Título:
O Diário
de Suzana para Nicolas
Título
original: Suzanne’s
Diary for Nicholas
Autor:
James
Patterson
Ano
de lançamento: 2001
Ano
de lançamento no Brasil: 2011
Editora: Arqueiro
Número
de páginas: 224
Sinopse oficial adaptada:
Depois de quase um ano juntos, o poeta Matt Harrison
acaba de romper com Katie Wilkinson. A jovem editora, que não tinha qualquer
dúvida quanto ao amor que os unia, não consegue entender como um relacionamento
tão perfeito pôde acabar tão de repente. Mas tudo está prestes a ser explicado.
No dia seguinte ao rompimento, Katie encontra um pacote deixado por Matt na
porta de sua casa. Dentro dele, um pequeno volume encadernado traz na capa
cinco palavras, escritas com uma caligrafia que ela não reconhece: “Diário de
Suzana para Nicolas”. Por que Matt teria lhe deixado aquele diário? Agora,
confusa e sofrendo pelo fim do relacionamento, é nas palavras de outra mulher
que Katie buscará as respostas para sua vida. O diário de Suzana para Nicolas é
uma história de amor que se constrói ao virar de cada página. Cada revelação é
mais uma nuance sobre seus personagens. Cada descoberta é um fio a mais a ligar
vidas que o destino entrelaçou.
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Eu não sei
o que esperava desse livro quando comecei a ler. O que sei é que,
definitivamente, não foi o que li. Para começar, é sabido que James Patterson é
um mestre da investigação, e thrillers policiais. Eu sabia que esse seria um
romance, mas não imaginei que seria tão.... romance. Certo, eu acho que esperava um
pouquinho de policial nessa obra e isso não ocorreu. Não me levem a mal, não
cheguei a me decepcionar. Só foi inesperado.
Começamos a
leitura conhecendo Kate. Seu relacionamento de quase um ano acabou de acabar.
Ela, que esperava receber uma proposta de casamento em breve, foi abandonada.
Aparentemente, sem motivo algum, em um dia que ela considerava muito especial
para ela e Matt. No dia seguinte ao rompimento, parte de suas dúvidas começa a
ser sanada, pois Matt a envia um livro. Ele garante que “O Diário de Suzana
para Nicolas” iria esclarecer todas as questões que pairavam sobre sua cabeça.
Aceitando qualquer ajuda para diminuir seu sofrimento, Kate começa a ler.
O decorrer
do narrativa é dividido entre Kate e o diário. Somos apresentados à Suzana, uma
médica que após sofrer um grave problema de saúde, passa a dar mais valor à
vida e menos ao trabalho. Se muda para uma cidade do interior e diminui o ritmo
frenético em que vivia até então.
Katie
começa a entender porque Matt deu esse livro a ela, mas continua sem entender o
fim do relacionamento entre eles. E o pior é que ela passa a gostar de Suzana e
sente que, em qualquer outra situação, elas poderiam ser amigas.
Os
personagens são muito marcantes e bem construídos. Não é aquele tipo de livro
que você fica torcendo por uma pessoa ou por outra. Eu acabei torcendo por
todos. Matt é muito cativante e sensível e o leitor fica sem entender porque e
como ele se envolveu na situação em que se encontra. Fica uma impressão de
história mal contada. Claro que ela é logo revelada. Suzana é uma mulher e mãe
extremamente carinhosa. Aquela pessoa que você quer ao seu lado na vida – não
só como companheira, mas como amiga, confidente. O diário que passa a escrever
para seu filho é de uma ternura sem igual. Com Suzana, vemos como é importante
valorizar cada dia da vida, como ela faz. Katie é uma mulher madura e
encantadora. Apesar de estar sofrendo e devastada pelo fim do relacionamento
não é aquela personagem chata e lamurienta que te faz ter vontade dar uns tapas
para acordar. O sofrimento dela é genuíno e justificado.
São
exatamente as observações acima que tornam os personagens tão pouco realistas.
Todos são muito perfeitos e carismáticos. O tempo todo. Ninguém é assim na vida
real. Isso não chega a ser um problema pois, afinal, é uma ficção e não um
biografia. Mas é um ponto a ser levantado.
O enredo é
bem fechado e eu fiquei querendo ler sem parar e descobrir logo o desfecho. Já
podia imaginar várias coisas, mas mesmo assim não conseguia largar o livro.
Quando Kate parava de ler me dava vontade mandar ela voltar logo porque eu
queria satisfazer minha curiosidade. Mas essas pausas foram fundamentais para
“respirar” e ajudaram mais ainda a me prender ao livro.
Cada
capítulo corresponde a um dia – ou momento – de escrita no diário, então são,
em sua maioria, curtíssimos. Os capítulos da Kate são um pouco maiores, mas
ainda assim, bem curtos. Ótimo para quem lê no ônibus, como é meu caso. O livro
é bem pequeno e muito rápido de ler. A escrita é fluida e agradável.
Não sei se
essa foi uma boa escolha para o primeiro livro do autor que leio. Como esse não
é seu gênero habitual, fiquei pensando se não seria melhor ter começado pelo
que ele se consagrou. Qualquer outra obra de Patterson que eu ler agora, será
bem diferente do que li em O Diário de
Suzana para Nicolas. Seria como ler Conan Doyle e não começar por Sherlock
Holmes. Descobrirei se foi bom ou ruim em breve, pois tenho outros livros no
autor na fila.
Recomendo a leitura do livro, mas vá com uma boa caixa
de lenços de papel. E tente não ler quando já estiver triste. Sério.
Samy =)
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