sexta-feira, 17 de julho de 2015

Resenha: O Punhal de Marfim – Patricia Wentworth


Título: O Punhal de Marfim
Título original: The Ivory Dagger
Autora: Patricia Wentworth
Ano de lançamento: 1953
Ano de lançamento no Brasil: 1982
Editora: Círculo do Livro
Número de páginas: 279


Sinopse:

Toda a sensibilidade, docilidade e o bom-senso da Miss Maud Silver, a querida velhinha que tempera investigação com máximas morais e habilidade nos pontos e laçadas do tricô, estão presentes neste O Punhal de Marfim. Com a maestria já consagrada por crítica e público, Patricia Wentworth cria uma deliciosa teia onde o mistério reúne uma dezena de personagens vivendo dilemas familiares e estórias de amor.

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Esse foi o penúltimo livro que li para o Desafio Literário do ano passado. Devíamos Ler um livro com a capa feia e eu acabei escolhendo esse que estava na minha lista de leitura já há um tempo e eu sempre achei a capa horrorosa, sem um pingo de atrativos. E, como vocês podem ver, enrolei a vida para postar.

O livro demora bastante a engrenar e o começo é bem morno. Eu já havia começado a lê-lo uma vez e acabei parando. Dessa vez eu aproveitei uma viagem de avião, porque aí não teria para onde fugir, e li o bendito.
A Srta. Silver é uma das principais personagens de Patricia Wentworth e me lembra um pouco Miss Marple de Agatha Christie. Por algum motivo que não sei explicar, gostei bastante de Silver, mas tenho um pouco de preguiça de Miss Marple. Ela parece uma tia-avó fofa e carinhosa – e por acaso é exatamente o que ela é! Vocês já devem ter cansado de ler por aqui que os mais idosos são os que mais me cativam e nesse livro não foi diferente. Ela passa uma impressão de boba, mas está atenta a tudo e a todos e é justamente o jeitinho de vovó que faz as pessoas confiarem nela e soltarem informações relevantes. O que faz dela uma detetive tão boa é a perspicácia e paciência, além da habilidade como ouvinte.

Ray Fortescue não tem um papel muito importante na obra, mas achei uma personagem muito interessante também e poderia protagonizar um romance bem digno. Já Lila, a protagonista desse, é bem sem sal e sem açúcar. A típica mocinha frágil que precisa de um marido forte para ampara-la. Aquela que faz só o que mandam e não tem opinião própria (ou até tem, mas não faz valer essa opinião).

O livro não é repleto de emoções, altos e baixos e nem nada do tipo. A investigação tem como base interrogatórios e isso pode ser meio maçante para algumas pessoas, embora eu até goste dessa forma narrativa em alguns policiais. A escrita de Wentworth é agradável e fácil, então a leitura flui rapidamente.

O mistério em si foi interessante, cheio de revelações inesperadas – durante os interrogatórios que mencionei – e reviravoltas para confundir o leitor. Já o final achei bem fraco e quase fez o livro todo não valer a pena, mas a Srta. Silver é tão querida, que acabou valendo.

Aqueles que gostam muito de um policial, podem gostar desse. Recomendo, mas não é um livro imperdível não.


Samy =)

4 comentários:

  1. Feia mesma essa capa, haha. O livro não me interessou muito, não sou muito fã de interrogatórios na investigação.

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    1. Ela tem cara de velha né? Hahahaha
      É, não diria que o livro é imperdível não. Hehehe

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  2. Eu acho que iria curtir esse livro porque AMO policial!
    SUA ESTANTE
    Gatita&Cia.

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    1. Ah, tomara que você goste! Eu também sou fã do estilo, mas esse decepcionou um pouco. Hehehehe

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