Título:
A Aprendiz
Título
original: The
Novice
Autora:
Trudi Canavan
Ano
de lançamento: 2002
Ano
de lançamento no Brasil: 2012
Editora: Novo Conceito
Número
de páginas: 544
Sinopse:
Sozinha
entre todos os aprendizes do Clã dos Magos, somente Sonea vem de uma classe
menos privilegiada. No entanto, ela ganhou aliados poderosos, como Lorde
Dannyl, recentemente promovido a Embaixador. Ele terá, agora, de partir para a
corte de Elyne, deixando Sonea à mercê dos boatos maliciosos e mentirosos que seus
inimigos continuam espalhando... até o Lorde Supremo entrar em cena.
Entretanto, o preço do apoio de Akkarin é alto porque, em troca, Sonea deve
proteger seus mistérios mais sombrios.
Enquanto isso, a ordem que Dannyl está obedecendo, de buscar fatos sobre a longa pesquisa abandonada de Akkarin sobre o conhecimento mágico antigo, o está levando a uma extraordinária jornada, chegando cada vez mais perto de um futuro surpreendente e perigoso.
Enquanto isso, a ordem que Dannyl está obedecendo, de buscar fatos sobre a longa pesquisa abandonada de Akkarin sobre o conhecimento mágico antigo, o está levando a uma extraordinária jornada, chegando cada vez mais perto de um futuro surpreendente e perigoso.
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Quando acabei de ler O Clã dos Magos, não quis perder
tempo em começar o próximo volume, A
Aprendiz. Se eu tinha achado o primeiro volume um livro muito bom, mal
tenho palavras para esse segundo volume!
Nessa continuação da Trilogia do Mago Negro, Sonea começou a
ter aulas na Universidade, mas não foi muito bem recebida pelos estudantes e
mesmo alguns mestres têm certas ressalvas. Com tais atitudes fica claro o
preconceito que há no Clã, todos provenientes de famílias ricas das Casas,
contra as pessoas da classe mais baixa da sociedade – e com “baixa” aqui, me
refiro à condição financeira. Sonea a passa a sofrer um forte bullying, mesmo
com Rothen fazendo todo o possível para ajuda-la a contornar essa situação.
Ainda assim, eu achei que
essa abordagem poderia ter sido mais profunda. Tudo bem que o preconceito e o
bullying foram bem aprofundados, assim como a reação de Sonea a eles, mas o que
senti falta foi de uma maior comoção na estrutura do Clã como um todo, com a
entrada de Sonea. Afinal foi a primeira vez que uma "favelada" é
aceita ali. Achei que a autora perdeu uma grande chance de uma boa discussão e
aprofundamento a respeito dessa divisão rigorosa de classes que está presente
na sociedade que ela criou. Pensando por esse lado, não na sociedade que ela criou,
afinal isso foi não mais que um reflexo da nossa própria sociedade. Não tenho
dúvida nenhuma de que uma criança ou adolescente proveniente de favelas brasileiras, seria (ou é) tratado da mesma maneira que Sonea foi, por muitos dos
colegas de classe, em um colégio onde estudam apenas crianças ou adolescentes
ricos.
Por causa dessa
perseguição toda, Sonea acabou continuando a mesma garota fechada e desconfiada
do primeiro volume, mas apresentou um crescimento enorme. Apesar de vir de um
ambiente pobre e ter roubado na infância, se mostrou com muito mais moral e
princípios que os que a humilhavam. Tudo que ela queria era estudar e aumentar
seu poder para, um dia, proteger o clã daquele que, eles imaginavam, iria se
voltar contra todos. Ela queria estar o mais preparada possível para quando
esse momento chegasse. E é aí que acontece a primeira reviravolta na trama! Mas
não esperem que eu vá falar mais sobre isso...
Nesse segundo volume, a
forma de narração com diferentes pontos de vista fica muito mais evidente, pois
Dannyl é escolhido o Embaixador do Clã em Elyne, um país distante pertencente
às Terras Aliadas. Ali ele descobre muito sobre magia antiga, mas a parte mais
interessante que acontece nesse ponto de vista não diz respeito ao Clã e sim a
preconceitos e como abrir sua mente para o novo, mesmo vindo de um local muito
mais tradicional e famoso por sua intolerância. Achei uma abordagem muito
interessante e importante. A partir de Elyne, Dannyl segue para diversas outras
terras e suas viagens são repletas de aventuras.
Um dos meus
personagens favoritos nesse segundo volume foi Akkarin, o Lorde Supremo. Que
personagem deliciosamente complexo. Aqui ele é muito mais explorado que em O Clã dos Magos e não me decepcionou nem
um pouco. Fica claro que a autora ainda não mostrou seu propósito com ele e que
no terceiro volume o personagem crescerá muito mais na trama e eu mal posso
esperar por isso!
Alguns acontecimentos
acabam levando Rothen para uma participação mais marginal do meio do livro para
a frente, o que não gostei muito, já que ele é um personagem muito interessante
e poderia ter sido melhor aproveitado.
Foi um livro muito
melhor que o primeiro volume da saga e que promete fortes emoções para o livro
que encerrará a série! Recomendo
muito àqueles que gostam de fantasia!
Samy =)
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