segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Resenha: O Espadachim de Carvão – Affonso Solano



Título: O Espadachim de Carvão
Título Original: O Espadachim de Carvão
Autor: Affonso Solano
Ano de lançamento: 2013
Ano de lançamento no Brasil: 2013
Editora: Fantasy – Casa da Palavra
Número de páginas: 256


 
Sinopse oficial adaptada:

Filho de um dos quatro deuses de Kurgala, Adapak vive com o pai em sua ilha sagrada, afastada e adorada pelas diferentes espécies do mundo. Lá, o jovem de pele absolutamente negra e olhos brancos cresceu com todo o conhecimento divino a seu dispor, mas consciente de que nunca poderia deixar sua morada. Ao completar dezenove anos, no entanto, isso muda. Testemunhando a ilha ser invadida por um misterioso grupo de assassinos, Adapak se vê forçado a fugir pela vida e se expor aos olhos do mundo pela primeira vez, aplicando seus conhecimentos e uma exótica técnica de combate na busca pela identidade daqueles que invadiram sua casa.

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Comprei O Espadachim de Carvão de Affonso Solano por se tratar de um livro de fantasia e ser de um escritor brasileiro – tenho tentado comprar os livros de escritores nacionais que me interessam, para incentivá-los, já que é uma profissão tão difícil de alavancar!
A sinopse me interessou bastante, assim como as poucas resenhas que consegui ler a respeito do livro – poucas, pois quando comprei o livro, ele tinha sido lançado há pouco tempo.

O início achei bem lento, pois o autor tenta inovar no elemento “fantasia” inserindo seres desconhecidos na narrativa. Por um lado, achei muito interessante fugir da regra fantástica de dragões, elfos, anões, magos, vampiros e etc. Mas, se o autor pretende inovar e inventar seres e um mundo completamente diferente do que estamos acostumados a ler, a construção das espécies e raças novas e a descrição das mesmas devem ser muito bem feitas e detalhadas. Isso não aconteceu no Espadachim de Carvão e eu fiquei completamente perdida. Acabei confundindo vários seres/personagens durante a leitura, tornando-a um pouco confusa. Já tinha lido mais ou menos 1/3 do livro até me acostumar com esse mundo novo.
A história em si demora um pouco para engrenar, mas acaba fluindo. Ela só não me cativou tanto quanto eu esperava. Achei muito interessante a ideia do filho de um dos deuses do planeta ser uma "pessoa" diferente de todas as outras espécies e não saber nada a respeito do mundo em que vive, além do que leu nos livros disponíveis na sua casa divina. O livro não segue uma ordem cronólogica, alguns capítulos seguem linearmente o presente do personagem principal, Adapak, mas outros voltam em flashbacks, contando como ele descobriu ser o filho de um deus e como foi a vida dele depois disso, até acabar sendo caçado e tendo que fugir da vida que levava até então . Essa falta de cronologia também arrastou um pouco os primeiros capítulos, até eu conseguir entender como funcionava a estória.
Depois de se acostumar com os personagens e ritmo da narrativa, é uma leitura rápida e o Adapak me cativou bastante com seu jeito ingênuo. Além disso, me surpreendi com algumas reviravoltas na história.

Ainda acho que o autor poderia ter explorado melhor um mundo criado com tanto esmero. Não sei se haverá continuações para esse livro, mas se houver, certamente comprarei, esperando que, agora que conheço as espécies de Kurgala, a leitura seja mais fluida e agradável!

Eu recomendo o livro para quem gosta muito de fantasia. Mas vá com uma boa dose de paciência e criatividade!

Samy! =)

*Texto revisado por Ligia Farnezi

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