sábado, 20 de setembro de 2014

Resenha: A Vida na Porta da Geladeira – Alice Kuipers


Título: A Vida na Porta da Geladeira
Título original: Life on the Refrigerator Door
Autor: Alice Kuipers
Ano de lançamento: 2007
Ano de lançamento no Brasil: 2009
Editora: Martins Fontes
Número de páginas: 226


Sinopse oficial:

Claire, de 15 anos, e sua mãe têm uma rotina muito atribulada. Nos raros momentos em que a mãe está em casa (ela é obstetra), a filha está na escola, com amigos ou com o namorado. Resultado: as duas quase não se veem e se comunicam deixando recados na porta da geladeira. Esses recados vão desde cobranças banais [Oi, MÃE! (Que eu NUNCA MAIS vi!)] até revelações tocantes e contundentes por parte de mãe e filha durante o penoso tratamento do câncer de mama da mãe, num ano que se revelará decisivo para as duas. Em seu romance de estreia, Kuipers capta a ansiedade por trás da tragédia e revela a importância de viver a vida intensamente, lembrando ao leitor a necessidade de encontrarmos tempo para as pessoas que amamos mesmo em momentos de dificuldade e desafios.

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A música que esse livro me lembra é My Immortal do Evanescence. Não conheço muito a fundo a banda, mas acho essa música tão melancólica, achei que tinha tudo a ver.




Eu enrolei muito para ler esse livro desde que o tenho comigo, pois cansei um pouco desses dramas familiares que são receita pronta e vemos aos baldes por aí: adolescente vive brigando com minha mãe/pai, mãe/pai adoece (quase sempre câncer), morre e adolescente ou se revolta ou se torna um santo. Isso meio que já encheu o saco. A princípio parecia que A Vida na Porta da Geladeira seria a mesma coisa, com mãe ficando doente e etc. Apesar disso, ele ainda me animou um pouco mais, pois foi narrado de uma forma bem diferente, com recados na porta da geladeira entre mãe e filha. Realmente esse é o diferencial do livro, porque a estória é mais do mesmo.

Achei que seria um livro um pouco demorado de se ler, mas não foram necessárias mais que 2 horas para concluí-lo. Cada recado ocupa uma página do livro, então temos várias lacunas, que fazem o livro ainda menor do que aparenta. No começo eu estava bem empolgada com essa estrutura diferente. No decorrer da estória já foi me convencendo menos e no final comecei a achar forçação de barra! Explico porque...

Mãe e filha quase não se encontram, devido à profissão da mãe – médica – e à vida atribulada da adolescente. Quase nunca as duas estão em casa ao mesmo tempo, e a forma de se comunicar são esses recados na geladeira – em um mundo puramente digital, diga-se de passagem, mas relevei esse fato, pois achei  realmente criativa essa estrutura dada ao livro, com os recados na geladeira, e não SMS ou emails.

Bom, os recados no início são interessantes, são verossímeis. Você consegue se imaginar deixando aqueles recados, quando adolescente, e recebendo-os de sua mãe ou pai. À medida que o livro vai evoluindo, começa a forçação de barra que falei acima. Sua mãe está doente, sai pouco da cama e você vai deixar um recado na porta da geladeira para ela, falando que está na varanda, caso ela queira se juntar a você? Não seria mais fácil subir e chama-la? Vai contar com a sorte de ela se sentir bem, descer e ver seu recado na geladeira?

Compreendi a necessidade disso, já que o livro foi todo escrito por meio dos recados e você tem que saber o que elas estão conversando. As conversas cara a cara não são reportadas, então, obviamente, ficaríamos boiando. Exatamente por isso, a estrutura que funcionou tão bem no início, parou de funcionar. Pelo menos para mim. Achei um pouco absurdos os recados, as brigas, pois a necessidade das mensagens na geladeira acabou, já que a mãe não fica fora o dia inteiro mais e as duas podem se encontrar com mais frequência.

Me diverti com várias das mensagens no início do livro, mas achei tão forçado do meio pro fim que me fez dar apenas 2 estrelas ao livro. Talvez com uma outra estória, essa estrutura funcionasse do início ao fim e eu realmente curtisse o livro todo. Alice Kuipers, caso você queira tentar de novo com outro tipo de narrativa, conte comigo para ler! Mas nesse, não deu certo.


Samy =)

6 comentários:

  1. Esse aí eu não curti o tema e etc. Não me deu vontade de ler.

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    1. Pois é, achei a proposta interessante, maaaaaas, nhé....

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  2. Esse tipo de livro narrado por bilhete, e-mail, carta etc às vezes tem esses problemas, mas me pareceu um livro bem interessante apesar disso.

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    1. Pois é, esse tipo de estrutura me atrai bastante. Mas esse acabei não curtindo, infelizmente.

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  3. Faz tempo que estou com vontade de ler esse livro. A estrutura deve parecer meio forçada depois de um tempo, mas acho a ideia dos bilhetes de geladeira tão legal...

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    1. Eu tbm achei sensacional Marília! Por isso acho que se a autora, ou outro autor, fizer com outro enredo, animo demais de ler! hehehehe

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