Título:
O Lado
Bom da Vida
Título
original: The Silver Linings Playbook
Autor:
Matthew
Quick
Ano
de lançamento: 2008
Ano
de lançamento no Brasil: 2013
Editora: Intrínseca
Número
de páginas: 256
Sinopse oficial:
Pat Peoples, um ex-professor na casa dos 30 anos,
acaba de sair de uma instituição psiquiátrica. Convencido de que passou alguns
meses naquele 'lugar ruim', Pat não se lembra do que o fez ir para lá. O que
sabe é que Nikki, sua esposa, quis que ficassem um 'tempo separados'. Tentando
recompor o quebra-cabeça de sua memória, agora repleta de lapsos, ele ainda
precisa enfrentar uma realidade que não parece muito promissora. Com o pai se
recusando a falar com ele, a esposa negando-se a aceitar revê-lo e os amigos
evitando comentar o que aconteceu antes de sua internação, Pat, agora viciado
em exercícios físicos, está determinado a reorganizar as coisas e reconquistar
sua mulher, porque acredita em finais felizes e no lado bom da vida.
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A música escolhida para o livro de hoje foi Total Eclipse of the Heart, de Bonnie Tyler. Só quem ler o livro vai entender o porquê dessa música! ;)
Estava enrolando há muito tempo já para ler esse livro
e aproveitei que o Desafio Literário do Tigre desse mês era Amor – Leia um livro que conte uma história
de amor e recheie seu mês com sentimentos bonitos e quis desencalhar ele de
uma vez.
A maioria das pessoas conheceu esse livro por causa do
filme que rendeu um Oscar à linda e simpática Jennifer Lawrence. Comigo não foi
diferente, apesar de não o ter assistido ainda pois, sempre que possível,
prefiro ler o livro antes – agora posso ver com a consciência leve!
O livro é narrado em primeira pessoa por Pat Peoples e
podemos ver que ele não está entendendo muitas coisas de sua vida. Com a
narração em primeira pessoa, nós também ficamos no escuro e vamos sendo
colocados a par do que está acontecendo à medida que Pat também o é. Não é
sempre que esse tipo de estrutura funciona, mas nesse caso funcionou bem, pois
manteve o leitor curioso sobre o que tinha acontecido. Dessa forma, eu não
conseguia parar de ler, de tão curiosa que estava. A escrita de Matthew Quick
também ajuda, pois é fluida e gostosa.
Aliás, achei bem interessante o livro ser narrado por
um homem. Não por termos falta de personagens masculinos, obviamente, mas por
ser um livro bem emocional, que em geral fica reservado para uma personagem
feminina. Achei ótima essa quebra de estereótipos, principalmente porque o
personagem principal é muito emotivo.
Pela narrativa de Pat, fica claro que há algum
problema com ele. Em alguns momento se assemelha a uma narrativa infantil ou
adolescente. Exatamente isso que me cativou e me fez ficar apegada ao
personagem. Ele é encantador e vulnerável e te leva a querer ajudá-lo. Sua
determinação em ver o lado bom da vida é louvável. Embora um pouco exagerada em
alguns momentos, acredito que todos poderíamos tentar seguir um pouco seu lema
de ser uma pessoa melhor ao invés de querer ter sempre razão. Apesar de ter
gostado do personagem, a fixação dele pela Nikki é tão chata que sem nem
conhecer a mulher eu já estava de saco cheio dela e essas partes me deixavam um
pouco irritada.
Outra parte do livro que me entediou bastante foi o
enfoque excessivo no futebol americano. Entendo que era uma parte importante do
enredo, mas creio que o autor poderia dosar melhor o que era essencial para a
trama e o que era informação desnecessária sobre o assunto. Acabou ficando bem
chato para quem não curte o esporte, embora em outras partes tenha sido fonte
de muitas risadas (por isso falei sobre dosar melhor, poderia ter sido
sensacional, mas acabou pecando pelo excesso).
Os personagens como um todo foram muito bem
estruturados. Apesar de bem emotiva, gostei muito da mãe do Pat, com sua
fragilidade, mas ao mesmo tempo força e determinação. Seu pai é digno de
desprezo e mantém uma relação extremamente complicada, não só com os filhos mas
também com a esposa.
Já a Tiffany foi uma personagem que não conseguiu me conquistar. Entendo perfeitamente que é uma pessoa problemática, mas não foram seus problemas que me afastaram dela e sim sua personalidade como um todo. Por mais que eu tentasse ela não conseguiu minha simpatia. Mesmo assim foi uma personagem muito bem construída.
Eu não sabia que o livro era recheado de spoilers de
clássicos da literatura. Quem não curte saber o final dos livros antes de ler
deve ficar atento durante a leitura de O
Lado Bom da Vida, pois Pat lê vários livros muito interessantes e conta todos os finais! É como se ele quisesse conversar com o leitor
sobre o que leu, mas né? Como vários desses livros eu não tinha lido e pretendo
ler, foi uma droga ter que sair pulando partes.
No fim eu até fiquei em duvida se o livro valeria para
meu tema do desafio, pois teve muito menos romance do que eu imaginei, focando
mais na condição perturbada do Pat e sua relação com familiares e amigos. Bom,
no fim das contas achei que seria válido pois há romance, ainda que não seja
aquele romance clichê.
Não foi dos melhores livros que li no ano, mas recomendo a leitura.
Samy =)
Gostei bastante do livro, embora isso do Pat ver o lado bom da vida me irritasse um pouco.
ResponderExcluirEu esperava que o livro fosse mais romântico, porque tinha visto o filme antes ele é bem mais centrado no relacionamento Pat/Tiffany.
Pois é, eu já tinha certeza que o filme seria centrado no relacionamento deles. :-/
ExcluirVamos ver q q vou achar. Realmente não foi um livro marcante pra mim não.
O filme foi muito bom eu sair muito satisfeito. A história eu achei muito bom, bem executar um script, engraçado e inteligente. Abotoaduras entre Jennifer Lawrence e Bradley Cooper me espanta, posso dizer que é um dos melhores filmes drama Cooper. Atuações ótimas até mesmo dos coadjuvantes Robert De Niro e Jacki Weaver estão ótimos. Uma ótima historia, madura, diferente de todas essas comedias dramáticas/românticas. Vale muito apena acompanhar.
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