Título: A Borboleta Tatuada
Título original: The White Mercedes
depois relançado como The Butterfly Tattoo
Autor: Philip Pullman
Ano de lançamento: 1992 e 1998 com o novo nome
Ano de lançamento no Brasil: 2004
Editora: Objetiva
Número de páginas: 176
Sinopse
oficial:
Chris Marshall é um garoto de 17 anos, que vive em
Oxford com a mãe e trabalha em uma loja de aparelhos eletrônicos durante as
férias escolares. Ajudando seu chefe, Barry Miller, a produzir a iluminação de
uma festa de formatura, conhece inesperadamente Jenny, uma garota linda e cheia
de segredos, por quem Chris se apaixona perdidamente. Vindos de duas realidades
totalmente diferentes – Jenny fugiu de casa e mora nas ruas de Oxford – os dois
jovens começam uma relação turbulenta e assombrada pelo passado que Jenny
reluta em revelar por completo. Numa trama brilhantemente construída os
destinos de Chris, Jenny e Barry irão se cruzar de forma irreversível, criando
mal-entendidos e fazendo com que um inocente caso amoroso enverede por um
caminho sinistro de perigo e traição. Nesta história de amor trágica e
contemporânea, Chris descobrirá que os ideais de verdade e a confiança não são
tão simples como ele sempre acreditou.
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Fui
apresentada a Philip Pullman, como a maioria das pessoas, com a trilogia Fronteiras do Universo – A Bússola de
Ouro, A Faca Sutil e A Luneta Âmbar. Gostei bastante dessa trilogia e resolvi
ler outros livros do autor e ver se mantinha minha boa opinião.
Chris é um
garoto de classe média de Oxford que conhece e salva uma misteriosa garota –
Jenny – e se apaixona irreversivelmente
no primeiro momento que a vê. A estória do livro se desenvolve em torno da
relação entre Jenny, Chris e Barry, chefe de Chris durante as férias escolares.
Barry é um cara, aparentemente, de boa índole, que se dá bem com todas as
pessoas e super carismático. No decorrer da trama vamos sendo enrolados pelas
mentiras e verdades não contadas e percebemos que nada é o que parece e que não
se pode confiar em ninguém.
As
primeiras palavras do livro são “Chris Marshall conheceu a garota que
iria matar numa noite quente, no princípio de junho…”. Nessa, você não sabe se
quer matar o autor por contar o final do livro na primeira linha, ou ler
correndo para saber como isso acontece. No decorrer da narrativa percebemos que
a intenção de Pullman não é nos prender pelo fim do livro e sim por como chegou
lá.
Achei
extremamente chato o relacionamento do Chris com a Jenny. O rapaz fica
completamente obsessivo em relação à moça e seus sentimentos são muito
exagerados, por uma pessoa que acabou de conhecer e sabe pouco mais do que seu
nome. Chegou a se tornar uma relação doentia, ao meu ver. Quase larguei o
livro, mas resisti, pois nos outros momentos, o protagonista chegava a ser bem
carismático e acabei gostando do jeito inocente dele.
O livro é
todo narrado em terceira pessoa, cada hora focando em um personagem – Chris,
Jenny ou Barry – e acabei demorando um pouco a me acostumar, pois em alguns
momentos estamos acompanhando os pensamentos e devaneios de determinado
personagem e, repentinamente, o autor começa a conversar exclusivamente com o
leitor e contar coisas que aquele personagem não sabe, esclarecendo os
mistérios à medida que são apresentados.
São abordados
temas polêmicos no livro, mas nenhum de forma aprofundada e acabei achando
pouco importante o fato. Parece que foram jogados lá apenas para explicar
determinadas coisas na estória. Não achei os personagens bem construídos e,
apesar de ter gostado do jeito do Chris quando a Jenny não está envolvida, não
apeguei verdadeiramente a nenhum deles. Só pude pensar que foi proposital, por
algum motivo, já que sabemos que o autor é capaz de criar personagens muito
marcantes, como aconteceu em Fronteiras
do Universo.
Não achei
um livro memorável, mas a estória me prendeu e foi bom como um passatempo,
apesar de esperar mais do autor. Recomendo,
mas tente não ir com muitas expectativas.
Samy =)
Que capa bonita. Eu gostei dessa ilustração. Olha, confesso que me deu a menor vontade de ler. E eu confesso que quando peguei há muuuuitos anos Bussula Dourada eu detestei. Também nao sei se foi a época. Acho que épocas influenciaram minhas leituras quando era mais nova... Enfim. A resenha é bacana. Fiquei meio querendo saber se ia pintar algo a mais com esse Barry aí...
ResponderExcluirEu até gostei bastante de Fronteiras do Universo, apesar de não ter sido dos meus favoritos. Por isso esperava mais do autor nesse. Vou tentar de novo, tenho mais um do Pullman aqui pra ler, quem sabe ele se redime?? Hehehehehe
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