Resenha: O Rei do Ferro – Julie Kagawa

Título: O Rei do Ferro

Título original: Iron King

Autor: Julie Kagawa

Ano de lançamento no Brasil: 2011

Editora: Underworld

Número de páginas: 352

Skoob

Sinopse oficial:

Alguma coisa sempre pareceu meio fora do lugar na vida de Meghan, desde que o pai desapareceu diante de seus olhos quando ela tinha apenas seis anos. Meghan nunca se adaptou na escola... nem em casa. Quando um desconhecido sombrio começa a observá-la de longe, e o amigo brincalhão se torna estranhamente superprotetor, Meghan sente que tudo que ela conhece está para mudar. Mas ela nunca poderia ter imaginado a verdade - que ela é filha de um mítico rei das fadas e peça importante numa guerra mortal. Agora Meghan vai aprender até onde é capaz de ir para salvar alguém que ama, deter um mal misterioso que nenhuma criatura encantada ousa enfrentar... e encontrar o amor com um jovem príncipe que talvez prefira vê-la morta a deixá-la tocar seu coração de gelo.

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Eu já estava pretendendo ler esse livro há muito tempo. Nunca estava na vibe e sempre acabei enrolando. Com o Desafio Literário, acabei pegando logo para ler, já que eu deveria Ler um livro com a palavra “ferro” no título.

A música de hoje é de Burt Bacharach e lembrei do livro pois grande parte da letra retrata o que, eu imagino, sejam os sentimentos de Meghan.

Esse é mais um livro YA sobrenatural. Esse difere um pouco, pois foge do clichê atual de vampiros/anjos/lobos e vai para os elementos das mitologias nórdica e celta, com elfos, sátiros, ninfas e toda sorte de criaturas encantadas. Esse mundo que a autora criou achei até bem interessante e conseguiu chamar minha atenção. Quando a aventura realmente começa, Meghan vai parar em uma espécie de Nárnia e é aí que as coisas ficam mais movimentadas. E foi aí que vi que o livro não ia ser nada especial. Se o livro engrena, e continua não te prendendo como devia, é um mau sinal.

A protagonista não é daquelas que a gente tem vontade de entrar no livro e dar uns sopapos, mas não me apeguei a ela. Talvez tenha faltado carisma, ou um pouco mais de aprofundamento na personalidade. Fato é que ela é totalmente dispensável e nem um pouco marcante. Assim como os dois rapazes, Ash e Robbie. Nenhum dos dois conseguiu me fazer torcer por ele ou vibrar quando algo bom acontecia. O romance foi extremamente pobre – melhor seria se nem existisse, do que ser medíocre como foi.

Uma das únicas coisas que me fez continuar a ler foi a curiosidade em saber o que tinha acontecido com Ethan. Me apeguei ao rapazinho, mesmo ele aparecendo na estória por um período tão curto. Acho que foi o personagem mais carismático dentre todos! O mistério do paradeiro do pai de Maghan também foi um fator que me fez prosseguir na leitura. O meu personagem favorito acabou sendo o cat sith Grimalkin – não, ele não fugiu de Star Wars! :P

Acho que o maior mérito da autora foi usar personagens do livro de Shakespeare, Sonho de uma Noite de Verão, para compor sua estória. Para quem é fã do poeta inglês, ou vai adorar as referências ou então vai se decepcionar com o uso de elementos da obra em um livro meio bobinho. Eu achei que foi o trunfo dela, e conseguiu deixar o livro um pouco mais interessante.

O final deu uma movimentada e me prendeu mais à trama, mas não foi nada fora de série. Até mais da metade da leitura eu estava certa de que não iria continuar lendo a saga, mas o gancho no final, as pontas soltas que ficaram e o fofo do Grimalkin me convenceram a ler pelo menos o segundo livro da saga! Vamos ver o que me espera!

Não posso dizer que me decepcionei porque não esperava muito do livro, mas ainda assim foi pior que eu imaginei. Só recomendo para quem gosta muito de YA sobrenatural e de fadas, ninfas e afins.

Samy =)