Título:
O
Nome da Rosa
Título
original: Il Nome della Rosa
Autor:
Umberto
Eco
Ano
de lançamento: 1980
Ano
de lançamento no Brasil: 1980
Editora: Nova Fronteira
Número
de páginas: 562
Sinopse oficial:
Ficção de estreia de um dos mais respeitados teóricos
da semiótica, O Nome da Rosa
transformou-se em prodígio editorial logo após seu lançamento, em 1980.
Tamanho sucesso não parecia provável para um romance cuja trama se desenrola em um mosteiro italiano na última semana de novembro de 1327. Ali, em meio a intensos debates religiosos, o frade franciscano inglês Guilherme de Baskerville e seu jovem auxiliar, Adso, envolvem-se na investigação das insólitas mortes de sete monges, em sete dias e sete noites.
Os crimes se irradiam a partir da biblioteca do mosteiro - a maior biblioteca do mundo cristão, cuja riqueza ajuda a explicar o título do romance: "o nome da rosa" era uma expressão usada na Idade Média para denotar o infinito poder das palavras. Narrado com a astúcia e graça de quem apreciou como poucos as artes do romance policial, O Nome da Rosa encena discussões de grandes temas da filosofia européia, num contexto que faz desses debates um ingrediente a mais da ficção.
Tamanho sucesso não parecia provável para um romance cuja trama se desenrola em um mosteiro italiano na última semana de novembro de 1327. Ali, em meio a intensos debates religiosos, o frade franciscano inglês Guilherme de Baskerville e seu jovem auxiliar, Adso, envolvem-se na investigação das insólitas mortes de sete monges, em sete dias e sete noites.
Os crimes se irradiam a partir da biblioteca do mosteiro - a maior biblioteca do mundo cristão, cuja riqueza ajuda a explicar o título do romance: "o nome da rosa" era uma expressão usada na Idade Média para denotar o infinito poder das palavras. Narrado com a astúcia e graça de quem apreciou como poucos as artes do romance policial, O Nome da Rosa encena discussões de grandes temas da filosofia européia, num contexto que faz desses debates um ingrediente a mais da ficção.
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"Porque esta é uma história de livros, não de misérias
quotidianas, e a sua leitura pode inclinar-nos a recitar, com o grande
imitador de Kempis. «In ómnibus réquiem quaesivi, et nusquam inveni nisi
in ángulo cum libro.» (Em
todos os lugares busquei
descanso, e nunca encontrei, exceto em um
canto com um livro.)"
Escolhi O Nome
da Rosa para o mês de março do Desafio Literário do Tigre – Filme ou Livro?
Escolha um livro sobre o qual você já tenha visto o filme – pois vi o filme há
anos e sempre quis ler o livro. Já tinha começado a ler antes, mas o exemplar
que meu pai tem em casa é muito velho e sempre me dava alergia. Aproveitei a
chance do DL do Tigre para finalmente ler esse clássico da literatura!
No livro, nós somos apresentados a um autor inominado (seria
o próprio Umberto Eco?) que descobriu, por acaso, em 1968, um manuscrito
escrito pelo austríaco Adso de Melk contanto uma estória vivenciada no ano de
1327 – época que esse era um noviço beneditino. Tendo sido retirado da abadia
de Melk, foi deixado aos cuidados de um douto franciscano, frade Guilherme de
Baskerville, enquanto seu pai resolvia problemas militares em Pisa. Na
companhia de frade Guilherme, Adso viria a visitar cidades famosas e abadias
antigas, como seu escrivão e discípulo.
O livro, escrito em linguagem erudita e pomposa, característica
da era medieval, é extremamente detalhado, sobretudo no que diz respeito às
construções da abadia. As descrições eram tão minuciosas que, como eu não tenho
nenhum conhecimento sobre o assunto, achava até difícil imaginar tantos
detalhes.
No início do manuscrito, Adso tenta contextualizar o
leitor a todas as disputas políticas que estavam ocorrendo na época, entre
Estado e Igreja e entre diferentes
grupos dentro da própria Igreja. Durante a leitura, ficamos sabendo qual a tarefa
inicial de Guilherme – porque ele está visitando todas essas abadias. Mas essa
missão acaba sendo renegada a segundo plano na narrativa, pois várias mortes de
monges têm lugar na abadia beneditina, destino dos protagonistas, no momento em que Guilherme e Adso lá chegam. A
partir de então, a trama fica dividida entre a investigação de Guilherme sobre
as mortes no mosteiro e a disputa menoritas x papa, na qual o imperador romano se
encontrava apoiando os menoritas (que defendiam o direito de viver na pobreza).
Nessa época, a sede papal já tinha sido mudada de Roma para Avignon, na França.
Confesso que a parte que mais me prendia era a da investigação conduzida pelo
frade franciscano e seu discípulo. Em certo momento era difícil acompanhar os
vários papas e bispos e cardeais e monges e reis envolvidos nessa ou noutras
disputas anteriores e meu foco acabava se perdendo um pouco.
Os capítulos do livro são divididos de acordo com os
dias e horários de cada dia e são narrados os acontecimentos referentes àquele
intervalo de tempo. No início de cada capítulo há um resumo do que será lido no
mesmo, e nesse resumo, Adso não poupa spoilers do capítulo.
Quando o monge beneditino escreve o livro, já é um
senhor bem idoso e adoentado, mas muito carismático. Em alguns momentos se
perde em divagações que pouco têm a ver com o assunto que se propôs a tratar no
livro, exatamente como os idosos muitas vezes fazem em simples conversas.
Gostei muito tanto do velho Adso quanto do jovem.
“Quase rolei pela escada de caracol abaixo, tropecei
nas abas do meu hábito (foi aquele o único momento da minha vida, juro, que
lamentei ter entrado numa ordem monástica!)”
Para mim não foi possível escolher um personagem favorito
pois, como disse, gostei enormemente de Adso, mas Guilherme de Baskerville é um
dos meus personagens favoritos de todos os tempos – desde que vi o filme.
Sábio, humilde (porém, as vezes, um pouco orgulhoso de sua perspicácia), tem um
coração enorme e é cheio de compaixão. Considerando a época em que vivia –
medieval – e o local onde estava inserido – sendo um frade da igreja católica –
considero-o bem livre de preconceitos e com a cabeça aberta a novas descobertas
e opiniões. Questiona a si próprio, questiona os outros, questiona alguns preceitos da igreja, questiona o que lê nos
livros. Acredito que fez jus ao sobrenome que recebeu, em homenagem a um
personagem que também adoro, Sherlock Holmes – de onde, acredito eu, o frade
recebeu algumas características investigatórias.
Para resumir, se você ainda não teve a chance de ler
esse livro, recomendo que coloque na
lista de leitura! O filme também é uma ótima pedida! Nesse caso, acredito que
fez jus ao livro.
Samy =)
Assisti esse filme na época da escola e achei incrível. Mais tarde fui atrás do livro e ele, sem dúvida alguma, é uma dos meus títulos prediletos. A descrição da biblioteca está até hoje na minha cabeça.
ResponderExcluirAcho essa biblioteca uma das construções mais fantásticas da literatura! E o filme ficou perfeito. Acho que é o único filme que assumo que ficou tão bom quanto o livro!
ExcluirSem dúvida!
ExcluirSa, este foi para mim o melhor livro que li. Eu não conseguia parar de ler. entre outras coisas lembro da forma que ele descreve a biblioteca, o piso da mesma coberto de feno eu "senti o cheiro" tal a forma que ele descreve. Também todos os outros livros de romance como este que Umberto Eco lançou, naão entendi nenhum. Fiquei todo o tempo esperando iniciar a trama e não acontecia. São: A ilha do dia anterior, Baudolino, O pendulo de Foucault e O cemitério de Praga, O Pendulo... tem uma parte que se passa no Brasil, se não me engano na Bahia. Tenhos êles ainda... rs
ResponderExcluirRealmente as descrições dele são muito boas!!
ExcluirEsse foi meu primeiro livro dele, então nem posso dar palpite no resto. Mas nunca me animei neles, acho que por sua culpa! hehehehehehe