Esse foi o livro lido para o Desafio Literário 2014, na categoria Ler um livro com mais de 500 páginas. O escolhido para essa categoria foi:
Título
original: The
Story of Edgar Sawtelle
Autor:
David
Wroblewski
Ano
de lançamento: 2008
Ano
de lançamento no Brasil: 2009
Editora: Intríseca
Número
de páginas: 524
Sinopse oficial adaptada:
Mudo desde o nascimento, Edgar Sawtelle se comunica
apenas por sinais e bilhetes. Leva uma vida serena com os pais na fazenda da
família, em um lugar remoto dos Estados Unidos. Ao longo de gerações, os
Sawtelles criaram e treinaram uma raça de cães cujo dedicado companheirismo tem
sua síntese em Almondine, a amiga e eterna aliada de Edgar. A volta inesperada
de Claude, o tio paterno, leva o caos ao então pacífico lar dos Sawtelles. Após
a morte repentina do pai de Edgar, Claude se insinua na vida da fazenda e
conquista o afeto da mãe do menino.
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Fazia um
tempo que eu estava com vontade de ler esse livro. A capa me chamou muito a
atenção quando vi na livraria e fiquei com o livro na cabeça, esperando uma
oportunidade para lê-lo – esse também poderia ter entrado no Desafio do Tigre,
Julgando pela Capa. Não diria que tinha muitas expectativas acerca dele, pois
não havia sido nenhuma indicação, eu não conhecia o autor e nem procurei
resenhas do livro antes de ler. Por esses motivos, fui sem expectativas e sem
preconceitos, mas achei realmente que seria um livro do qual eu iria gostar!
Infelizmente me enganei. Não chegou a ser um livro ruim. Só não foi bom. Ficou
muito extenso, com partes desnecessárias – parecia que o autor só queria
aumentar o tamanho do livro, sem se preocupar em manter o nível do conteúdo.
Apesar disso, David Wroblewski tem uma escrita leve e bonita.
O livro é
dividido em cinco partes, cada uma com uma etapa da vida da família Sawtelle.
Cada capítulo tem um título – escrito com a fonte bem diferente do corpo do
texto, algo que adoro – e são bem longos. Todos têm subdivisões, creio que para
dar uma quebrada no ritmo, já que eles são realmente bem extensos. Eu,
particularmente, prefiro os capítulos mais curtos, principalmente quando o
livro não é muito movimentado, acho que flui melhor a leitura. Achei a
diagramação do livro bonita e pareceu que o autor teve um cuidado especial com
isso.
A história
da família se iniciou com John Sawtelle e sua esposa, quando ele resolveu criar
cães e aperfeiçoa-los de acordo com características que nem ele mesmo entendia
muito bem. Os cães treinados acabaram ficando famosos e o canil se expandiu. Um
de seus filhos, Gar, decidiu continuar com o “dom” da família em treinar cães e
passou esse amor para o filho, Edgar.
A narrativa
é feita em terceira pessoa, cada capítulo pelo ponto de vista de um personagem
– incluindo alguns cães – mas na maior parte do tempo, o ponto de vista que
seguimos é o de Edgar. Achei particularmente interessante a narrativa pelo
ponto de vista de Almondine, uma das personagens mais carismáticas do livro,
principalmente quando Trudy está grávida de Edgar. A vida da família segue uma
tranquila rotina e sem muitos problemas. Edgar consegue se comunicar
perfeitamente com os cães por meio de sinais e ama a vida que leva na fazenda,
ama trabalhar com os animais e o contato que tem com eles.
Certa parte
do livro tem uma discussão até interessante, entre o avô de Edgar e seu amigo e
cientista, Brooks. Brooks também cria cães, mas levando em consideração a
genética dos mesmos para escolher as características desejadas. Ele acha um
absurdo John Sawtelle escolher os animais pelo olho e pela intuição e seguem
acaloradas discussões entre eles, cada qual tentando defender seu ponto de
vista e sua forma de trabalhar com o canil. Como bióloga, achei até
interessante a discussão e os argumentos de Brooks, mas pode ficar um pouco
maçante para quem não se interessa pelo assunto.
Para gostar
desse livro, amar cães não basta. Ele é meio monótono e longo, então a pessoa
tem que gostar muito de ler e ter paciência para um livro mais devagar. Se você
tem esse perfil, recomendo o livro. Senão, parte pra outro. Eu gostei de ter
lido porque estava muito curiosa e não o tiraria da cabeça enquanto não lesse,
mas talvez, se não fosse pelo desafio, eu o teria abandonado antes do fim.
Samy =)
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