terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Resenha: A Borboleta Tatuada – Philip Pullman



Título: A Borboleta Tatuada
Título original: The White Mercedes depois relançado como The Butterfly Tattoo
Autor: Philip Pullman
Ano de lançamento: 1992 e 1998 com o novo nome
Ano de lançamento no Brasil: 2004
Editora: Objetiva
Número de páginas: 176


Sinopse oficial:

Chris Marshall é um garoto de 17 anos, que vive em Oxford com a mãe e trabalha em uma loja de aparelhos eletrônicos durante as férias escolares. Ajudando seu chefe, Barry Miller, a produzir a iluminação de uma festa de formatura, conhece inesperadamente Jenny, uma garota linda e cheia de segredos, por quem Chris se apaixona perdidamente. Vindos de duas realidades totalmente diferentes – Jenny fugiu de casa e mora nas ruas de Oxford – os dois jovens começam uma relação turbulenta e assombrada pelo passado que Jenny reluta em revelar por completo. Numa trama brilhantemente construída os destinos de Chris, Jenny e Barry irão se cruzar de forma irreversível, criando mal-entendidos e fazendo com que um inocente caso amoroso enverede por um caminho sinistro de perigo e traição. Nesta história de amor trágica e contemporânea, Chris descobrirá que os ideais de verdade e a confiança não são tão simples como ele sempre acreditou.
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Fui apresentada a Philip Pullman, como a maioria das pessoas, com a trilogia Fronteiras do Universo­ – A Bússola de Ouro, A Faca Sutil e A Luneta Âmbar. Gostei bastante dessa trilogia e resolvi ler outros livros do autor e ver se mantinha minha boa opinião.

Chris é um garoto de classe média de Oxford que conhece e salva uma misteriosa garota – Jenny –  e se apaixona irreversivelmente no primeiro momento que a vê. A estória do livro se desenvolve em torno da relação entre Jenny, Chris e Barry, chefe de Chris durante as férias escolares. Barry é um cara, aparentemente, de boa índole, que se dá bem com todas as pessoas e super carismático. No decorrer da trama vamos sendo enrolados pelas mentiras e verdades não contadas e percebemos que nada é o que parece e que não se pode confiar em ninguém.

As primeiras palavras do livro são “Chris Marshall conheceu a garota que iria matar numa noite quente, no princípio de junho…”. Nessa, você não sabe se quer matar o autor por contar o final do livro na primeira linha, ou ler correndo para saber como isso acontece. No decorrer da narrativa percebemos que a intenção de Pullman não é nos prender pelo fim do livro e sim por como chegou lá.

Achei extremamente chato o relacionamento do Chris com a Jenny. O rapaz fica completamente obsessivo em relação à moça e seus sentimentos são muito exagerados, por uma pessoa que acabou de conhecer e sabe pouco mais do que seu nome. Chegou a se tornar uma relação doentia, ao meu ver. Quase larguei o livro, mas resisti, pois nos outros momentos, o protagonista chegava a ser bem carismático e acabei gostando do jeito inocente dele.

O livro é todo narrado em terceira pessoa, cada hora focando em um personagem – Chris, Jenny ou Barry – e acabei demorando um pouco a me acostumar, pois em alguns momentos estamos acompanhando os pensamentos e devaneios de determinado personagem e, repentinamente, o autor começa a conversar exclusivamente com o leitor e contar coisas que aquele personagem não sabe, esclarecendo os mistérios à medida que são apresentados.

São abordados temas polêmicos no livro, mas nenhum de forma aprofundada e acabei achando pouco importante o fato. Parece que foram jogados lá apenas para explicar determinadas coisas na estória. Não achei os personagens bem construídos e, apesar de ter gostado do jeito do Chris quando a Jenny não está envolvida, não apeguei verdadeiramente a nenhum deles. Só pude pensar que foi proposital, por algum motivo, já que sabemos que o autor é capaz de criar personagens muito marcantes, como aconteceu em Fronteiras do Universo.

Não achei um livro memorável, mas a estória me prendeu e foi bom como um passatempo, apesar de esperar mais do autor. Recomendo, mas tente não ir com muitas expectativas.

Samy =)

2 comentários:

  1. Que capa bonita. Eu gostei dessa ilustração. Olha, confesso que me deu a menor vontade de ler. E eu confesso que quando peguei há muuuuitos anos Bussula Dourada eu detestei. Também nao sei se foi a época. Acho que épocas influenciaram minhas leituras quando era mais nova... Enfim. A resenha é bacana. Fiquei meio querendo saber se ia pintar algo a mais com esse Barry aí...

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    1. Eu até gostei bastante de Fronteiras do Universo, apesar de não ter sido dos meus favoritos. Por isso esperava mais do autor nesse. Vou tentar de novo, tenho mais um do Pullman aqui pra ler, quem sabe ele se redime?? Hehehehehe

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