar sempre sozinha, não comentando
com ninguém. Quem viola essas instruções ou deixa de cumprir suas missões é
eliminado e não pode iniciar outro jogo. O mais estranho, no entanto, é que as
missões são realizadas não no mundo virtual, e sim no real. Ficção e realidade
se confundem de maneira intrigante neste thriller, best seller na Alemanha.
________________________|||______________________
Eu descobri
esse livro totalmente por acaso quando estava procurando um para o Desafio
Literário do Tigre – Julgando pela capa. Eu achei a capa sensacional e logo e
seguida o título me interessou. Acabei escolhendo outro livro para o desafio e esse
ficou de lado. Porém não consegui resistir por muito tempo e aproveitei que o
desafio desse mês foi mais tranquilo e peguei para ler.
Não li
direito a sinopse, porque a maioria vem recheada de spoilers. Acabei achando
que o livro seria um pouco diferente do que foi – não que isso seja uma coisa
ruim.
Bom... o
livro é narrado em terceira pessoa e sempre pelo ponto de vista de Nick
Dunmore. O engraçado é que eu acho que combinava mais com a trama, uma narração
em primeira pessoa. Durante vários momentos da leitura eu esperava ler um “fiz”
ou outras conjugações em primeira pessoa e quando encontrava em terceira pessoa
pensava “é verdade, não é o Nick narrando”. Mas não me levem a mal, também
ficou ótimo em terceira pessoa.
O livro
trata de um misterioso CD que é passado de mão em mão em determinada escola
londrina. Apenas os alunos que recebem o tal CD sabem do que se trata, mas não
falam a respeito com ninguém. Nick fica extremamente curioso quando um de seus
melhores amigos se envolve com o tal CD e muda completamente de atitude. Se
afasta, passa a perder os treinos de basquete e só conversa com pessoas a quem
antes não dava atenção – e que também estão envolvidas com o misterioso
pacotinho quadrado. O que aconteceu com Colin para começar a agir dessa forma?
Porque parou de conversar com Nick? Essas são algumas das perguntas que o
protagonista se faz. Ele divide suas dúvidas com seu outro melhor amigo, Jamie.
Mas Jamie não está nem de longe tão intrigado quanto Nick e não dá muita
atenção ao fato.
Finalmente,
Nick é convidado para se juntar ao “clã” misterioso. O que ele descobre é um
jogo extremamente interessante e diferente de tudo que já havia jogado. Erebos, o jogo, sabe sobre vida dos
jogadores, inclusive seus maiores desejos.
No início do jogo são apresentadas as regras e é deixado claro que se
alguma for quebrada, você será expulso e só há uma chance para jogar. Morreu,
acabou. Foi expulso, acabou.
Nisso,
várias perguntas povoam a cabeça do leitor. Como o jogo descobre as coisas sobre
a vida dos adolescentes que estão jogando? Como saberá se eles estão mesmo
seguindo as regras? E como ele responde questões totalmente aleatórias
propostas pelos jogadores?? E quando as missões que Nick tem realizar se passam
na Londres real, fora do jogo, tudo começa a ficar mais interessante!
Não sei se
foi a tradução que peguei, mas não achei a escrita da autora impecável. Apesar
disso, narrativa é bem fluida e muito detalhada. Foi um livro bem agradável de
ler. Os fãs de jogos de MMORPG – como World of Warcraft – vão adorar, pois o
mundo criado pelo programador de Erebos
é muito curioso e interessante! Creio que a autora seja fã desse tipo de jogo,
pois criou um ambiente extremamente detalhado. Acompanhamos Nick desde o seu
início no mundo de Erebos, inclusive quando escolhe as características do seu
personagem. Da mesma forma, os ambientes também são ricos em detalhes. Não
chega a ser um nível de detalhamento Tolkien, mas ainda assim temos um ótimo
panorama do mundo de Erebos.
Os
personagens “reais” não são muito aprofundados. Creio que a autora focou mais
no mundo do jogo que nos personagens reais. O que se tornou o meu favorito –
Victor – demorou um pouco para aparecer, mas desempenhou um papel importante no
desenrolar da trama e me cativou com seu jeitão alternativo e engraçado. Já o
protagonista não foi um personagem muito cativante. Ele é inteligente e uma boa
pessoa, mas não muito carismático. Emily foi outra que me conquistou, se
mostrando uma garota inteligente, simpática e perspicaz.
Durante a
leitura comecei a pensar o que aqueles adolescentes estavam dispostos a fazer
por causa de um simples jogo. Interessante, cativante, até viciante, mas um
jogo. Extrapolando para fora da estória, fiquei imaginando que realmente devem
existir fanáticos dispostos a tudo para manter seus personagens “vivos” e como
isso pode ser perigoso, principalmente para os jogadores, que deixam de viver
suas vidas reais para mergulhar em um mundo que só existe no computador.
Descobri
que a autora tem um outro thriller publicado, o Saeculum. A capa se assemelha à de O Jogo da Morte – e pela sinopse parece bem promissor. Estou
torcendo para a Record lançar esse aqui em terras tupiniquins! Nem em inglês
consegui encontrar o bendito, só em alemão. Que tal Record? O que acha de
continuar publicando os livros de Ursula Poznanski por aqui? O Jogo da Morte está mais que recomendado.
Samy =)
Oi Samy, ainda não conhecia esse livro mas como sou apaixonada por jogos, principalmente os de MMORPG, com certeza irei ler. Ainda mais que você deu 5 estrelas, só por isso já é um grande incentivo para mergulhar na leitura.
ResponderExcluirBeijos e bom fim de semana. :))
www.booksandmovies.com.br/
Oi Jessica! Eu acho muito interessantes esses jogos, mas não tenho muito jeito para eles! Meu marido está lendo agora (ele sim tem costume de jogar) e falou que parece que a autora não tem muita experiência por causa de alguns tipos de detalhe. Mas ele está gostando muito! Espero que vc também goste! Depois me conta o que achou!
ExcluirBeijos!