E
quando livros e músicas se misturam? Recebi esse post do Blog Dictionary
de uma amiga e achei bem interessante. Achei que seria legal adaptar ele
aqui para vocês.
Já se sentiu tão inspirado por um bom livro que quis começar a cantar?
Várias bandas e artistas já se renderam a esse impulso, colocando elementos de
suas histórias favoritas – ou contos, ou poemas – em seus repertórios musicais.
Seguem alguns exemplos em que a literatura foi inserida na música!
The Doors
Mais do que uma homenagem à arquitetura, o nome da banda é uma homenagem
ao livro de Aldous Huxley, The Doors of
Perception (publicado no Brasil como As Portas da
Percepção), no qual o autor da famosa distopia Admirável Mundo Novo relata sua
experiência alucinógena após consumir a droga mescalina. Huxley buscou o título
para seu livro na obra de William Blake, The
Marriage of Heaven and Hell: “If the doors of perception were
cleansed everything would appear to man as it is, infinite.”
Ramble
On de Led
Zeppelin
Não é nenhum segredo que os roqueiros britânicos tinham uma queda pela
Terra Média, com todas as suas armadilhas míticas, mas em nenhuma outra música
a influência é tão aparente como na letra da música de 1969, Ramble On. A épica cantiga contêm um
poema que Tolkien escreveu na língua élfica, traduzido e parafraseado.
Modest Mouse
O nome
aliterativo da banda é derivado de uma passagem do livro de Virgina Woolf The Mark on the Wall:
“I wish I could hit upon a pleasant track of
thought, a track indirectly reflecting credit upon myself, for those are
pleasantest thoughts, and very frequent even in the minds of modest,
mouse-coloured people, who believe genuinely that they dislike their own
praises.”
Wuthering Heights de Kate Bush
*Contém
spoilers para quem não leu o livro O
Morro dos Ventos Uivantes*
A música
de Kate Bush, que ganhou uma versão cantada pelo André Matos, até então
integrante da banda brasileira Angra, é uma homenagem à única obra de Emily
Bronte, lançada em 1847. A música relata o amor torturado e atemporal de
Heathcliff e Catherine. Bush canta como se fosse Cathy, voltando do túmulo,
remetendo a cenas e falas do livro, como no
refrão: "Let me in! I'm so cold!". Bush escreveu a homenagem quando era uma adolescente, após assistir uma
das adaptações cinematográficas do livro.
The Velvet
Underground
Os
músicos Lou Reed, John Cale, Sterling Morrison e Angus MacLise “roubaram” o nome The Velvet Underground do livro homônimo escrito por Michael
Leigh que explora a subcultura sexual da década de 60. Os músicos ficaram
intrigados com o título e acharam que a referência literária combinava, já que
Reed já tinha escrito a música Venus in
Furs, nome, também, baseado na obra homônima de Leopold von Sacher-Masoch –
quem deu origem ao termo masoquismo.
Diamond Dogs de David Bowie
David
Bowie se virou para a literatura em busca de inspiração para suas músicas. Olhou especificamente para 1984, obra distópica de George
Orwell. O álbum Diamond
Dogs, lançado em 1974, tem várias músicas que fazem referência à obra, como
Big Brother e 1984, as quais Bowie escreveu na
esperança de adaptar o clássico de Orwell para um musical. Como os direitos autorais foram negados pela família do escritor, as músicas acabaram entrando para o referido albúm.
White Rabbit de Jefferson Airplane
Nem
preciso dizer em qual obra essa música foi baseada, certo? A jornada de Alice
pelo País das Maravilhas nunca foi um passeio no parque, mas nessa versão do
amado conto de Lewis Carroll, suas experiências e interações com os personagens
fantásticos do País das Maravilhas, assumem um tom mais angustiante.
Depois
que vi esse post, passei a lembrar e descobrir novas referências a livros em
músicas e bandas. Como ia ficar muito longo se eu adicionasse aqui, vou fazer
outro post depois com mais!
Se
souberem de mais algum, coloquem nos comentários! ;)
Samy =)
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