Resenha: A Lista Negra – Jennifer Brown

Título: A Lista Negra

Título Original: Hate List

Autora: Jennifer Brown

Ano de lançamento: 2009

Ano de lançamento no Brasil: 2012

Editora: Gutenberg

Número de páginas: 272

Skoob

Sinopse skoob:

E se você desejasse a morte de uma pessoa e isso acontecesse? E se o assassino fosse alguém que você ama? O namorado de Valerie Leftman, Nick Levil, abriu fogo contra vários alunos na cantina da escola em que estudavam. Atingida ao tentar detê-lo, Valerie também acaba salvando a vida de uma colega que a maltratava, mas é responsabilizada pela tragédia por causa da lista que ajudou a criar. A lista com o nome dos estudantes que praticavam bullying contra os dois. A lista que ele usou para escolher seus alvos. Agora, ainda se recuperando do ferimento e do trauma, Val é forçada a enfrentar uma dura realidade ao voltar para a escola para terminar o Ensino Médio. Assombrada pela lembrança do namorado, que ainda ama, passando por problemas de relacionamento com a família, com os ex-amigos e a garota a quem salvou, Val deve enfrentar seus fantasmas e encontrar seu papel nessa história em que todos são, ao mesmo tempo, responsáveis e vítimas.

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Atualmente tenho me interessado bastante por esses livros “adolescentes” que tratam do bullying. Acho que é um assunto importante e que afeta, em maior ou menor grau, a vida de muitas pessoas. Quando fiquei sabendo da existência desse A Lista Negra, eu já havia lido Os 13 Porquês e Extraordinário. O primeiro é um bom livro, mas o último mencionado é fantástico! Doce e envolvente.

Então quando fiquei sabendo sobre esse de Jennifer Brown, me interessei também. Quando li a resenha da Lígia do RandomicidadesAleatórias, fiquei com mais vontade ainda.

Para completar, o livro trata de outro assunto que sempre me desperta curiosidade que são as chacinas que acontecem com mais frequência do que qualquer um conseguiria imaginar, geralmente em escolas dos Estados Unidos. Sempre me pergunto o que leva àquele adolescente ou jovem a uma situação tão extrema.

Aqui vamos acompanhar não o autor da chacina em si, mas sua namorada, a pessoa que estava com ele em quase todos os momentos e que sofria o mesmo desprezo e zombarias. Mas ao contrário de Nick, Valerie é uma das sobreviventes e precisa aprender a lidar com a dor de perder o namorado, a dor de descobrir o que ele fez e a dor de ser considerada culpada, ainda que tenha sido considerada inocente.

No livro vemos a reintrodução de Valerie à escola e, como o livro é todo narrado em primeira pessoa pela protagonista, conseguimos nos aproximar bastante dela e sentir de forma mais clara o que ela está sentindo.

Achei a construção dos personagens muito boa, tanto de Val e Nick – que sequer conhecemos “pessoalmente” – quanto dos amigos e não-amigos da protagonista. O pai dela merece destaque e a medalha de maior imbecil já criado. Sério, tem hora que mal dá para controlar e a vontade é de socar a cara dele.

A grande sacada da autora foi mostrar flashbacks que acontecem na mente de Val, relembrando momentos que passou com o namorado e tentando entender como tudo chegou a esse ponto sem que ela percebesse. Afinal Nick não era um cara legal? Ele sempre foi uma boa pessoa quando estava com ela. Como chegou a esse ponto? Possivelmente os responsáveis pelos atendados da vida real também são pessoas consideradas boas pelos amigos e muitos devem ficar pasmos após essas tragédias.

Para mim, foi um livro que cumpriu o que prometeu e não decepcionou. Foi mais ou menos o que eu achei que seria e me fez gostar dele. Provavelmente lerei mais coisas que a autora publicar e recomendo A Lista Negra, embora não tenha entrado para os melhores do ano.

Samy =)