Título:
Bruxos
e Bruxas
Título
original: Witch
& Wizard
Autor:
James
Patterson
Ano
de lançamento: 2009
Ano
de lançamento no Brasil: 2013
Editora: Novo Conceito
Número
de páginas: 288
Sinopse oficial:
Em pleno século XXI, os irmãos Allgood, With e Whisty
são arrancados de sua casa no meio da noite e jogados na prisão, acusados de
bruxaria. Vários outros jovens como eles foram sequestrados, presos e outros
desapareceram. Tudo isso acontece porque o mundo foi comandado por um novo
governo "Nova Ordem", que acredita que todos os menores de dezoito
anos são suspeitos e que praticam bruxaria. Quem comanda a N.O é O Único Que É
O Único, e seu objetivo é tirar tudo que faz parte da vida de um adolescente
normal, livros, música, arte, comandar o mundo e desvendar todos os segredos da
magia. Qualquer forma de protesto contra a N.O será punida com muita rigidez e
tortura, até que a pessoa possa completar dezoito anos, e assim ser condenado a
morte. A missão dos irmãos Allgood é livrar o mundo desse novo regime e
resgatar seus pais desaparecidos. Mas será que eles conseguirão enfrentar a
Nova Ordem, salvar todos dessa tortura e encontrar seus pais?
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Temos aqui
mais um livro do gênero distopia, mas um pouco diferente dos outros que estão
sendo publicados atualmente, pois envolve magia, além da distopia em si.
Resolvi colocar na lista de leitura depois tanto ouvir as pessoas falando sobre
o mesmo, além do autor ser muito renomado – ainda que não tenha sido consagrado
nesse gênero. Como uma das categorias do mês de maio do Desafio Literário 2014
era Ler um livro sobre magia, aproveitei para pegar esse. Parece que
muitas pessoas se decepcionaram com a obra e detestaram a leitura. Como eu não
esperava nada do livro e fui sem preconceitos, mas também sem expectativas, não
me decepcionou. Obviamente é um livro infanto-juvenil, então não podemos
esperar análises profundas e filosóficas e o aprofundamento em alguns temas,
que poderiam ser melhor desenvolvidos, foi inexistente, mas houveram alguns
pontos que achei interessantes na narrativa.
Para começar,
é feita em primeira pessoa mas alternando entre dois irmãos – e já achei isso
interessante, por não ser um casal de namorados, ou de potenciais namorados,
mas sim irmãos, com todos os comportamentos comuns entre dois irmãos. Como o
apelido deles é bem parecido, no início achei bem confuso e precisava pensar
para lembrar quem era With e quem era Whisty. Mas quando o nome completo deles
apareceu – Wisteria e Withford – ficou bem mais fácil lembrar e o problema
acabou, a leitura fluiu melhor. Os dois são bem divertidos, com as tiradas
estilo “piada ruim” e suas ironias, mesmo quando não convém. Ainda que pareçam
ser um pouco imaturos para a idade, conseguiram me cativar.
Os
capítulos são bem curtos – já falei aqui diversas vezes que gosto disso, acho
que dá um ritmo bom à leitura. Pode ser um bom livro para conquistar novos
leitores, jovens. Quem está começando a ler e já começa com livros que
contenham capítulos intermináveis, pode se assustar e acabar parando antes de
adquirir o hábito da leitura.
Considerando
que foi o primeiro de uma série, não tivemos muitas das explicações pelas quais
esperávamos e a magia mesmo foi bem sutil. Espero que nos próximos livros a magia
esteja mais presente, uma vez que é o tema do livro.
Após serem
presos acusados de bruxaria, os dois irmãos descobrem que realmente têm alguns
poderes meio estranhos e começam a acreditar na tal acusação – que a principio
acharam completamente descabida. O novo governo, ou Nova Ordem, é uma ditadura
que pretende acabar com tudo que é cultural no país, como música, livros,
filmes, todo e qualquer tipo de arte. Tal e qual todas as ditaduras que já
existiram nesse mundo, pessoas são presas sem direito a defesa, outras tantas
estão desaparecidas e a tortura é procedimento corriqueiro. Os principais suspeitos
são as pessoas com menos de 18 anos, todos potencialmente perigosos. É impressionante
o sangue frio dos personagens para matar e torturar crianças, mas acredito que
isso também acontecia nas várias ditaduras por esse mundo.
Vi tantas
pessoas estranhando esse tipo de regime totalitário “em pleno século XXI”, mas
acho que os autores dessas resenhas esqueceram que ainda existe esse tipo de
governo em alguns lugares do mundo. Sim, “em pleno século XXI”.
Acho que
minha maior reclamação ao livro é o
vilão. Apesar de todas as torturas e comportamentos hediondos, achei o vilão em
si muito fraco. O Único Que É O Único não desperta o terror que deveria – pelo
menos, não no leitor. Não sei se ficou claro. É aterrorizante ser sequestrado e
passar por todos os tipos de tortura infligidos pelos Únicos – cada qual em sua
função – mas quando você lê isso acontecendo, nhé. O Único Que É O Único parece
mais um garoto mimado que manda os valentões baterem em quem não o obedece.
Resumindo...
dá pra passar o tempo. Não compraria o livro, mas não achei ruim como
muitas pessoas acharam e, para mim, valeu a pena ler. Só não espere nada adulto
ou muito maduro, senão vai se decepcionar.
Samy =)
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