terça-feira, 3 de março de 2015

Resenha: O Lorde Supremo – Trudi Canavan

Título: O Lorde Supremo
Título original: The High Lord
Autora: Trudi Canavan
Ano de lançamento: 2003
Ano de lançamento no Brasil: 2013
Editora: Novo Conceito
Número de páginas: 624


Sinopse:

Na cidade de Imardin, onde aqueles que têm magia têm poder, uma jovem garota de rua, adotada pelo Clã dos Magos, se encontra no centro de uma terrível trama que pode destruir o mundo todo. Sonea aprendeu muito no Clã, e os outros aprendizes agora a tratam com um respeito relutante.
No entanto, ela não pode esquecer o que viu na sala subterrânea do Lorde Supremo, ou seu aviso de que o antigo inimigo do reino está crescendo em poder novamente. Conforme Sonea evolui no aprendizado, começa a duvidar da palavra do mestre de seu clã. Poderia a verdade ser tão aterrorizante quanto Akkarin afirma? Ou ele está tentando enganá-la para que Sonea o ajude em algum terrível esquema sombrio?

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Esse é o terceiro volume da Trilogia do Mago Negro, iniciada em O Clã dos Magos e agora estou triste por estar órfã de tantos personagens que se tornaram queridos para mim! :(

Diferente do segundo volume, A Aprendiz, que já começa emocionante e continua assim até o fim, o início desse O Lorde Supremo é mais devagar e não tão contagiante, porém poucas páginas depois de começar eu já estava empolgada novamente!

Esse realmente foi um livro muito difícil para de ler. Tentei escolher entre esse e o segundo, qual gostei mais, mas foi muito duro! Acho que esse ainda consegue ser melhor, ou seja, a trilogia foi ganhando qualidade a cada volume! Quem se desapontou no primeiro livro e parou de ler ali, perdeu uma grande chance de acompanhar o crescimento de vários personagens e da trama em si.

Sabe aquele livro que tem a mocinha ou mocinho, o vilão ou vilã? Que um é bonzinho e faz tudo o que é certo e o outro é bem mau e só pensa em fazer coisas ruins? Pois então... você não vai encontrar nada disso aqui. Aqui as pessoas são o que são e fazem o que devem fazer! Lembra dos personagens de George Martin que têm facetas boas e más? Aqui vemos algo próximo disso. Não digo que os personagens de Trudi Canavan são complexos como os de George Martin, mas ainda assim são fortes e bem construídos.

Sonea se mostra uma personagem de atitude e determinada e gostei muito da personagem, que luta por tudo aquilo que acredita e pelos que ama.

Uma parte que dispensaria da estória é o romance. Apesar de não ter nada contra romances, acho que ficou desnecessário nesse livro. Não foi o foco e nem tem muito espaço na obra, ainda assim não precisaria estar ali. Só que no fim das contas entendi porque a autora resolveu inserir o romance na trama. Parece que cria mais empatia, com a maioria dos leitores.

Não posso falar muito sobre a luta final sem soltar algum spoiler, por mais óbvio que seja, mas eu senti que ela poderia ser melhor. Não em todos os quesitos, mas no geral, ela poderia ser melhor! Achei que faltou um pouco de emoção e daquele frio na barriga de quando nossos personagens queridos estão entrando em uma luta, correndo riscos. Mas à medida que continuei lendo e a batalha evoluiu, eu entendi que a intenção da autora era exatamente aquilo ali e não o que eu estava esperando de início. Apesar disso alguns pontos não me agradaram, parecia que ela estava transformando os personagens em burros por não perceber coisas obvias do inimigo. Isso me irritou um bocado. O grand finale mesmo foi deixou bastante a desejar.




O último ponto em que achei que a autora pecou foi ignorar alguns personagens no desfecho. Esse último volume focou mais em alguns personagens específicos e outros que foram de importância mediana no decorrer da obra simplesmente evaporaram e não se ouviu mais falar neles. Alguns deles eu realmente gostava e gostaria de saber qual foi o fim deles, mas a autora não se importou com isso. Mais uma vez digo que não fez o livro ficar ruim nem nada do tipo, mas foi uma falha, no meu ponto de vista.

Vocês devem estar pensando aí: “mas ela está reclamando tanto do livro, porque deu 5 estrelas??” Bom... mesmo tendo essas partes que me desagradaram, as partes que me agradaram foram mais numerosas e eu simplesmente não poderia dar menos estrelas para personagens aos quais me apeguei tanto! As aventuras pelas quais eles passaram, os tormentos, as tristezas, a esperança. Não podia ignorar tudo isso porque a autora se perdeu no final. Se eu pudesse, mudaria algumas coisas, mas ainda assim foi um livro que amei – e continuo amando seus personagens.



Apesar dos três serem livros longos, a leitura é bem rápida e fluida e quando menos percebemos, já acabou! Quem tem medo de livros muito grossos, deixe o medo de lado e aproveite uma excelente série!

Como eu disse no início da resenha, fiquei bem triste ao terminar o último livro, mas a autora escreveu mais 4 obras que se passam no mundo de Kyralia. Um livro isolado e outra trilogia. Novo Conceito, traz eles pra gente também?? Mas por favor, melhore na parte da revisão. Uma editora desse tamanho com tantos erros nos livros não dá.

Nem preciso dizer que recomendo muito a trilogia né??

Samy =)

2 comentários:

  1. Oi Sammy
    Já tem um tempo que estou desejando essa trilogia. Eu gosto de livros grandes. Acho que assim temos mais tempo para nos envolver com as personagens. Não sei muito a respeito da trilogia, confesso. Acho que essa é uma das primeiras resenhas que leio sobre um dos livros. Prefiro assim. Me surpreenderei do começo ao fim hehe
    Beijos

    Vidas em Preto e Branco 

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Eu também adoro livros grandes! Acho que o autor tem mais tempo de desenvolver sua estória e, como vc disse, de aprofundar mais nos personagens nos fazendo nos apegar mais a eles! Essa é uma trilogia adorável! Eu também li sem saber praticamente nada da estória e foi a melhor coisa que fiz! :D
      Beijos!

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