segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Resenha: As Sete Irmãs - Lucinda Riley


Título: As Sete Irmãs
Título original: The Seven Sisters
Autora: Lucinda Riley
Ano de lançamento: 2014
Ano de lançamento no Brasil: 2014
Editora: Novo Conceito
Número de páginas: 560


Sinopse skoob:

Agora que Maia e suas irmãs perderam o pai, cada uma delas tem em suas mãos a decisão de buscar ou não a verdade sobre sua família biológica. Maia não resiste ao chamado do passado e é atraída até o Rio de Janeiro, onde, auxiliada pelo escritor Floriano, irá mergulhar em uma história quase centenária.
Nos anos 20, uma paixão devastadora entre uma aristocrata brasileira e um escultor francês é sufocada pelas convenções sociais. Uma pequena placa de pedra-sabão eternizou o amor de Izabela e Laurent, selando o destino de Maia.
Lucinda Riley mergulhou na cultura e na história do nosso país para conhecer de perto os mitos e verdades sobre a construção de um dos mais emblemáticos monumentos à nossa fé: o Cristo Redentor. O resultado dessa experiência é uma trama surpreendente e sensual, recheada de elementos exóticos. A partir do momento em que, junto com Maia, aterrissamos no Rio de Janeiro, não vamos nos separar dela enquanto não decifrarmos os segredos de seu passado.
E esse é apenas o começo da viagem.

 ______________________­_____|||_________________________

O primeiro livro de Lucinda Riley que li foi Casa das Orquídeas. Gostei muito por causa da imersão em outra cultura que a autora nos faz fazer, nesse caso, a tailandesa. Desde então falei para mim mesma que leria todos os livros da autora que caíssem nas minhas mãos. Eis que o segundo foi As Sete Irmãs.

Maia e suas cinco irmãs adotivas – isso, cinco mesmo – acabaram de perder o pai. Cada uma foi adotada por Pa Salt em um lugar diferente e trazida para a Suíça. Elas levam os nomes das estrelas que compõem um aglomerado estelar pertencente à constelação de Touro, as Plêiades. Pa era um homem sem igual, com um enorme coração e muito bondoso, mas muito fechado. Após sua morte suas filhas percebem como sabiam pouco a respeito dele. Por seu incentivo post mortem, elas têm a chance a descobrir de onde vieram, quais são suas origens. Dessa forma, Maia acaba parando no Brasil. Eu li o livro sem saber que grande parte dele é ambientado no nosso país e achei isso bem interessante.





Tenho lido cada vez mais nacionais, mas uma coisa é ler um brasileiro ambientando a história no Brasil, outra coisa é ver um estrangeiro. Fiquei bem curiosa para ver o que sairia daí, já que a autora passou uma boa temporada no Rio de Janeiro para aprender o máximo possível sobre nossa cultura. Inclusive ela escreveu grande parte do livro em uma fazenda nesse estado.

Por esse motivo, eu esperava que seria bem legal. Realmente foi, mas ela não conseguiu escapar de alguns clichês. Principalmente por ser ambientado no Rio de Janeiro, fica a impressão de que todo brasileiro bebe caipirinha ou cerveja como se fosse água, não consegue ficar sem sambar e usa roupas provocativas. O clichê brasileiro no exterior né? Ainda bem que não teve futebol!




Apesar disso, a autora conseguiu fazer uma análise histórica muito interessante da época de construção do nosso maior ponto turístico, o Cristo. Foi realmente interessante ver como foi a construção e escolha do escultor, as dificuldades supostamente enfrentadas e tudo mais.

Como eu disse, esse é apenas o segundo livro que leio da autora é já deu para perceber que ela gosta de usar a mesma fórmula neles, mas ela explora culturas tão distintas que a trama não fica enfadonha e não parece que é uma repetição do outro livro, apesar de ficar clara a semelhança.




Nos dois livros que li, vamos acompanhando a história de uma protagonista que é nossa contemporânea. No decorrer da trama acontecem coisas que levam essa protagonista a descobrir mais sobre seu passado misterioso e cheio de reviravoltas. Como a autora consegue manter certo suspense, nós ficamos cativadas pela história no passado e pela história no presente. Nesse caso, acompanhamos Maia e Bel, a Izabela Bonifácio. As duas histórias me prenderam igualmente, confesso.




Além de tudo, Lucinda Riley tem um dom lindo para criar protagonistas fortes e pro-feminismo em plena era vitoriana ou período colonial, embora aqui em As Sete Irmãs esse assunto tenha sido bem superficialmente abordado. Como grande parte do livro é passado no Brasil, ela menciona Bertha Lutz, bióloga, pesquisadora e uma figura importantíssima do feminismo no Brasil, sendo uma das pioneiras na luta pelo direito de voto feminino no início do século XX. Essa mulher impressionante aparece no livro em um jornal que é lido pela menina Izabel, que está prestes a completar 18 anos e luta contra o desejo do pai de um casamento arranjado e sem amor. Quem se destaca mais aqui é Bel. Maia é um pouco apática as vezes, mas conseguimos ver um crescimento da personagem no decorrer do livro.




Só quando decidi ler a orelha da obra, já lá para o meio do livro, percebi que cada irmã terá seu próprio momento e teremos uma série de sete volumes. O mistério em torno da morte de Pa Salt deixa um gancho evidente para o próximo livro. Já estou doida para tê-lo em mãos e não vejo a hora da autora publicar todos os outros!




(Você quer saber spoilers da trama? É só escolher a pílula vermelha e você irá perceber que foi apenas o começo!)



Desde o início do livro eu tive a impressão que Pa Salt não tinha morrido. Nenhuma das filhas poder ver seu cadáver e presenciar seu sepultamento, uma morte repentina, sendo que o homem tinha uma saúde de ferro, tudo isso me fez ter certeza que era um truque. Qual a intenção por trás é que eu não consegui entender. No fim, no gancho que temos para o livro de Ally, ela acha que escuta a voz de seu pai no telefone.

Maia descobre que realmente é da família Aires Cabral, uma das mais importantes da época pós-imperial brasileira. Foi abandonada pela mãe, Cristina, que era usuária de drogas e engravidou sem querer. Sua avó Beatriz tentou adotá-la quando descobriu sua existência, mas Pa Salt já a tinha adotado. Maia e a avó conseguem se reconciliar e partilhar suas histórias antes que a senhora morra, já que está muito doente.

Ela e Floriano, o brasileiro que a ajuda a descobrir sua história, acabam ficando juntos no fim, quando Maia decide vir para o Brasil.

Samy =)

28 comentários:

  1. Bem que os estrangeiros podiam parar de ver só RJ e tentar ir para outro estado né. Mas é difícil. Gostei do livro, mesmo assim. Parece ótimo :)

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  2. O livro parece ser bem legal, me chamou bastante atenção pela capa e por sua resenha.

    Frases, Trechos e Pensamentos

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  3. Oi, tudo bem?
    O livro parece ser realmente bem interessante! Fiquei curiosa sobre os segredos que envolvem o pai.
    Muito legal parte da história se passar no Brasil, mesmo com essa coisa de brasileiro que só samba e bebe caipirinha...rs.

    Beijos :*
    http://www.livrosesonhos.com/

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  4. Oii
    Que edição maravilhosa, achei impecável de verdade e a trama do livro prece ser bem envolvente, espero um dia poder ler.
    Beijão
    segredosliterarios-oficial.blogspot.com

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  5. A trama do livro não me chamou muita atenção, mas adorei o fato de ter sido ambientada no Brasil, e ainda mais por trazer personagens femininas fortes! hahah

    http://controleliterario.blogspot.com.br/

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  6. Eu li Casa das Orquídeas, mas não gostei da leitura, o enredo não me cativou. Esse também não tem um enrodo que me faria comprar o livro, não acho a escrita da autora ruim, pelo contrário, mas realmente não é o que tenho em mente como leitura para o momento.

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  7. A Casa das Orquídeas é um dos meus livros favoritos e desde que o li, fiquei com vontade de ler todas as outras obras da Lucinda. Eu conhecia As Sete Irmãs de vista, mas não sabia qual era a história. Simplesmente maravilhosa!
    Sua resenha está ótima e as fotos ficaram lindas, parabéns.

    Beijo,
    http://complexodevaneio.blogspot.com.br/

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  8. Oie,

    Eu tinha A Casa das Orquídeas e dei de presente pra uma amiga e ela começou a ler e não gostou da escrita da autora e até abandonou o livro. Mas du contínuo com minha imensa vontade de ler os livros dela, e eu também não sabia que a história se passava (uma boa parte) no Brasil, aí já aumentou minha curiosidade, uma pena os autores Do verem isso aqui no Brasil um lugar cheio de belezas e uma cultura diversificada.

    Bjs
    Mayla

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  9. O livro parece incrível! Adorei a capa, achei linda!

    Vitória, www.vicio-de-leitura.com

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  10. Oie! Quando você falou sobre o cenário brasileiro do livro, até fui conferir se a autora também era nacional. Minha curiosidade para conhecer a obra aumentou com tudo o que você apresentou nessa resenha - a propósito, amei as fotografias! Apesar de estar ansiosa para conhecer a história das irmãs, estou tentando me manter longe de séries muito extensas, mas caso a oportunidade apareça, com certeza não deixarei de ler. Adorei a ideia da pílula vermelha *O* Até cheguei a clicar, mas parei quando li a primeira linha, hahah.

    Beijos,
    Fernanda F. Goulart,
    Império Imaginário.

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  11. Sério que veio com esses estereótipos brasileiros? Pô... Até me desanimou, mas curti a ideia da história ainda assim.

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  12. Poxa que legal esse lance da pílula vermelha kkkkk como tu faz?
    Adorei a proposta do livro. Até hoje só tinha visto a capa.
    Vou colocar na lista de livros que quero ler *-*
    bjs, bjs

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  13. O livro não faz muito o meu estilo, mas achei interessante por se passar no Brasil. Se bem que eu sou o tipo de leitora que se irrita com estereótipos, então é melhor eu ficar longe :P

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  14. Não é o tipo de leitura que costumo fazer. Mas é bem curioso por ser um autor estrangeiro narrando uma estória passada no Brasil.
    Adorei sua resenha e as fotos do Livro,que por sinal,é lindo.
    Beijo.

    http://estantelivrainos.blogspot.com.br

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  15. A capa chama atenção por causa do jardim. O fato de ser ambientado no Brasil também é legal. Mas a narrativa em si não chamou minha atenção.
    Samy, as fotos estão lindas!

    Beijos!

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  16. Oi Samy,
    Gostei dessa serie só pelas capas q são lindas. A história em si não é muito gênero mas tenho interesse em ler.

    Coração leitor

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  17. Sempre ouço falarem muito bem da Lucinda Riley, mas nunca consegui ler nada dela. Confesso que esse livro não me chamou muito atenção, mas espero conseguir ler algo dela no futuro.
    Gostei muito da sua sinceridade na resenha!

    Beijos!

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  18. Olá Samy, eu tenho curiosidade de ler esse livro por ser ambientado no Brasil de uma autora estrangeira, uma pena ela ter esbarado em alguns clichês =/ Mesmo assim o enredo parece ser bem legal, só vai ser uma série bem longa, mas quem sabe eu não de uma chace e acabe lendo *-*

    Visite "Meu Mundo, Meu Estilo"

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  19. Ah que legal um autor estrangeiro valorizando uma cidade do Brasil na sua escrita. Eu não gosto de séries onde cada livro será sobre um membro de uma família. Mas para essa acho que até dou uma chance pois vai ter um suspense no meio sobre a morte do pai adotivo das irmãs.
    A capa está muito bonita tbm.
    Bj
    Camila Bernardini Coelho

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  20. Oie, tudo bem? Que capa mais linda e encantadora, com certeza leria o livro só por ela rs Me lembra muito os jardins de um castelo na Europa. Também fico bem ansiosa quando uma história é dividida em vários livros e nem todos foram lançados ainda. Semelhante quando as editoras demoram para comprar os direitos da sequência de uma saga, trilogia, ou algo semelhante. Sua resenha está ótima. Beijos, Érika

    >> www.queroseralice.com.br <<

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  21. Oi, tudo bem? Uma pergunta, você tinha falado que Maia tinha 5 irmãs, no total seriam 6, cadê a última??
    Gostei muito da sua resenha e achei muito legal o livro ser escrito por uma autora estrangeira e ela querer ambienta-lo aqui, acabamos ficando refens dos famosos clichês né, enfim.
    Gostei muito do seu post e seu blog!
    Beijos, Larissa (laoliphant.com.br)

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  22. Ola. Gostei da sua resenha ficou bem explicativa em relação a premissa. Mas a premissa nao me agradou então acho que não lerei ele.

    Beijão da Lari!
    http://brilliantdiamond-bg.blogspot.com.br/?m=1

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  23. Oii,

    Confesso que fiquei muito confusa com a historia e a relação da Maia no Brasil e a construção do Cristo. Mas acho que só vou saber se ler né?? hahaha. Acho que vou procurar para ler. Ah! Parabéns pela resenha.

    beijos

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  24. Oi, tudo bem?
    Quando esse livro foi lançado muitas pessoas falaram dele porém eu ainda tenho minhas dúvidas em ler ou não. Quem sabe quando os próximos forem lançado eu dê uma chance.

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  25. Eu tenho dois exemplares desse livro, autografados! Haha! E tenho uma curiosidade enorme em ler, o segundo já saiu, só que pela Arqueiro, mas, mesmo assim, eu quero muito ler!!

    Abraços e até!

    lendoferozmente.blogspot.com.br

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  26. Heey Samy! Tudo bem? Eu tentei ler A Casa das Orquídeas por duas vezes e em nenhuma a leitura passou da página 200. Eu gosto de dramas, mas aquele enredo me cansou bastante. No mais, pretendo dar outra chance a ele esse ano. Bom saber que você gostou! As Sete Irmãs parece ser interessante, mas não sei se leria. Principalmente por ser o primeiro de 7! Vi que o segundo, Filha da Tempestade, já lançou por aqui pela editora arqueiro.

    Gostei da resenha!!
    Beijos
    http://umaleitoravoraz.blogspot.com.br/

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    Respostas
    1. Pois é menina, eu vi que saiu o segundo livro! Acho que se eu soubesse que seriam 7 não o compraria nesse momento. Mas já foi! hehehehehe

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  27. Olá,
    Até gosto de dramas, mas pra mim esse falta alguma coisa, não sei, ele parece ser um pouco devagar.

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