Resenha: Pandora Controle Sobrenatural, A Queda – Nazarethe Fonseca

Título: A Queda

Autora: Nazarethe Fonseca

Ano de lançamento no Brasil: 2014

Editora: Giz Editorial

Número de páginas: 376

*Livro cedido pela autora para resenha

Skoob

Sinopse:

Zoe Lessa e outros detetives da agência de Controle Sobrenatural Pandora lutam para manter incógnita a presença do sobrenatural na cidade de Sacramento, reduto de todos os tipos de criaturas. Mas a rotina da agente é quebrada pela chegada de Alex Olivares, veterano colecionador de êxitos. O clima entre eles não é dos melhores, mas juntos, terão que solucionar uma série de suicídios suspeitos e terão que passar por cima das diferenças para salvar a próxima vítima.

Caliel chegou a Sacramento em busca de uma antiga ordem de guerreiros, defensores dos mortais, os Arcanos. O que ele não desconfia é que uma intrincada profecia prediz a queda de um jovem Nefilim, que trará dor e morte sobre tudo e todos. Tentado por anjos caídos e convocado por anjos, Caliel hesita entre a luz e as trevas. Agora a corrida é contra o tempo, a transformação é inevitável, os inimigos são muitos e o cerco está se fechando.

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Esse livro foi lido para o Desafio Literário Skoob 2015, na categoria Fantasia!

Para quem não leu aqui no blog, a primeira série da autora Nazarethe Fonseca que comecei a ler foi Alma e Sangue. Nessa saga, considero o primeiro volume bom, mas apenas o suficiente para me fazer querer continuar a saga. Já no segundo volume percebi uma melhora exponencial – para o meu gosto, claro – e terminei  OImpério dos Vampiros doida para ler o próximo volume, O Pacto dos Vampiros, que ainda não tive a oportunidade. Quando peguei o primeiro volume dessa nova série para ler, pensei que poderia acontecer o mesmo... encontrar um bom livro, mas não o suficiente para me deixar doida para ler o próximo.

É com grande satisfação que conto aqui que a nova série de Nazarethe Fonseca, Pandora – Controle Sobrenatural, me animou desde o primeiro volume! Me apeguei muito mais à protagonista Zoe que à Kara e a trama também me empolgou muito mais e já explico o porquê.

Marcador do amor! <3

Nesse livro de Nazarethe Fonseca, como na maioria dos livros com criaturas sobrenaturais, os humanos não sabem o que se passa ao redor deles e as criaturas têm que se desdobrar para impedir que eles desconfiem de algo. Mas nem todos os humanos vivem no escuro. Alguns foram escolhidos para ajudar a proteger o mundo dos demônios e anjos caídos e, para isso, receberam alguns dons. Eles compõem a ordem dos arcanos. Outros humanos são os chamados simpatizantes e apenas ajudam no que podem, seja como investigadores ou em serviços burocráticos. Aqui, nefilins, lobisomens, vampiros, demônios, íncubus, anjos e anjos caídos se misturam.

O que mais me animou nesse livro foi que, diferente de outras obras desse tema que já li, esse aqui envolve não só as relações dos seres sobrenaturais entre si e com os humanos, mas também toda uma investigação da ação desses seres no nosso meio, sejam eles mestiços, sejam puros. Sejam desse plano, sejam de outro. Então acompanhamos alguns agentes da Agência de Controle Sobrenatural Pandora em sua luta para se manterem incógnitos e pegar aqueles sobrenaturais que transgridem as leis. Ou seja... é quase um policial sobrenatural!

Um fator que percebi aqui e também percebi no segundo volume de Alma e Sangue foram algumas partes meio confusas. Senti falta de uma maior explicação sobre algumas coisas, como os poderes dos sobrenaturais, principalmente Zoe, que tem capacidades bem diferentes. Além de alguns demônios que aparecem e ficam algumas coisas meio subentendidas. Pode ser pelo fato de ser apenas o primeiro volume da saga, mas fiquei um pouco perdida em alguns momentos.

No início, achei que esse livro também se passava em alguma cidade brasileira – existe uma cidade chamada Sacramento aqui em Minas Gerais – mas depois eu já fiquei em dúvida se é uma cidade que realmente existe ou se foi criada pela autora. Ao fim da leitura a dúvida persistiu.

Uma particularidade que percebi desde o início da obra e gostei muito foram as linhas saltadas entre parágrafos. Acho que isso dá uma fluidez maior à escrita. Não é muito comum encontrar  livros nesse modelo e não me lembro de nenhum no momento, mas eu gostei bastante. Dá uma sensação agradável não ver o texto corrido, principalmente porque as páginas são amarelas, o que já ajuda! Além disso ficou muito bonita a arte no interior do livro, no início de cada capítulo, combinando com a capa.

 

Porém, fiquei surpresa por encontrar vários erros de revisão na obra. Até onde me lembro o trabalho de revisão da Editora Aleph – editora que publicou os outros livros da autora – foi bem satisfatório e os erros não foram frequentes a ponto de me fazer perceber. Mas o trabalho da Giz Editorial não seguiu o padrão. Nunca havia lido um título da editora, mas ela tem vários que me interessam e fiquei chateada em saber que o trabalho de revisão está deixando a desejar.

Resumindo... amei a obra, mal posso esperar pela continuação e recomendo!!

Samy =)