Título: A Sabedoria do Condado
Título
original: The
Wisdom of the Shire
Autor:
Noble
Smith
Ano
de lançamento: 2012
Ano
de lançamento no Brasil: 2012
Editora:
Novo
Conceito
Número
de páginas: 176
Sinopse oficial:
Um guia do Hobbit para a vida de milhões de fãs do
J.R.R. Tolkien. Smith mostra que uma toca-hobbit é, na verdade, um estado de
espírito e como até as menores pessoas podem ter o valor de um Cavaleiro de
Rohan. Ele explora assuntos importantes para os hobbits, como cerveja, comida e
amizade, mas também assuntos mais sérios, como coragem, vida em harmonia com a
natureza e bem versus mal. Como prazeres simples como jardinagem, longas
caminhadas e refeições deliciosas com amigos podem fazer você
significativamente mais feliz? Por que o ato de dar presentes no seu
aniversário em vez de recebê-los é uma ideia tão revolucionária? E como podemos
carregar nosso próprio “anel mágico” sem sermos devorados por ele? "A
Sabedoria do Condado" tem a resposta para essas perguntas.
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Confesso que comecei a ler A Sabedoria do Condado só por causa do Desafio Literário, que pedia
a leitura de um livro de autoajuda. Como esse estilo não está entre os meus
favoritos, eu de cara pensei que teria dificuldade em achar um livro minimamente
interessante e ler até o fim. Olha como são as coisas. Um estilo literário que
não nos interessa, pode acabar ficando interessante se abordado pelo “lado
correto”. Gostei muito de ter tido a
chance de ler esse livro e assim que puder pretendo compra-lo. Como minha mãe
disse quando eu estava mostrando o desafio a ela – e falei que não leria o
livro de autoajuda – “esse pode ser o que mais vai te surpreender”, e acabou
sendo mesmo, por eu não ter muitas expectativas.
Para começar, me apaixonei pela capa. Quem não ama
essas portas das tocas-hobbit? Eu sei que eu amo! O fato da capa ser toda em
tons de cinza e marrom também me agradou. Achei que combinou com uma
toca-hobbit. Não posso dizer sobre a diagramação em geral e tamanho da letra
pois ainda não tive o livro de papel em mãos.
Para quem não entendeu, esse é um livro de autoajuda,
mas que leva em consideração o modo de vida dos Hobbits, as queridas
criaturinhas criadas por Tolkien, escritor de O Senhor dos Anéis, O Hobbit,
O Silmarillion e por aí vai.
Os Hobbits prezam muito a natureza e uma vida
saudável, com muita caminhada, ainda que regada à muita comida e bebida. Mas
não é só à saúde física a que me refiro. Também falo da saúde mental. O amor ao
próximo (com exceção, talvez, aos chatos dos Sacola-Bolseiro), a proximidade à
natureza, a coragem – que pode aparecer quando você mais precisa e menos espera
– e, principalmente, o coração bom e puro. Por esses motivos, o autor – Noble
Smith – achou por bem fazer um livro de autoajuda que mostrasse essas
qualidades às pessoas e às incentivasse a levar o estilo de vida dos hobbits e,
assim, ter uma vida longa e feliz. Ele usa como exemplo também as outras raças
da Terra-Média, como a paciência das Ents (mas saber agir sem muito ponderar
quando for extremamente necessário), a graça e sabedoria dos elfos, a
humildade, modéstia e sabedoria dos Istari – sobretudo Gandalf –, a força e
orgulho dos anões.
Durante a narrativa, Smith conta várias curiosidades
sobre Tolkien e relembra várias passagens de suas obras, principalmente O Senhor dos Anéis, O Hobbit e O Silmarillion.
Inclusive, aconselho a não ler esse livro quem ainda não leu essas obras, se não
quiser spoiler. Não que ele conte o que acontece, mas narra algumas passagens
para ilustrar o que deseja nos mostrar naquele determinado capítulo. Achei bem
interessantes essas passagens, pois algumas delas eu já havia esquecido. Ficou
obvio todo o estudo e conhecimento que o autor tem sobre as obras de Tolkien e
o próprio estilo de vida do mesmo. Como ele mesmo diz, é fruto de uma vida
inteira de interesse e pesquisa.
A sensação que se tem durante toda a leitura é de uma
conversa com um amigo. A narração é fluida e despretensiosa. Ele conta fatos que aconteceram na sua vida desde que ele optou por levar um estilo de vida mais próximo a esse que fala no livro.
Todo início de capítulo tem um título com o tema que
será tratado e, no final dos capítulos, tem uma frase de “Sabedoria do Condado”
na qual Smith resume a ideia do capítulo com uma passagem ou ditado ou
síntese do que ele apreendeu das obras de Tolkien.
Esse não foi um livro de leitura rápida – talvez por não
ter uma estória propriamente dita – e eu nem acho que esse seja o objetivo
desse tipo de leitura. É bom ler com tempo para refletir no que nos foi
passado. O capítulo “O Amor na Terceira Era” foi o que achei mais bonito e,
pelas histórias contadas, foi perceptível o amor e cuidado que Tolkien tinha
com sua esposa, Edith.
Para finalizar, deixo um ditado élfico para vocês, que significa um desejo de amizade forte e duradoura... “Que a estrela brilhe na hora da nossa
reunião”.
Samy
=)
....e que a luz que há em nós brilhe em todos os momentos de nossas vidas.
ResponderExcluirIsso aí!
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