Título:
Um
Estudo em Vermelho
Título
original: A Study in Scarlet
Autor:
Sir
Arthur Conan Doyle
Ano
de lançamento: 1887 (1988 em formato de livro)
Ano
de lançamento no Brasil: 1887 (achei informações desencontradas sobre a data)
Editora: Melhoramentos (li a edição completa
da Agir)
Número
de páginas: 120
Sinopse oficial:
O cadáver de um homem, nenhuma razão para o crime. É a
primeira investigação de Sherlock Holmes, que fareja o assassino como um “cão
de caça”. Lamentava-se de que “não há mais crimes nem criminosos nos nossos
dias”, quando, nesse instante, recebe uma carta a pedir a sua ajuda — o cadáver
de um homem foi encontrado numa casa desabitada, mas não há qualquer indício de
roubo ou da natureza da morte. Sherlock Holmes não resiste ao apelo, mas sabe
que o mérito irá sempre para a Polícia.
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Um Estudo em Vermelho foi o primeiro livro escrito por
Conan Doyle e um dos quatro romances – são eles Um Estudo em Vermelho, O
Signo dos Quatro, O Cão dos
Baskervilles e O Vale do Terror.
Os dois primeiros contos foram escritos antes do Grande Hiato – período de 10
anos no qual o autor não escreveu sobre Sherlock Holmes após matar o detetive no
“último” conto. Após frenéticos apelos dos fãs, Doyle retornou com 13 contos em
O Retorno de Sherlock Holmes.
Os estórias
são sempre narradas em primeira pessoa por John Watson, o médico e companheiro
de aventuras de Sherlock Holmes – além de ser seu biógrafo cronista. Nesse
romance de estreia, Watson nos conta como chegou a médico militar, sendo
enviado para a Índia e Afeganistão, onde recebeu ferimentos de guerra. Após
esse infortúnio, foi enviado de volta a Londres para recuperar sua saúde. Somos
colocados à par, então, de como ele conheceu o brilhante detetive, quando
começam a dividir o famoso apartamento no 221B da Baker Street.
Watson
acompanha Holmes pela primeira vez em um caso – de certa forma, foi ele quem
motivou o detetive a se envolver nesse caso em específico. E a partir daí, de
cético, começa a se mostrar impressionado com as capacidades dedutivas do
“detetive consultor”, como ele autodenomina. Essa admiração por parte de Watson
não diminuiu no decorrer dos anos de amizade. Vez ou outra o médico se mostra
espantado por alguma habilidade de seu amigo.
Nesse
primeiro romance, vemos uma particularidade, que é uma estória paralela à da
investigação em si. Quando o caso é solucionado, somos transportados aos EUA,
para entender as motivações do “criminoso”. Acompanhamos a estória dele – narrada
em terceira pessoa – até certo ponto. A partir daí as duas linhas se encontram
e a narrativa segue o habitual. O interessante é que nos leva a pensar até que
ponto é aceitável cometer um assassinato. É aceitável em ALGUM caso? Mesmo que
suas motivações sejam as mais justas? Essa é uma resposta bem difícil de ser
dada. Temos um vislumbre também das consequências do fanatismo. É indiscutível
que toda e qualquer forma de fanatismo é danosa. Nessa estória o foco é o
religioso. Até que ponto as pessoas chegam usando como desculpa a religião. E o
quanto elas distorcem os ensinamentos para benefício próprio.
Gosto muito
desse livro, pois além de sermos apresentados ao Sherlock, o mistério é muito
bem desenvolvido, a escrita de Conan Doyle é arrebatadora e não te deixa largar
as páginas. Apesar de muitas pessoas acharem Holmes chato e arrogante, eu não
penso desse modo. Sempre gostei muito do seu jeitão peculiar e meio excêntrico.
Indiscutivelmente, ele é um gênio do raciocínio lógico e dedutivo e sabe disso.
Acho que todos que são brilhantes e o sabem, se tornam um pouco arrogantes –
uns mais que outros. Nunca achei o nível de arrogância dele maior que o
aceitável. Outra reclamação recorrente – creio que mais especificamente com
essa obra – é a forma que foi apresentada, dividida em duas partes. Não me
causou estranheza nem confusão, ao contrário, achei interessantíssima essa
forma de exposição.
Gostaria de
esclarecer aqui também que Holmes, em nenhum dos romances ou contos, proferiu a
famosa expressão “Elementar, meu caro Watson”. Ele fala diversas vezes “Meu
caro Watson” e algumas o “elementar”, mas, essas palavras, em nenhum momento, estiveram
juntas para formar a expressão acima. Aí você se pergunta como, então, essa
frase ficou tão conhecida e virou o jargão do detetive. Na verdade, ela
apareceu primeiro em uma peça de teatro – ou filme, muitas informações são
desencontradas – baseada em Sherlock Holmes, e não nas obras de Conan Doyle.
Depois disso, foi utilizada em diversas adaptações e se tornou tão conhecida
quanto o detetive em si.
Obra recomendadíssima.
Samy =)
Só postando pra dizer que eu nao vou ler porque eu acho que esse eu ainda nao li!
ResponderExcluirNum soltei spoiler não! Mas se vc não quer saber NADA, melhor não ler msm! hehehehe
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