Resenha: O Duque e Eu – Julia Quinn

Título: O Duque e Eu

Título original: The Duke and I

Autora: Julia Quinn

Ano de lançamento: 2000

Ano de lançamento no Brasil: 2013 (edição que li)

Editora: Arqueiro

Número de páginas: 288

Skoob

Sinopse:

Simon Basset, o irresistível duque de Hastings, acaba de retornar a Londres depois de seis anos viajando pelo mundo. Rico, bonito e solteiro, ele é um prato cheio para as mães da alta sociedade, que só pensam em arrumar um bom partido para suas filhas. Simon, porém, tem o firme propósito de nunca se casar. Assim, para se livrar das garras dessas mulheres, precisa de um plano infalível. É quando entra em cena Daphne Bridgerton, a irmã mais nova de seu melhor amigo. Apesar de espirituosa e dona de uma personalidade marcante, todos os homens que se interessam por ela são velhos demais, pouco inteligentes ou destituídos de qualquer tipo de charme. E os que têm potencial para ser bons maridos só a veem como uma boa amiga. A ideia de Simon é fingir que a corteja. Dessa forma, de uma tacada só, ele conseguirá afastar as jovens obcecadas por um marido e atrairá vários pretendentes para Daphne. Afinal, se um duque está interessado nela, a jovem deve ter mais atrativos do que aparenta. Mas, à medida que a farsa dos dois se desenrola, o sorriso malicioso e os olhos cheios de desejo de Simon tornam cada vez mais difícil para Daphne lembrar que tudo não passa de fingimento. Agora ela precisa fazer o impossível para não se apaixonar por esse conquistador inveterado que tem aversão a tudo o que ela mais quer na vida.

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Eu adoro romances históricos! Todos eles são muito parecidos? Sim! Eles são super previsíveis e você sempre sabe como ele vai acabar? Mais uma vez, sim! Mesmo sabendo disso tudo, eu gosto.

Não sei qual foi a autora que me iniciou no gênero, mas sei que algumas das primeiras foram Jane Austen e Judith McNaught. Depois surgiu Julia Quinn que me cativou também.

 O Duque e Eu é o primeiro volume de uma série de oito livros, um para cada irmão da família Bridgerton. Sobre essa família, ela é realmente encantadora. Para começar, os filhos foram batizados em ordem alfabética de acordo com o nascimento. Assim temos Antony, Benedict, Colin, Daphne, Eloise, Francesca, Gregory e Hyacinth. Violet, a matriarca, precisa “cuidar” da família sozinha, desde que ficou viúva, ainda bem jovem – sim, mesmo ficando viúva jovem a mulher conseguiu ter 8 filhos!! O mais velho da prole tomou para si a responsabilidade de prover e proteger a família e assim eles vivem.

Como sempre, na alta sociedade londrina, o que temos aqui são os famosos bailes que acontecem na alta temporada. Nesses bailes, as mães casamenteiras fazem de tudo para conseguir casar seus filhos com bons partidos. Em geral a afeição mútua não é um fator muito considerado nessa escolha – sendo preferível o título ou as posses. Claro que as mocinhas e mocinhos dos romances nunca – ou quase nunca – pensam assim e esse é um dos clichês desse tipo de livro.

Esse primeiro volume é todo da Daphne. Ela é a quarta irmã e a mais velha das mulheres. Como as mulheres se casavam muito antes dos homens, mesmo ela sendo a quarta dos filhos, é a primeira a se casar. Passando dos 20 anos a mulher já começava a ser considerada uma solteirona e suas chances de algum dia conseguir um marido caíam exponencialmente – quanta idiotice.

A mãe, como tem 8 filhos para casar, não é nem um pouco sutil na sua busca por um marido para a filha e os filhos mais velhos. Porém ela não é tão desagradável quando a caricata Sra. Bennet de Orgulho e Preconceito, romance clássico de Jane Austen. Apesar de todos os seus esforços em prol do matrimônio, ela conserva seu bom-senso e é extremamente agradável.

É nesse volume que conhecemos a misteriosa Lady Whistledown. Ela nada mais é que uma colunista de fofoca muito bem informada. Justamente por ser tão bem informada que toda Londres se contorce de curiosidade para saber quem é a digníssima autora. Alguns por vontade mata-la, outros por vontade de ser igual a ela, outros por querer parabeniza-la. A presença dessa “moça” desconhecida tornou a estória mais engraçada e mais cativante. Acredito que seja um dos pontos altos do livro. Em cada início de capítulos podemos ler um trecho das Crônicas que a tal Lady escreve para o jornal londrino Whistledown.

Daphne é mais uma das mocinhas que foge do padrão submissa-e-tola. Creio que depois de Elizabeth Bennet surgiram várias mocinhas assim – e eu prometo parar de citar Orgulho e Preconceito. Ela é determinada, não se cala quando pensa que está certa, e corre atrás do que quer. Muitas vezes mete os pés pelas mãos. Em um momento específico odiei as atitudes dela, mas como ela estava pronta para aceitar as consequências, no fim acabei perdoando-a.

Claro que o Simon também é o cara perfeito por quem todas devem se apaixonar. E ele é realmente apaixonante. Eles sempre são, não é? Ele é especialmente cativante por toda a força de vontade que teve que empregar para chegar onde chegou.

Resumindo, foi um bom ponto de partida para uma série completamente cativante, para quem gosta desse gênero de livro, obviamente! Recomendo sem pensar duas vezes! 

Samy =)