Resenha: Troopers da Morte - Joe Schreiber

Título: Troopers da Morte

Título original: Death Troopers

Autor: Joe Schreiber

Ano de lançamento: 2009

Ano de lançamento no Brasil: 2015

Editora: Aleph

Número de páginas: 328

Skoob

Sinopse skoob (pode conter spoilers, leia por própria conta e risco!):

Nesta intrigante e singular história de terror, consagrados heróis da saga terão de enfrentar pesadelos imensuráveis. Quando a nave-prisão imperial Purgação – residência temporária de quinhentos dos mais cruéis assassinos, rebeldes e ladrões – quebra em um ponto isolado do espaço, a única esperança da tripulação parece estar em um destróier estelar encontrado vagando no vazio. Uma equipe de inspeção é então enviada à nave abandonada, em busca de peças para o conserto da Purgação. No entanto, somente metade dos integrantes da equipe retorna... trazendo consigo uma terrível doença, tão letal que, em questão de horas, quase toda a tripulação a bordo do Purgação morre dos modos mais assustadores. E a morte é apenas o começo...

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Primeira coisa, eu comprei esse livro pela capa! Claro, era Star Wars e todos que ainda não estão na estante, estão na lista de “vou comprar”, mas o que fez Troopers da Morte furar a fila de todos os Star Wars foi a capa. E também o fato de ser bem diferente. É uma história de terror que se passa no universo Star Wars e não algo que vai “acrescentar” à série.

Posto isso, vamos ver o que eu achei...

Eu o li em um dia na Maratona Literária Me Livrando. No começo, achei que seria um livro ok, legalzinho e que servisse para passar o tempo. À medida que a leitura foi evoluindo, a história foi ficando muito mais empolgante e eu já não queria parar de ler.

Acompanhamos uma viagem da nave-prisão Purgação. Ela está cheia de prisioneiros que estão sendo levados para algum lugar da galáxia que eles desconhecem. O problema começa quando os propulsores da nave começam a falhar e eles ficam vagando no espaço. A sorte é que tem um destroier estelar vagando próximo a eles. O capitão da Purgação destaca uma equipe para verificar se conseguem peças no destroier para auxiliar o resto da viagem. E é aí que a história começa de verdade! O destroier foi escaneado e estava livre de qualquer contaminação. Mas por que uma nave tão cara, com capacidade para aproximadamente 10mil tripulantes foi abandonada assim, no meio do espaço, em um ponto tão obscuro? O que tem naquele lugar que não foi detectado pelos sistemas?

Os personagens são diferentes dos que já conhecemos no universo Star Wars, com uma exceção – quem quiser saber leia a capsula de spoiler, hehehe. Isso fez ficar bem legal, pois mostrou que o universo que tanto amamos não está restrito aos personagens “principais” e à cúpula formada por eles, que mais coisa acontece ao redor e nós não damos importância ou desconhecemos.

Ver os sobreviventes percorrendo os corredores do destroier, fugindo por dutos de ventilação, correndo alucinadamente pelo hangar entre várias naves capturadas, foi bem legal. O ritmo é alucinante desde o momento que os “seres” aparecem para perturbar a paz dos nossos queridos personagens.

Joe Schreiber conseguiu um suspense bacana sobre o que aconteceria e como tudo aconteceria. Em vários momentos eu senti um frio na barriga. Nos momentos em que o pequeno prisioneiro Trig ia virar uma esquina com seu irmão Kale, ou quando a dra. Zahara tentava buscar sobreviventes na solitária.

Os personagens foram razoavelmente bem estruturados. O suficiente para nos apegarmos a eles e torcermos para que sobrevivessem – ou não – mas percebe-se que o foco maior aqui é o suspense e não uma construção super aprofundada. Eles têm personalidades bem marcadas, mas não podemos dizer que os conhecemos muito bem. Para mim esse aspecto foi ok, porque entendo que não é o propósito da obra.

Como eu sou fraca no terror – li pouquíssimos livros do gênero e apenas recentemente – não sei o que pensaria um fã do gênero, mas como uma “leiga” falando, eu gostei demais. Momentos de tensão bem dosados com outros momentos de tensão. xD

Brincadeiras à parte, foi um ótimo livro para eu iniciar a leitura de zumbis, já que a parte Star Wars me distraia e não tornou uma leitura muito pesada.

Aleph, por favor, lance os outros dois livros que Joe Schreiber escreveu no universo Star Wars, ok?

Livro super indicado para os que são fãs de Star Wars, para os que são fãs de terror e, mais ainda, para os que são fãs de ambos!

 

(Você quer saber spoilers da trama? É só escolher a pílula vermelha e você irá perceber que foi apenas o começo!)

Eu achei bem desnecessário colocarem o Chewie e o Han no livro. Sério, não tem nenhum dos outros personagens e já seria legal o suficiente ser no universo Star Wars, não precisava colocar algumas das “estrelas” para deixar mais legal. Eu acabei achando meio forçado e era óbvio que eles não morreriam, então para que? Só para chamar mais atenção? Bom, como eu amo o Chewie, ler algo com ele é sempre bom, mas ficou muito parecendo jogada do autor para ganhar leitores. Não precisava disso, o livro é bom por si só.

No fim das contas descobrem que o que levou a essa transformação dos mortos em zumbis foi uma “substância viva” que o Império usaria como arma. A ideia era que os soldados “contaminados propositalmente” pudessem continuar lutando mesmo depois de mortos, que as funções motoras funcionassem bem. Durante o transporte essa substância começou a vazar e acabou contaminando a quase todos que estavam no destroier estelar – algumas criaturas, humanas ou não, são imunes e não ficam doentes. Não há uma explicação razoável do motivo, só diz que elas têm anticorpos contra a substância. O que o Império não contava é que os zumbis conseguiam aprender, então eles capturavam naves que passassem por perto, comiam parte da tripulação e contaminavam outra parte.

Han, Chewie, a médica Zahara e o molequinho Trig conseguem se safar fugindo em uma das naves capturadas.

Alguns zumbis também conseguem fugir em outras naves, mas a substância que os faz “vivos” só funciona perto da fonte, então eles se tornam mortos em decomposição quando se afastam da nave-mãe que era o destroier. Assim, a galáxia está salva de ser contaminada – achei um pouquinho clichê, mas ok, não tirou o brilho da obra para mim.

Samy =)