sábado, 14 de junho de 2014

Por trás do lápis: Daniel Manzoni

Daniel Manzoni... biólogo, pesquisador, professor e escritor. Carreiras que combinam muito, quase se completam, na minha opinião. Conheci o Daniel na UFMG, quando ainda era uma estudante de biologia e agora tive o prazer de ver que seu primeiro livro, Uma Crônica sobre a Pergunta está sendo publicado pela editora CRV.

O autor já teve dois contos publicados: Um filho da mãe: a angústia de ser parido e O filho do pai: a dor do amor, ambos publicados em 2013 pela Editora Escândalo nas coletâneas Loveless e Homossilábicas Vol.3, respectivamente.
 
“Um filho da mãe: a angústia de ser parido” e “O filho do pai: a dor do amor”, nas respectivas coletâneas: Loveless (2013) e Homossilábicas Vol. 3 (2013), ambas publicadas pela Editora Escândalo. - See more at: http://www.benoliveira.com/2014/05/entrevista-escritor-daniel-manzoni-romance-estreia.html#sthash.VrEQeCvD.dpuf
“Um filho da mãe: a angústia de ser parido” e “O filho do pai: a dor do amor”, nas respectivas coletâneas: Loveless (2013) e Homossilábicas Vol. 3 (2013), ambas publicadas pela Editora Escândalo. - See more at: http://www.benoliveira.com/2014/05/entrevista-escritor-daniel-manzoni-romance-estreia.html#sthash.VrEQeCvD.dpuf
“Um filho da mãe: a angústia de ser parido” e “O filho do pai: a dor do amor”, nas respectivas coletâneas: Loveless (2013) e Homossilábicas Vol. 3 (2013), ambas publicadas pela Editora Escândalo. - See more at: http://www.benoliveira.com/2014/05/entrevista-escritor-daniel-manzoni-romance-estreia.html#sthash.VrEQeCvD.dpuf
“Um filho da mãe: a angústia de ser parido” e “O filho do pai: a dor do amor”, nas respectivas coletâneas: Loveless (2013) e Homossilábicas Vol. 3 (2013), ambas publicadas pela Editora Escândalo. - See more at: http://www.benoliveira.com/2014/05/entrevista-escritor-daniel-manzoni-romance-estreia.html#sthash.VrEQeCvD
Nesse primeiro romance, Daniel aborda um pouco do universo ao qual esteve  e está  envolvido por tanto tempo, o acadêmico, com toda a competitividade arraigada e o preconceito com a homossexualidade. Na obra, acompanhamos a vida de Babil, todas as dificuldades e dilemas que fazem parte da vida de um jovem, até chegar à vida adulta  e sendo mais difícil quando se tem que lutar contra o preconceito. 

Então, vamos conhecer um pouco mais sobre a obra de Daniel e suas motivações para escrevê-la!
  

Sinopse:

Você já se fez a pergunta "Quem sou eu?"? Babil, um jovem inocente de uma escola pública de periferia da cidade de São Paulo faz essa pergunta, em meio à tormenta dos conflitos da adolescência, acreditando fortemente, como um porto seguro para um navio na tormenta, que poderá respondê-la ao seguir uma carreira plena de cientista, mergulhado no conhecimento acadêmico. Envolvido em uma trajetória de vida, para conquistar sua carreira universitária, cheia de contradições insolúveis, descobertas, raiva e amor, vai descobrindo que o mundo do conhecimento pode não ser a melhor opção para responder sua pergunta.
 




“Você já se fez a pergunta “Quem eu sou?”? Babil, um jovem inocente de uma escola pública da periferia da cidade de São Paulo, faz essa pergunta, em meio à tormenta dos conflitos da adolescência, acreditando fortemente, como um porto seguro para um navio na tormenta, que poderá respondê-la ao seguir uma carreira plena de cientista, mergulhado no conhecimento acadêmico. Envolvido em uma trajetória de vida, para conquistar sua carreira universitária, cheia de contradições insolúveis, descobertas, raiva e amor, vai descobrindo que o mundo do conhecimento pode não ser a melhor opção para responder sua pergunta”. - See more at: http://www.benoliveira.com/2014/05/entrevista-escritor-daniel-manzoni-romance-estreia.html#sthash.VrEQeCvD.dpuf
Para começar, fale um pouco de você! Quem é Daniel Manzoni?

Um resistente.


E sobre o seu livro? Conte-nos a respeito dele. O que devemos esperar dessa leitura?

É um livro simples, escrito em uma linguagem simples. O que proponho no livro é uma reflexão sobre ser idealista em um mundo materialista por meio de uma personagem.


Escrever um livro sempre foi um sonho ou é uma ideia mais recente?

Eu sempre escrevia.  Tinha sempre o desejo de publicar alguma coisa. Tudo que escrevi antes não achei digno de tornar publico. Essa história que contei no livro (que considero inacabada) foi mais forte e se materializou.


E quando o dom para a escrita aflorou?

Desde pequeno. Quem descobriu isso foi minha professora na sétima serie e sempre me incentivou. De lá para cá nunca parei de escrever. Parei um tempo quando recebi críticas muito pesadas sobre minha forma de escrever. Achei que ali era o fim. Na verdade fiquei 2 anos sem escrever nada além de e-mails. Voltei a escrever quando fui estudar Hannah Arendt e percebi que qualquer exercício de “publicar”, tornar público, tem um preço altíssimo. Me questionei? Quero ir para a “Ágora” ou exercer minha expressão de outra forma? Vi que meu lugar é na conversa publica mesmo. Então foi isso.


De onde veio a inspiração para os personagens e o livro como um todo? Você fez algum tipo de pesquisa para escrever o livro ou se baseou somente em suas experiências?

A inspiração veio quando eu voltei a escrever e estava escrevendo uma outra personagem. Um dia fui tomar um café com um amigo que no meio da conversa desabou a chorar que estava desiludido com o trabalho acadêmico dele e me disse: “não podemos nem ter mais ideais!”. Aquilo acendeu um luz dentro de mim e pensei: “E por que não podemos?”. Fui estudar sobre e compus a personagem.


Quais foram os principais obstáculos durante o processo de publicação? Você pensou em desistir em algum momento?

O maior obstáculo foi eu mesmo. Eu estava traumatizado. Meu estilo de escrita é diferente. Achei que nunca mais fosse escrever nada além de e-mails. Fui superando isso a cada capitulo e vendo que o problema não era comigo era com quem lia.  Alguns amigos escritores (O Ben Oliveira e o Cicero Edinaldo) foram lendo e incentivando e assim saiu.


Como foi encontrar uma editora disposta a arriscar em um autor iniciante?

Foi tudo muito louco. Eles me encontraram por algumas coisas que eu tinha escrito e me fizeram um convite. Demorei um pouco mais de 1 ano para entregar o primeiro manuscrito. Não foi um processo fácil. E eu agradeço imensamente o voto de confiança que eles tiveram comigo.


Qual a sensação, agora que o livro está pronto e prestes a ir para as livrarias?

Uma sensação esquisita. Porque agora estou na “Ágora” e minha função é o debate. O que eu tinha para dizer está dito.


Esse é o primeiro de vários livros ou foi um sonho realizado e pretende parar por aí?

É o primeiro de vários. Estou finalizando uma peça de teatro e depois já estou com outro livro engatilhado. Além dos escritos picados ao longo do tempo.


Quais são seus autores preferidos? Há influência de algum deles no seu estilo de escrever?

Sim, tem muita influencia. Na literatura meu autor predileto é o José Saramago (com a irônica cortante dele), o Nelson Rodrigues (que nudez das personagens) e a Lygia Fagundes Telles (pela sensibilidade das personagens).

Na filosofia a Hannah Arendt, pela coragem e força de pensamento.


Alguma dica para aqueles que sonham em escrever um livro mas desanimam antes de tentar, devido às grandes dificuldades?

Vai parecer clichê, mas jamais desista. Escrever é um habito totalmente solitário. Quando eu achei que jamais iria voltar a escrever foi o momento que eu tinha mais coisas para dizer.


Por último mas não menos importante, onde poderemos encontrar seu livro para comprar? Tem em mente a venda do livro no formato de ebook também ou só o livro físico?

  Ele já está disponível para compra no site da editora CRV


Muito obrigada pela sua disponibilidade em responder às perguntas, Daniel! Foi um prazer receber você aqui no nosso blog e muito bom saber um pouco mais a respeito do seu livro! Boa sorte nessa empreitada e muito sucesso!

Só para concluir, já tive oportunidade de ler as Crônicas do Dia que o Daniel publica de quando em quando no facebook quando acontece algo em seu dia que valha a pena ser compartilhado e garanto que sua forma de escrita leve e descomplicada, irônica e engraçada é completamente envolvente e vale a pena ler! Mal posso esperar para ter esse livro em mãos e poder ler mais que as poucas linhas com as quais ele nos brinda de vez em quando.

Samy =)
 

Um comentário:

  1. Fantástico. Eu tive a oportunidade de ver o Daniel na UFMG há uns anos atrás. A gente nao se conhece bem, só o vi em um laboratório, jamais pensava que ele fosse um escritor ou que seria um dia. Hoje o livro está concluído, a escrita escorreu pelos dedos, essa ânsia de dizer. Que alegria.

    Adorei a entrevista, achei muito bom. Daniel, você é bom com palavras e Samara, você é boa nas perguntas.

    Vida acadêmica, está aí algo que eu quero muito ler e vou comprar, faço questão de prestigiar.

    Qualquer dia, como sugestão, o Daniel podia postar uma crônica do Dia aqui também ou então uma Crônica do momento, vamos colocar assim.

    Sucesso, Daniel!!!
    Muito bom, MESMO!

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