terça-feira, 8 de julho de 2014

Resenha: O Teorema Katherine – John Green


Título: Teorema Katherine
Título original: An Abundance of Katherines
Autor: John Green
Ano de lançamento: 2006
Ano de lançamento no Brasil: 2013
Editora: Intrínseca
Número de páginas: 304

Sinopse oficial:

Após seu mais recente e traumático pé na bunda - o décimo nono de sua ainda jovem vida, todos perpetrados por namoradas de nome Katherine - Colin Singleton resolve cair na estrada. Dirigindo o Rabecão de Satã, com seu caderninho de anotações no bolso e o melhor amigo no carona, o ex-criança prodígio, viciado em anagramas e PhD em levar o fora, descobre sua verdadeira missão: elaborar e comprovar o Teorema Fundamental da Previsibilidade das Katherines, que tornará possível antever, através da linguagem universal da matemática, o desfecho de qualquer relacionamento antes mesmo que as duas pessoas se conheçam. Uma descoberta que vai entrar para a história, vai vingar séculos de injusta vantagem entre Terminantes e Terminados e, enfim, elevará Colin Singleton diretamente ao distinto posto de gênio da humanidade. Também, é claro, vai ajudá-lo a reconquistar sua garota. Ou, pelo menos, é isso o que ele espera.

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Eu lembro que quando comprei esse livro – junto com Cidades de Papel – estava com expectativas altíssimas em relação ao autor. Todos falando maravilhas dele e seu A Culpa é das Estrelas. Como não sou uma grande fã desses “sick-lit” por aí, decidi não ler o livro mais famoso e comecei com Cidades de Papel. Quem leu minha resenha aqui no blog sabe que me decepcionei enormemente.

Depois da primeira decepção, as expectativas com esse Teorema Katherine estavam bem baixas, confesso. O que foi ótimo, assim as decepções são menos prováveis. Só li ele agora por causa do Desafio Literário 2014 que estou participando e pedia  Leitura de um livro de John Green. Achei ótimo por me fazer desencalhar esse livro, do contrário ficaria mofando na estante a perder de vista, graças à minha decepção com o primeiro livro.

Bom, a capa é bem interessante, sempre gostei dela. A começar pelo sobrescrito no nome do autor, que nos leva a uma nota de rodapé – tudo bem, na capa não é no rodapé, mas vocês entenderam. Essas notas de rodapé permeiam todo o livro e achei isso bem interessante! Ponto por autor.

O início achei bem agarrado e minha sensação era de que estava lendo por obrigação. Não pude evitar pensar “sabia que isso iria acontecer, ainda bem que é o último livro que tenho dele”. Detestei Colin, o personagem principal. Ele é muito mimado, enjoado, grudento ao extremo e mega carente. Além disso, só pensa nele e não para de reclamar por não ser um gênio. Não é à toa que todas as namoradas dão um pé na bunda dele! Tudo bem que mais para o meio do livro ele começa a melhorar um pouco. Acho que esse momento coincide com uma melhora na leitura. O livro começou a me prender e eu não lia mais por obrigação, comecei a me divertir de verdade. Mas convenhamos que isso acontecer lá pela metade do livro, é demais.

Desde o início, o que me mantinha firme na leitura, era o Hassan. Ele é o melhor personagem do livro, junto com a Lindsey. Divertidíssimo, tenta superar seus problemas de autoestima fazendo piadas – o que é muito melhor que o estilo reclamão do Colin – e deixa qualquer ambiente descontraído. É um amigo companheiro, ainda que um tanto preguiçoso.

Estou começando a ver um padrão nos livros do Green. Assim como no primeiro livro que li dele, o personagem principal é um saco e o melhor amigo é quem salva o livro (melhores amigos no caso de Quentin com Ben e Radar). Será um tipo de prêmio de consolação para o coadjuvante? “Você não é o principal, mas é o mais legal”?

A Lindsey também é um personagem que merece destaque. Uma garota inteligente e espirituosa que leva, na minha opinião, grande parte do mérito por Colin deixar de ser um chato total. Depois que eles se tornaram amigos, o protagonista começou a mudar um pouco de assunto e abrir mais os olhos.

Até chegar a esse ponto, eu tinha certeza que não tentaria ler outros livros do autor. Agora acredito que posso dar mais uma chance. Se você é fã de John Green, pode se jogar na leitura – é, definitivamente, melhor que Cidades de Papel. Agora, se você não curte esse tipo de livro mais adolescente vá com o pé atrás.



Samy =)

5 comentários:

  1. Você conseguiu traduzir minha opinião. Eu acho que a proposta do John Green é criar padrões, nao é possível!!! Eu achei a sinopse do livro TAO legal, eu ficava doida pra ver se Colin ia mesmo criar um teorema e por que 19 katherines???? massss... eu acho que é uma literatura muito YA pra gente.
    Mas, ao mesmo tempo, John Green tem estimulado muitas pessoas a lerem (principalmente as mais novas) então eu acho que o trabalho dele tem sido bom, até. Mas eu não gosto nadica dos livros, tive contato com a tal Culpa das Estrelas.... e ... bom, não dá.

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    1. Eu até gosto de YA, e amo infanto-juvenil! Então não acho q o problema seja a minha "idade avançada" hahahahahahahaha
      Acho q é mais questão de perfil msm. A forma dele escrever meio q não bate com o meu santo. Claro q não é ruim. Só q, definitivamente, não acho isso tudo q o pessoal fala.

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    2. E isso q vc falou dele estimular pessoas a ler é importantíssimo e acho super válido!

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  2. Li muita gente falando sobre os padrões do John Green, mas, como só li A Culpa é das Estrelas (não gostei) e não consegui terminar O Teorema Katherine, não posso falar muito. Mas sério, enrolei um mês e a pessoa que me emprestou o livro pediu de volta. E devolvi com muito prazer.
    PS: Falaram que Cidades de Papel é muito bom. Também não tenho vontade de ler.
    http://www.armadaescrita.com.br/

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    Respostas
    1. Eu resenhei Cidades de Papel aqui tbm. Fui com expectativa bem alta e vou te falar que me decepcionei legal viu? Só li esse pq já tinha comprado e participava do desafio! Tão cedo não pego outro do autor.

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