quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Resenha: É Melhor Não Saber – Chevy Stevens


Vamos ao livro lido para o Desafio Literário do Tigre para o mês de Fevereiro! O tema desse mês é Julgando pela capa - escolher o livro sem levar em consideração o autor ou o estilo e sem ler a sinopse. O escolhido pela capa foi:

Título: É Melhor não Saber
Título original: Never Knowing
Autor: Chevy Stevens
Ano de lançamento: 2011
Ano de lançamento no Brasil: 2013
Editora: Arqueiro
Número de páginas: 320


Sinopse oficial adaptada:

Sara Gallagher nunca sentiu que pertencesse de verdade à sua família de criação. Embora sua mãe seja amorosa e gentil e ela se dê bem com sua irmã Lauren, a relação com o pai e a irmã caçula, Melanie, sempre foi complicada.
Às vésperas de se casar, Sara decide que está pronta para investigar o passado e descobrir suas origens. Mas a verdade é muito mais aterrorizante do que ela poderia imaginar. Toda a sua paz acaba quando a história de suas origens é divulgada na internet e o pai que ela anteriormente queria conhecer resolve entrar em sua vida de forma avassaladora. Eufórico com a descoberta de que tem uma filha, John vê nela sua única chance de redenção. E, para criar um vínculo com Sara, ele está disposto a tudo. É melhor não saber é um complexo retrato de uma mulher tentando entender suas origens. Uma história cheia de reviravoltas, na qual ninguém é completamente bom ou mau.

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Peguei esse livro pela capa, para o Desafio do Tigre, sem saber o que viria – até temi que fosse algo no estilo Nicholas Sparks, que não gosto. Como a ideia era abrir a cabeça e não escolher algo por um estilo que a gente já gosta, não pensei muito nisso e comecei a leitura – em geral evito as sinopses pois são recheadas de spoilers, por isso faço algumas adaptadas aqui, alterando quando entregam demais o enredo.

O livro é todo narrado em primeira pessoa pela protagonista Sara, mas tem o diferencial de ser narrado em forma de sessões de terapia, ou seja, são conversas da Sara com sua psiquiatra – mas lemos somente as falas da protagonista. Conseguimos saber algumas das coisas que a psiquiatra, Nadine, pensa ou fala pelas observações da personagem principal.

No fim das contas o livro era um thriller psicológico bem tenso, super bem escrito e com uma linguagem bem acessível. A leitura fluiu muito rápido, principalmente porque eu não conseguia largar o livro. Para mim, foi um suspense digno de Harlan Coben – que é um dos meus autores favoritos do gênero.

Gostei bastante dos personagens, apesar de não me apegar a nenhum em especial. A personagem mais complexa é a protagonista, com seus problemas psicológicos e traumas. Confesso que às vezes ela me cansava com o jeito depressivo, por sempre se achar culpada por tudo e por ser uma pessoa tão inconstante. Em um momento morre de raiva de uma pessoa, para no momento seguinte se acalmar e ficar com remorso e culpa por ter feito ou falado determinada coisa. Isso acontece principalmente em sua relação com Evan.

O enredo trata de um assunto bem delicado, que é a adoção. Não a adoção bem sucedida na qual a pessoa sabe ter sido adotada mas lida bem com isso e se sente totalmente parte da família. Essa estória mostra o outro lado, de uma adoção na qual a pessoa se sente diferente do resto dos irmãos e é tratada de forma diferente. Mostra quando a pessoa adotada se torna obsessiva por encontrar os pais biológicos, por não se sentir tão querida pelos pais adotivos. Sara se sente rejeitada – principalmente pelo pai – e cresce com um complexo de que ninguém gosta dela o suficiente.

Pela primeira vez vi uma pessoa – ainda que um personagem – que realmente gostasse do livro A Arte da Guerra. O policial Billy é obcecado por esse livro e são frequentes as citações e referências que ele faz. Não pude evitar pensar se a autora também é fã da obra de Sun Tzu.

Se você gosta de um livro tenso, deve ler É Melhor não Saber! Li algumas resenhas falando que o primeiro livro da Chevy Stevens é melhor e que nesse ela foi um pouco repetitiva. Como foi o meu primeiro da autora, não pude fazer essa comparação e não me decepcionei. Recomendo a leitura!



Samy =)

4 comentários:

  1. Tá aí um livro que eu nunca pegaria pra ler, mas que fiquei instigada pela resenha. Vou adicionar a minha interminável lista. Obs: Li "A arte da Guerra" há alguns anos e achei super interessante! rs

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    1. Sério Bia?? Eu nunca animei pegar A Arte da Guerra, mas todos que conheceram que leram (ou começaram a ler) falaram que é muito massante! Gosto é algo muito pessoal mesmo!
      Eu gostei bastante do livro! Mas esse gênero é dos meus favoritos, então não é preciso muito para me agradar! hehehehe
      Espero que você goste tbm! ;)

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  2. Esse foi um dos livros que pedi no Amigo Oculto do ano passado. Aquele que você me enganou duas vezes. Lembra?! rsrsrs... Então posso dizer que eu te apresentei a capa. hehehehe
    Tá vendo, tenho bom gosto, lógico que não ia pedir um Nicholas Sparks. Agora deu ainda mais vontade de ler.

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    1. Ow, pior que eu escolhi ele sem saber que era esse, lembra?? Eu vi a capa e falei "olha, essa é bonita, acho q vou ficar com esse", aí vc olhou e falou q era um dos q vc tinha pedido de amigo oculto! hehehehehe
      Vc até riu da coincidência! E leia! É bem legal!

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