quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Resenha: Amante da Fantasia – Sherrilyn Kenyon


Título: Amante da Fantasia
Título original: Fantasy Lover
Autora: Sherrilyn Kenyon
Ano de lançamento: 2002
Ano de lançamento no Brasil: 2012
Editora: Novo Século
Número de páginas: 336


Sinopse oficial adaptada:

Ficar preso em um quarto com uma mulher é algo formidável. Ficar preso em centenas de quartos durante mais de dois mil anos não é. E ser amaldiçoado dentro de um livro como um escravo sexual pela eternidade pode arruinar até mesmo o dia de um guerreiro espartano. Como escravo sexual, eu sabia tudo a respeito das mulheres. Como tocá-las, como saboreá-las e, principalmente, como satisfazê-las. Porém, quando fui evocado para realizar as fantasias sexuais de Grace, encontrei a primeira mulher na história que me enxergou como um homem com um passado atormentado. Como general, eu tinha aceitado minha sentença havia muito tempo. Com certeza, o amor pode curar todas as feridas, mas poderá também romper uma maldição de dois mil anos?

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Claro que a música que cabe aqui é It had to be you do Rod Stewart, por motivos óbvios durante a leitura do livro.




O Desafio Literário para o mês de agosto foi um pouco mais complicado que o anterior por causa da categoria Ler um romance erótico. Gênero que, definitivamente, passa longe dos meus favoritos. Por esse motivo foi realmente difícil escolher um livro para esse desafio.

Não queria me atrelar a uma sequência, pois depois iria ficar com a série inacabada. Pensei em pegar um desses romances de banca, que já li muito quando era mais jovem, mas eu realmente não estava na vibe. Daí achei essa série Dark Hunters, que apesar de ser uma série não é uma sequência, sequer são os mesmos personagens principais nos outros livros, então eu não ficaria com peso na consciência de ler um e largar pra lá. Foi o que fiz. Peguei o primeiro lançado e lá vamos nós...

Não que eu seja expert no gênero, mas parece que todos os romances eróticos seguem o mesmo padrão. Basicamente o que as autoras fazem é criar um personagem masculino “perfeito”, algo que elas jamais viram e que sequer existe. Depois criam uma mocinha fraca que se deixa levar por qualquer coisa que o cara perfeito faça e não tem uma personalidade forte o suficiente sequer para falar “não” para o dito-cujo. A mocinha, na maioria das vezes, tem uma amiga com quem compartilha todos os assuntos da vida e... voilà. Está pronto o livro!

Seguindo esse padrão, Julian da Macedônia é o cara que toda mulher supostamente deseja. Maravilhoso, educado, carinhoso, bom na cama e, ah é... ele é um escravo sexual. Eu por acaso mencionei que ele também é um semi-deus grego? E um general espartano? Então anota aí. Pois é... bem realista né? E olha que quem vos fala ama livros de fantasia.

Apesar de todos os clichês e padrões, que a narrativa seguiu fielmente, devo confessar que a estória foi muito mais interessante do que eu estava esperando
essa é a vantagem de não ter expectativa alguma a respeito de um livro. Incorporando elementos da mitologia grega e tendo Eros e Afrodite como personagens coadjuvantes, a narrativa conseguiu prender minha atenção por não se focar unicamente na relação entre os dois personagens principais.

Não sei nada a respeito dos costumes dos espartanos, então não sei dizer se o narrado no livro equivale à história real ou se foi exagerado/inventado, mas achei muito interessante e despertou minha curiosidade para procurar mais a respeito dessa cultura. Ah, e é claro que eu só conseguia imaginar o Julian como o Gerard Butler – o Rei Leônidas do filme 300. Jamais consegui imaginar o personagem loiro, para mim ele foi moreno e ponto final.

Apesar da minha resistência e leve determinação a não gostar de personagens tão clichês, Julian conseguiu ganhar minha afeição e Grace também me conquistou, já que não foi só mais uma personagem chata que ficava se desmerecendo o tempo todo. Só não podemos dizer que esse é um livro com personagens inesquecíveis, pois isso eles não são.

Parece que essa coleção já tem mais de 30 livros e a autora continua publicando obras novas. Não me perguntem onde/quando vai parar. Eu confesso que não entendi até agora porque a série se chama Dark Hunters. Quando vi esse nome a primeira vez, fiquei super interessada, achando que seria do gênero fantasia, aí descobri que eram romances eróticos.

Acredito que quem gosta do gênero vai curtir esse livro.


Samy =)

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