Título:
O
Morro dos Ventos Uivantes
Título
original:
Wuthering Heights
Autor:
Emily
Brontë
Ano
de lançamento: 1847
Ano
de lançamento no Brasil: 1938 (edição que li de 2009)
Editora: Lua de Papel – grupo Leya (primeiro
publicado pela editora Globo)
Número
de páginas: 292
Sinopse oficial:
Na fazenda chamada Morro dos Ventos Uivantes nasce uma
paixão devastadora entre Heathcliff e Catherine, amigos de infância e
cruelmente separados pelo destino. Mas a união do casal é mais forte do que
qualquer tormenta: um amor proibido que deixará rastros de ira e vingança.
"Meu amor por Heathcliff é como uma rocha eterna. Eu sou Heathcliff",
diz a apaixonada Cathy. O único romance escrito por Emily Brontë e uma das
histórias de amor mais surpreendentes de todos os tempos, O Morro dos Ventos
Uivantes é um clássico da literatura inglesa e tornou-se o livro favorito de
milhares de pessoas.
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Esse sempre
foi um livro meio desprezado por mim, nunca soube o porquê. Não tinha uma
vontade enorme de comprar e nunca tive oportunidade de pegar emprestado com
ninguém. Quando vi que tinha uma promoção no submarino e o livro estava a 6
reais, não resisti. Aproveitei que uma das categorias do Desafio Literário 2014
era Ler um livro com capa preta e me
joguei na leitura.
(Essa resenha foi postada antes de eu começar a colocar músicas nos posts, mas não pude deixar de fazer um update aqui, já que essa música foi completamente inspirada no filme! Deixo a versão que mais gosto, mas a versão orginal pode ser conferida aqui!)
(Essa resenha foi postada antes de eu começar a colocar músicas nos posts, mas não pude deixar de fazer um update aqui, já que essa música foi completamente inspirada no filme! Deixo a versão que mais gosto, mas a versão orginal pode ser conferida aqui!)
Depois de
ler a obra de Emily, deu para perceber que os Brontë não foram uma família de
escritores vulgares. Nascidos 6 irmãos e tendo chegado 4 à vida adulta, os
membros mais famosos são Emily e Charlotte – essa última autora de Jane Eyre, um dos meus livros favoritos.
Tanto O Morro dos Ventos Uivantes
quanto a obra de Charlotte Brontë citada acima, fogem muito do estilo mais
conhecido de romances de época, sendo que a obra de Emily foi o único romance
escrito pela autora antes de sua morte precoce.
A estória é
narrada em primeira pessoa por Ellen, ou Nelly, Dean, a ex-governanta e irmã de
leite dos irmãos Hindley e Catherine Earnshaw. A narrativa é feita para o sr.
Lockwood, atual inquilino da Granja dos Tordos que, assim como o Morro dos
Ventos Uivantes, pertence ao sr. Heathcliff. Tentando entender o clima
carregado e angustiante da residência vizinha à sua, ele solicita à sua
governanta – que é a antiga governanta do Morro dos Ventos Uivantes – para
contar a sua estória. Ele quer entender como Heathcliff, Catherine Heathcliff,
Hareton Earnshaw e o mal-humorado empregado Joseph suportam viver em tamanha
agonia e em meio a tantas desavenças e porque vivem desse modo.
O livro é
extremamente denso – ainda que de leitura simples e descomplicada, apesar da
linguagem formal da época – além de ser muito carregado, sombrio. Confesso que
experimentei sentimentos múltiplos e contraditórios durante a leitura. Em um
momento eu queria pausar um pouco a leitura e dar uma desafogada de tanta
angústia e sofrimento. Mas ao mesmo tempo eu queria continuar lendo pois a
estória é interessantíssima e nos prende como cola. Noutro momento eu me sentia
irritada com alguns personagens, para logo em seguida ficar triste por eles. Comecei
a detestar quase todos os envolvidos na trama, mas ao mesmo tempo queria
entender o porquê de serem como são.
Uma coisa
que não entendo é como alguém pode classificar como amor o sentimento entre
Catherine Earnshaw e Heathcliff. A
única palavra que me vem à cabeça para descrever a doentia relação entre eles é
obsessão. Um amor jamais poderia destruir tantas vidas como acontece aqui.
Jamais poderia consumir as pessoas da forma que vemos com Heathcliff e
Catherine. O pior é que não afetou apenas a eles dois, mas a muitos inocentes.
Pessoas extremamente egoístas e detestáveis, cruéis e arrogantes, que só pensam
nelas e não fazem caso da onda de sofrimento que espalham – muitas vezes,
premeditadamente. Heathcliff só tem ódio e rancor no coração e só consegue
pensar em vingança. Não há espaço para amor em alguém assim, por mais que ele
afirme que é o que sente.
A obra é um
perfeito exemplo de como não devemos julgar os outros, sobretudo se não
conhecemos a sua vida. Aqui, somos apresentados aos personagens e depois à sua
estória. Minha opinião a respeito de alguns deles mudou completamente. No
início da leitura achei Catherine, a segunda, insuportável, tratando mal a quem
ela não conhecia, sem motivo algum. Depois de ficar a par de suas provações me
compadeci dela e comecei a torcer por um final feliz para ela, ainda que isso
se mostrasse extremamente improvável. Foi a única personagem a quem realmente
me afeiçoei, apesar de seus tantos defeitos.
Com exceção de não ter entendido porque a obra é considerada uma bela
estória de amor, é um livro que realmente vale a pena ler. Recomendo,
mas não para momentos de fragilidade emocional.
Samy =)
Amo esse livro, ainda mais pela sua complexidade. Esse é o tipo de livro que as pessoas ou amam ou odeiam.
ResponderExcluirA relação deles é realmente obsessiva e o amor nesse caso é colocado da maneira mais crua possível. Acho que é considerado um romance devido a todo o contexto da época.
No inicio é mostrado o lado romântico, mesmo com a briga interna sobre o que é bom aos olhos da sociedade. Em seguida, é explorado através das atitudes principalmente de Heathcliff a reação ao sistema da época, com as diferenças sociais. Mostra o quanto essa reação pode afetar um indivíduo. Enfim, vou parar se não daqui a pouco faço um post aqui, rsrsrs.
Bjim!!!
Tammy - Livreando
Oi Tammy! O livro é muito bom! Disso não tenho dúvidas! Só não concordo que o sentimento entre os personagens principais seja "amor". Mas realmente, o livro leva a muitas reflexões!
ExcluirBeijos!