Título:
O
Menino do Pijama Listrado
Título
original: The Boy in the Striped Pyjamas
Autor:
John
Boyne
Ano
de lançamento: 2006
Ano
de lançamento no Brasil: 2007
Editora: Companhia das Letras
Número
de páginas: 192
Sinopse oficial:
Bruno tem nove anos e não sabe nada sobre o Holocausto
e a Solução Final contra os judeus. Também não faz idéia que seu país está em
guerra com boa parte da Europa, e muito menos que sua família está envolvida no
conflito. Na verdade, Bruno sabe apenas que foi obrigado a abandonar a espaçosa
casa em que vivia em Berlim e a mudar-se para uma região desolada, onde ele não
tem ninguém para brincar nem nada para fazer. Da janela do quarto, Bruno pode
ver uma cerca, e para além dela centenas de pessoas de pijama, que sempre o
deixam com frio na barriga.
Em uma de suas andanças Bruno conhece Shmuel, um garoto do outro lado da cerca que curiosamente nasceu no mesmo dia que ele. Conforme a amizade dos dois se intensifica, Bruno vai aos poucos tentando elucidar o mistério que ronda as atividades de seu pai. O menino do pijama listrado é uma fábula sobre amizade em tempos de guerra, e sobre o que acontece quando a inocência é colocada diante de um monstro terrível e inimaginável.
Em uma de suas andanças Bruno conhece Shmuel, um garoto do outro lado da cerca que curiosamente nasceu no mesmo dia que ele. Conforme a amizade dos dois se intensifica, Bruno vai aos poucos tentando elucidar o mistério que ronda as atividades de seu pai. O menino do pijama listrado é uma fábula sobre amizade em tempos de guerra, e sobre o que acontece quando a inocência é colocada diante de um monstro terrível e inimaginável.
________________________|||______________________
Eu enrolei
enormemente para ler esse livro. O motivo? Não sei. Já fazia muito tempo que eu
queria ler algo do John Boyne, já que escuto – e leio – coisas muito boas a seu
respeito. Além disso, eu gosto muito de ler sobre o holocausto e o nazismo. É
uma parte importantíssima da nossa história que não pode ser esquecida jamais.
A cada vez que descubro algo novo sobre o assunto fico mais impressionada em
como o ser humano pode se degradar e como temos a enorme capacidade de fazer o
mal. Por isso acabei pegando O Menino do
Pijama Listrado para “estrear” o autor.
Dessa vez,
a estória é contada pelo ponto de vista de uma criança. Não uma criança madura,
quase adolescente. Bruno é realmente uma criança, com mentalidade de uma
criança. Além disso, uma grande diferença dessa para outras obras sobre o
holocausto é que ele está “do outro lado”. Nesse livro, estamos dentro da casa
de um militar nazista. No auge dos seus 9 anos, o garotinho é obrigado a sair
da mansão em que mora e ir para Haja-Vista,
um lugar desolado, que não tem crianças para brincar com ele e que fica longe
de onde moram seus melhores amigos de toda a vida. Ele reclama, briga, mas nada
convence os pais a não se mudarem de Berlim.
Chegando na
casa nova, ele descobre que tem várias pessoas vivendo ali, mas ficam do outro
lado de uma cerca. E tem muitas crianças! É tudo muito injusto. Porque todas
aquelas crianças do lado de lá da cerca, mas nenhuma do lado de cá para brincar
com ele? E porque ele não pode ir lá para brincar com elas?
O que mais
chama a atenção na obra é a inocência de Bruno – talvez o retrato da inocência
das crianças em geral, envolvidas na guerra? – sem entender o que o pai fazia e
porque ele não era permitido a interagir com aquelas pessoas que usam todas a
mesma roupa e são todas carecas. Ele não entende porque o Fúria, mandou o pai para Haja-Vista,
mas tem certeza que só pode ser um castigo.
“Não entendo por que não podemos ir ao outro
lado. O que há de errado conosco a ponto de não podermos ir até o outro lado da
cerca e brincar?”
Finalmente,
em uma de suas explorações, ele encontra Shmuel. Contrariando todas as
recomendações, e apesar de virem de mundos completamente diferentes, eles ficam
amigos e essa amizade acaba sendo um escape para os dois – principalmente para
Shmuel, já que o único problema que Bruno tem é o tédio.
Achei a
escrita de John Boyne bem interessante, e sei que justamente esse fator, que
achei bem criativo, incomodou muitos leitores mais maduros, mas tentei pensar
que era um garotinho de 9 anos pensando, então achei apropriado – mesmo sendo
narrado em terceira pessoa. Acredito que ele consiga chamar a atenção de algumas
crianças para o holocausto, de forma bem sutil, suave, apesar do final
impactante. Muitas vezes, apesar do tema pesado e nem um pouco engraçado, eu me
diverti com algumas passagens, graças à escrita leve do autor. Apesar disso, eu
esperava um maior desenvolvimento, principalmente perto do fim. Parece que
ficou meio corrido e que o autor queria terminar antes de chegar às 200 páginas.
Mesmo assim gostei muito do desfecho.
Se você
gosta do tema, não perca tempo e vá logo ler o livro! Mas tenha em mente que o
enfoque maior é na vida de Bruno e não nos judeus. Recomendo!
Samy =)
Adoro esse livro, especialmente pelo narrador infantil e ingênuo. :)
ResponderExcluirPois é Lígia, isso foi o principal que me cativou no livro tbm!
Excluir