Mostrando postagens com marcador policial. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador policial. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 23 de agosto de 2016

Resenha: Não Brinque com Fogo – John Verdon

Título: Não Brinque com Fogo
Título original: Let the Devil Sleep
Autor: John Verdon
Ano de lançamento: 2012
Ano de lançamento no Brasil: 2013
Editora: Arqueiro
Número de páginas: 400

Sinopse:

No ano 2000, um criminoso que ficou conhecido como Bom Pastor matou seis pessoas em estradas, dentro de seus carros em movimento. Na época, ele enviou um manifesto à polícia no qual deixava claras suas motivações: uma cruzada solitária contra a ganância. Após o sexto assassinato, no entanto, encerrou a matança e nunca foi descoberto. Dez anos depois, uma jovem estudante de jornalismo está fazendo um documentário sobre os familiares das vítimas quando coisas estranhas começam a acontecer em sua casa. Objetos são trocados de lugar, maçanetas são afrouxadas, luzes se apagam sozinhas. Assustada, ela contrata Dave Gurney como consultor. Depois de ler o material sobre o caso – incluindo o perfil psicológico do assassino elaborado pelo FBI –, o detetive coloca em dúvida toda a lógica da investigação. Ao confrontar os agentes responsáveis, porém, Dave percebe que está mexendo em um ninho de vespas, o que fica evidente quando até pessoas que o apoiaram no passado se voltam contra ele. Agora seu único aliado é o antigo parceiro Jack Hardwick, um policial grosseirão e debochado que não esconde seu desprezo pelas autoridades. Com sua ajuda, Dave tem acesso aos relatórios confidenciais do caso e começa a própria investigação. Mais uma vez, ele se colocará em risco enquanto tenta provar seu ponto de vista e capturar o criminoso. Além de reunir todas as qualidades da série Dave Gurney – personagens bem construídos e uma admirável engenhosidade narrativa –, “Não Brinque Com Fogo” vai além: é um lembrete do poder da fé em si mesmo num mundo onde isso é cada vez mais raro.

  ___________________________|||_________________________

Romance policial está entre meus gêneros literários favoritos. Apesar disso, eu nunca tinha lido nada de um dos mais famosos escritores do gênero, John Verdon. A Celly do Me Livrando me recomendou um livro dele – que nem lembro mais qual foi – e como encontrei Não Brinque com Fogo em uma promoção, foi ele mesmo o escolhido para eu estrear o autor!

Como sempre eu tento ler romances policiais sem ler a sinopse porque a maioria contém spoilers e mesmo as revelações mais inocentes podem estragar alguma surpresa.




segunda-feira, 25 de julho de 2016

Resenha: Gataca – Franck Thilliez

Título: GatacaTítulo original: Gataca
Autor: Franck Thilliez
Ano de lançamento: 2011
Ano de lançamento no Brasil: 2013
Editora: Intrínseca
Número de páginas: 432


Sinopse skoob:

O cadáver de uma jovem cientista descoberto na jaula de um centro de estudos de primatas, provavelmente espancado por um chimpanzé. Os restos mortais de uma família de neandertais, assassinada por um primitivo homem de Cro-Magnon, achados no topo de uma montanha nos Alpes. O assassino de crianças Gregory Carnot encontrado morto em sua cela, na cadeia. Um ginecologista especializado em genética selvagemente assassinado dentro de casa. Que elo invisível une esses crimes atrozes, cometidos com trinta mil anos de diferença? Os policiais Lucie Henebelle e Franck Sharko se lançam numa investigação em conjunto. Destroçados pelas terríveis experiências que compartilharam, devorados e estimulados pelo ódio, Lucie e Sharko seguem a trilha da Evolução das espécies, num suspense arrebatador que os conduzirá às origens do Mal.

  ___________________________|||__________________________

Eu tive o enorme prazer de ler um livro do Franck Thilliez ano passado, Síndrome E. Acabou entrando para os favoritos dentre os policiais e fiquei querendo colocar as mãos em tudo que o autor já escreveu.

Obviamente já declarei meu ódio pelas editoras que não publicam os livros na ordem correta de lançamento né? SÉRIO! Custa lançar na ordem cronológica dos acontecimentos do livro??? Não custa!!




Thilliez  publicou Deuils de Miel tendo como protagonista o detetive Franck Sharko. Depois desse ele publicou um outro, La Mémoire Fantôme, com Lucie Henebelle como protagonista. Depois vieram Síndrome E e Gataca, tendo ambos os protagonistas dos outros livros como investigadores. A parte de Sharko no primeiro livro que não foi lançado aqui é muito importante para entendermos sua história, seu histórico, a esquizofrenia e tudo mais.

Os dois livros fazem parte de uma “duologia” tendo como tema central a violência. Ambos os livros têm um fim totalmente independente um do outro, mas é legal ler na ordem por causa da história de vida dos investigadores. Gataca começa exatamente onde A Síndrome E parou, embora as tramas centrais do crime e a investigação sejam totalmente separados.




Lucie e Sharko estão separados depois da ocorrência no fim de A Síndrome. Sharko está levando a vida como pode, embora esteja totalmente apático, simplesmente sobrevivendo. Ele pediu para ser transferido de cargo e voltou para as ruas. Foi um grande retrocesso no que diz respeito à hierarquia, mas ele sente que é o que precisa no momento. O comissário Franck Sharko quer voltar à imundície das ruas, onde começou. Com sua experiência, ele segue colocando criminosos na cadeia de maneira quase automática. Ao mesmo tempo tenta ficar sabendo de todos os passos que envolvem o caso de Lucie Henebelle. Ele sabe que não vai voltar a ve-la, que ela o odeia, mas não consegue deixar de acompanha-la de longe.



Aí surge um caso bem estranho. Uma pesquisadora aparece morta na jaula de um chimpanzé. Foi o animal que cometeu o crime? Por que? Com muitas perguntas sem resposta, Sharko mergulha como um louco no crime que tem em mãos. Precisando entender um mínimo de evolução, genômica, seleção natural, Sharko corre contra o tempo para entender o que está acontecendo e como tantos fatores aparentemente sem relação, se conectam.

Assim como aconteceu em A Síndrome E, Gataca vai nos aparecendo em camadas. Um elo vai se ligando a outro, uma camada sai e por baixo vemos que tudo é muito mais denso e muito mais complexo do que aparentava de início. A princípio ficamos com a impressão que o autor vai ficar perdido no meio de tantas tramas, tantos fios, tantas reviravoltas e conexões. Mas isso não acontece. Ele não se perde, ele sabe exatamente onde está pisando durante toda a narrativa e tudo se abre para nós de forma espetacular!




A escrita de Thilliez é deliciosa e isso só se comprovou aqui em Gataca. Eu não conseguia largar o livro até chegar ao fim. Definitivamente o autor se consagrou como um dos meus favoritos no gênero policial! Se você gosta dessa categoria de leitura, não perca mais tempo!!

Samy =)

segunda-feira, 6 de junho de 2016

Resenha: Meu Primeiro Assassinato – Leena Lehtolainen

Título: Meu Primeiro Assassinato
Título original: Ensimmäinen murhani
Autora: Leena Lehtolainen
Ano de lançamento: 1993
Ano de lançamento no Brasil: 2013
Editora: Vertigo/Vestígio
Número de páginas: 224


Sinopse skoob:

Depois de alguns anos na polícia federal, onde a rotina de autuações e interrogatórios de pequenos delinquentes a entedia, Maria Kallio retoma seus estudos na faculdade de Direito. Mas sente falta da ação e acaba aceitando substituir um colega no departamento policial de Helsinque. Assim começa sua primeira investigação criminal: um jovem, que passava um fim de semana na casa de seus pais em companhia de sete outros membros de um coral, é encontrado morto, afogado. O culpado só pode ser alguém do grupo. Mas quem? Maria interroga um a um. Sua tarefa é árdua: ela conheceu a vítima e alguns dos suspeitos quando era estudante. E tem a mesma idade deles, o que não a torna muito convincente como inspetora neste caso. Além disso, todos tinham boas razões para detestar a vítima: um jovem rico, talentoso, bem-sucedido e conquistador.

 
___________________________|||_________________________

Esse Desafio Volta ao Mundo em 80 Livros é bem legal porque te faz abrir a cabeça e conhecer livros e autores que você não conheceria caso não estivesse procurando países diferentes – eu pelo menos não conheceria, já que as vezes sou meio acomodada.

Foi com muita animação que peguei para ler Meu Primeiro Assassinato, da autora finlandesa Leena Lehtolainen. O primeiro livro dela foi escrito e publicado quando tinha apenas 12 anos de idade, mas esse não foi traduzido para o português. O primeiro da autora que chegou por aqui foi esse que trouxe para vocês hoje, sendo o primeiro de vários com a personagem Maria Kallio. Uma segunda obra da autora já foi publicada em português, Mulher de Neve, tendo a mesma policial como protagonista.




quarta-feira, 1 de junho de 2016

Resenha: A Garota na Teia de Aranha – David Lagercrantz

Título: A Garota na Teia de Aranha
Título original: Det som inte dödar oss
Autor: David Lagercrantz
Ano de lançamento: 2015
Ano de lançamento no Brasil: 2015
Editora: Companhia das Letras
Número de páginas: 472

Sinopse skoob (pode conter spoilers, leia por própria conta e risco!):

Lisbeth Salander e Mikael Blomkvist estão de volta na aguardada e eletrizante continuação da série Millennium. Neste thriller explosivo, a genial hacker Lisbeth Salander e o jornalista Mikael Blomkvist precisam juntar forças para enfrentar uma nova e terrível ameaça. É tarde da noite e Blomkvist recebe o telefonema de uma fonte confiável, dizendo que tem informações vitais aos Estados Unidos. A fonte está em contato com uma jovem e brilhante hacker - uma hacker parecida com alguém que Blomkvist conhece. As implicações são assombrosas. Blomkvist, que precisa desesperadamente de um furo para a revista Millennium, pede ajuda a Lisbeth. Ela, como sempre, tem objetivos próprios. Em A garota na teia de aranha, a dupla que já arrebatou mais de 80 milhões de leitores em Os homens que não amavam as mulheres, A menina que brincava com fogo e A rainha do castelo de ar se encontra de novo neste thriller extraordinário e imensamente atual. David Lagercrantz nasceu na Suécia, em 1962. Jornalista, romancista e biógrafo premiado, Lagercrantz foi escolhido para continuar as aventuras de Lisbeth Salander e Mikael Blomkvist.

  __________________________|||_________________________

Quando surgiu a notícia que um outro autor sueco daria sequencia à série Millennium iniciada por Stieg Larsson eu fiquei muito ressabiada.

Eu sempre fico com o pé atrás quando autores escrevem usando personagens que não são seus – principalmente se o autor original foi considerado genial, como é o caso aqui. Por esse motivo, eu não criei nenhuma expectativa sobre esse Millennium #4. Se viesse coisa boa, seria lucro, mas se o novo autor estragasse totalmente o livro, eu já não estaria esperando nada mesmo, não seria uma grande decepção...

sábado, 26 de março de 2016

Resenha: Seis Anos Depois – Harlan Coben

Título: Seis Anos Depois
Título original: Six Years
Autor: Harlan Coben
Ano de lançamento: 2013
Ano de lançamento no Brasil: 2014Editora: Arqueiro
Número de páginas: 267

Skoob

Sinopse skoob (contém spoilers, leia por própria conta e risco):

Jake Fisher e Natalie Avery se conheceram no verão. Eles estavam em retiros diferentes, porém próximos um do outro. O dele era para escritores; o dela, para artistas. Eles se apaixonaram e, juntos, viveram os melhores meses de suas vidas. E foi por isso que Jake não entendeu quando Natalie decidiu romper com ele e se casar com Todd, um ex-namorado. No dia do casamento, ela pediu a Jake que os deixasse em paz e nunca mais voltasse a procurá-la.
Jake tentou esconder seu coração partido dedicando-se integralmente à carreira de professor universitário e assim manteve sua promessa... durante seis anos.
Ao ver o obituário de Todd, Jake não resiste e resolve se reaproximar de Natalie. No enterro, em vez de sua amada, encontra uma viúva diferente e logo descobre que o casamento de Natalie e Todd não passou de uma farsa.
Agora ele está decidido a ir atrás dela, esteja onde estiver, mas não imagina os perigos que envolvem procurar uma pessoa que não quer ser encontrada.
Em Seis Anos Depois Harlan Coben usa todo o seu talento para criar uma trama sensacional sobre um amor perdido e os segredos que ele esconde.

___________________________|||_________________________

Não é segredo para ninguém que adoro o Harlan Coben. Acho sua escrita muito gostosa e os livros bem instigantes. Já li vários deles e os meus favoritos são os da série Myron Bolitar. Quando vi o lançamento desse Seis Anos Depois fiquei bem curiosa. Comprei e enrolei para ler. O problema é que depois de comprar li dois livros do autor que não foram tão bons como de costume, então acabei desanimando um pouco o que levou à enrolação.

Mas veio o desafio Obverso Books e a necessidade de ler um romance policial, então aproveitei a deixa. Eu sempre leio policiais muito rapidamente. Como estou muito fraca nas leituras esse ano, foi ótimo poder dar um gás e agilizar um pouco.

 E afinal... foi bom ou não?



segunda-feira, 14 de março de 2016

Resenha: Sangue na Neve - Lisa Gardner

Título: Sangue na Neve
Título original: Love you more
Autora: Lisa Gardner
Ano de lançamento: 2012
Ano de lançamento no Brasil: 2013
Editora: Novo Conceito
Número de páginas: 416


Skoob

Sinopse skoob:

A policial Tessa Leoni matou seu marido, Brian Darby, em legítima defesa. A arma do crime está à vista de todos e os hematomas no corpo de Tessa confirmam a ocorrência. A policial também não fez questão de fugir, ou de arrumar qualquer justificativa para explicar aquele corpo estendido no chão da cozinha, portanto, aparentemente, o que a investigadora D.D. Warren tem à sua frente é o desfecho de uma briga doméstica. Um caso simples.
No entanto, ao abrir o inquérito, D. D. terá uma surpresa: este não é o primeiro homicídio de Tessa Leoni e – afinal – onde está a filhinha de seis anos da policial? Será que a policial Leoni realmente atirou em seu marido para matá-lo? Uma mãe seria capaz de prejudicar intencionalmente sua filha?
D. D. Warren, a experiente detetive que acredita que desvendar um caso é como mergulhar na vida do criminoso, enfrentará mais uma investigação que a levará a uma busca frenética por uma criança desaparecida enquanto tenta encaixar as peças de um mistério familiar que a levará a quebrar os muros do corporativismo policial.

 ___________________________|||_________________________

Quem você ama? Essa é um pergunta importante e relevante. Quem você ama...

A resposta pode fazer diferença na sua vida. E na vida dos outros...

Quando Tessa Leoni se depara com essa questão, ela sabe muito bem o que tem a perder. Mesmo assim, uma escolha deve ser feita.

Eu já tinha ouvido falar muito da autora Lisa Gardner, mas mesmo sendo uma amante de policiais não tinha me dado ao trabalho de comprar um livro seu ainda. Sangue na Neve estava na lista há tempos e decidi parar de enrolar. Queria saber porque essa autora é tão falada no meio literário policial. Posso dizer que descobri...




sábado, 28 de novembro de 2015

Resenha: A Morte e os Seis Mosqueteiros – Anatole Jelihovschi


Título: A Morte e os Seis Mosqueteiros
Autor: Anatole Jelihovschi
Ano de lançamento: 2015
Editora: Jaguatirica
Número de páginas: 140


Sinopse skoob:

Em seu novo romance policial, Anatole Jelihovschi mergulha fundo no cotidiano das infâncias perdidas, dos relacionamentos partidos, das oportunidades que tantos ainda acreditam distantes demais da realidade.
A morte e os seis mosqueteiros é a história de seis garotos muito amigos de uma favela. Quando crianças, tudo era uma grande brincadeira. Os meninos gostavam de se imaginar nos mundos de capa e espada, ou na peça ‘O fantasma da ópera’, mas na verdade moravam em uma favela violenta, com bandidos e policiais trocando tiros e matando gente. Ainda quando a infância sequer os havia deixado, a violência e o tráfico na comunidade em que viviam, de uma forma ou de outra, acabariam por envolvê- los em uma teia de morte, assassinando seus sentimentos, valores e, principalmente, sua amizade.

 ______________________­_____|||_________________________

O livro A Morte e os Seis Mosqueteiros chegou a mim por meio do book tour organizado pela produtora de conteúdo online da editora Jaguatirica. A sinopse me interessou bastante pois parecia se tratar de um livro que retrataria uma realidade à qual estamos muito “acostumados” no Brasil. A favela e seus moradores.




Primeiro gostaria de esclarecer um ponto que pode gerar controvérsia para quem lê a sinopse e depois lê o livro. Quando lemos “o novo romance policial” podemos ter uma ideia errada do que nos será apresentado no livro, embora não seja uma declaração equivocada.

Só que o que nos é narrado na obra difere bastante do comum que vemos em romances policiais. Aí você pergunta: o que você quer dizer com comum? O mais comum é vermos tudo narrado pelo lado do investigador, pela polícia, por delegados, mais raramente por um assassino. E, em geral, acontece um crime específico que nos é desvendado no decorrer da trama. Pelo menos é com isso que estou acostumada nos romances policiais.

E não é, absolutamente, o que acontece aqui.

Em A Morte e os Seis Mosqueteiros o autor retrata os horrores da vida na favela de forma bem contundente. Como eu nunca morei em uma e nunca participei daquela bizarrice que virou moda que é o tour em favelas, eu não sei como é exatamente a vida nesses locais, além de notícias que leio ou reportagens de jornal – que têm sido cada vez mais tendenciosas. Mas lendo a obra de Jelihovschi dá para acreditar que o que Zequinha conta na sua “autobiografia” poderia acontecer com qualquer garoto que calha morar nas favelas.

Zequinha conta a vida de trabalho duro que leva, os confrontos entre polícia e bandido e mostra que as outras pessoas, trabalhadoras honestas e dedicadas, tentam não se envolver e não ver nada do que acontece, para não virarem "testemunhas" e acabar dançando de graça.

É uma obra muito interessante para ajudar a tirar a ideia errada e o preconceito de quem acha que todo morador de favela é bandido, ou que está lá por falta de força de vontade ou porque não quis estudar para ser alguém na vida. A falácia da meritocracia não tem lugar aqui. Nós vemos pessoas que lutam para sair de uma condição de miséria mas que, muitas vezes, não conseguem fazer isso.

Com a narração em primeira pessoa conseguimos nos sentir na pele de José Antônio – o Zé Pequeno, ou Zequinha – seja quando conta da sua infância com os outros cinco amigos, os seis mosqueteiros do título, seja quando conta o desenrolar de sua história e de como a morte está presente de forma tão aterradora e constante nos morros.

Você tem medo dos bandidos da favela? Os moradores de lá que são homens pobres, mas trabalhadores também têm. A qualquer momento, qualquer um deles pode ser acusado de dedo-duro, o famoso X9, e pronto. Adeus. Sem chance de se defender, sem chance de escapar.

A polícia também não ajuda muito quando chega batendo em todo mundo, sem discriminação entre bandido ou não, e trocando tiros com traficantes e ladrões, fazendo com que pessoas inocentes paguem pelo erro de outros.

Apesar de ser um livro com tema muito denso não foi uma leitura penosa, pelo contrário. Além de ter um vocabulário e estilo de escrita bem simples, Zequinha narra muitos dos acontecimentos de forma natural e insere algumas críticas em meio a essa narrativa. Mesmo sendo um jovem que largou a escola cedo e não é “culto”, podemos ver que a vida na favela o fez amadurecer e perceber como as diferenças sociais podem interferir na vida de um jovem ou de uma criança.

A narrativa linear, sem flashbacks, nos deixa inseguros quanto ao rumo dos acontecimentos, já que nesse local onde os seis mosqueteiros vivem, tudo pode acontecer.

O que aconteceu com os outros cinco mosqueteiros? Zequinha vai sucumbir à bandidagem ou seguirá um propósito mais firme na vida? Essas e outras perguntas me mantiveram grudada na leitura. Com direito a uma bela e surpreendete reviravolta no final, Anatole Jelihovschi fechou muito bem seu livro e me deixou curiosa para ler outras obras suas no futuro!




Lembrando que o livro será sorteado ao final do book tour e para participar basta preencher o formulário abaixo!
 

Samy =)

sexta-feira, 24 de julho de 2015

Resenha: Boneco de Neve – Jo Nesbø


Título: Boneco de Neve
Título original: Snømannen
Autor: Jo Nesbø
Ano de lançamento: 2007
Ano de lançamento no Brasil: 2013
Editora: Record
Número de páginas: 420


Sinopse skoob:

Considerado seu livro mais ambicioso pelo jornal inglês The Guardian e comparado a Silêncio dos Inocentes, de Thomas Harris, pelo The Times, Boneco de neve é o seu livro mais arrepiante.

No dia da primeira neve do ano, na fria cidade de Oslo, o inspetor Harry Hole se depara com um psicopata cruel, que cria suas próprias regras. O terror se espalha pela cidade, pois um boneco de neve no jardim pode ser um aviso de que haverá uma próxima vítima. No caso mais desafiador da sua carreira, Hole se envolve em uma trama complexa e mortal, com final surpreendente.

 ______________________­_____|||_________________________

Desde que vi a capa desse livro e li a sinopse fiquei bem curiosa! Romance policial é um dos meus gêneros favoritos, então minhas expectativas eram bem altas com o livro. Nunca havia lido nada do autor, mas muitas coisas que tenho lido dos nórdicos está me agradando muito, então esse foi mais um ponto que me fez acreditar que seria uma boa leitura.

Como acontece quase sempre em livros policiais, essa obra é parte de uma série que acompanha o investigador Harry Hole, da Divisão de Homicídios de Oslo. Como de praxe, ler os livros fora da ordem de lançamento não prejudica o entendimento da estória em si, mas vários fatos da vida pessoal de Hole são perdidos e ficamos por fora de algumas coisas. Esse foi o sétimo volume envolvendo o investigador. Aqui no Brasil os livros começaram a ler lançados a partir do 3o e, mais uma vez, eu não consigo entender o motivo de as editoras fazerem isso. Já existem 10 livros lançados lá fora e aqui no Brasil o 8o foi o último a ser lançado – lembrando que não temos o 1 e 2. Um ponto a favor da editora são as capas, maravilhosas!



sexta-feira, 17 de julho de 2015

Resenha: O Punhal de Marfim – Patricia Wentworth


Título: O Punhal de Marfim
Título original: The Ivory Dagger
Autora: Patricia Wentworth
Ano de lançamento: 1953
Ano de lançamento no Brasil: 1982
Editora: Círculo do Livro
Número de páginas: 279


Sinopse:

Toda a sensibilidade, docilidade e o bom-senso da Miss Maud Silver, a querida velhinha que tempera investigação com máximas morais e habilidade nos pontos e laçadas do tricô, estão presentes neste O Punhal de Marfim. Com a maestria já consagrada por crítica e público, Patricia Wentworth cria uma deliciosa teia onde o mistério reúne uma dezena de personagens vivendo dilemas familiares e estórias de amor.

___________________­_____|||______________________

Esse foi o penúltimo livro que li para o Desafio Literário do ano passado. Devíamos Ler um livro com a capa feia e eu acabei escolhendo esse que estava na minha lista de leitura já há um tempo e eu sempre achei a capa horrorosa, sem um pingo de atrativos. E, como vocês podem ver, enrolei a vida para postar.

O livro demora bastante a engrenar e o começo é bem morno. Eu já havia começado a lê-lo uma vez e acabei parando. Dessa vez eu aproveitei uma viagem de avião, porque aí não teria para onde fugir, e li o bendito.

terça-feira, 21 de abril de 2015

Resenha: A Síndrome E – Franck Thilliez


Título: A Síndrome E
Título Original: Le Syndrome E
Autor: Franck Thilliez
Ano de lançamento: 2010
Ano de lançamento no Brasil: 2013
Editora: Intrínseca
Número de páginas: 368


Sinopse skoob (cheia de spoilers, leia por própria conta e risco):

Um estranho caso vem atrapalhar as férias de verão de Lucie Hennebelle, tenente de polícia em Lille. Seu ex-namorado ficou cego depois de assistir a um filme mudo, anônimo, com um roteiro enigmático, concebido por uma mente doentia. Simultaneamente, o comissário Franck Sharko, veterano da Divisão de Homicídios e analista comportamental na Divisão de Repressão à Violência, passa por um tratamento na tentativa de curar a esquizofrenia.
No norte da França, cinco cadáveres não identificados foram encontrados sepultados a dois metros de profundidade mutilados de maneira atroz e em estado de decomposição avançada e Sharko cede ao chamado da aventura. Enquanto Lucie descobre os horrores escondidos no estranho filme, um misterioso informante do Canadá aponta-lhe o elo entre aquele rolo e os cinco cadáveres.
Um único e mesmo caso, graças ao qual Lucie e Sharko, tão diferentes e ao mesmo tempo tão próximos em sua concepção do ofício, irão se encontrar. Das favelas do Cairo aos orfanatos do Canadá nos anos 1950, os dois colegas irão se deparar com um mal desconhecido, batizado como “síndrome E”. Uma realidade assustadora que revela como o ser humano pode ser capaz das maiores atrocidades.
 ___________________­_____|||______________________

Achei esse livro por acaso quando estava fazendo uma compra na Amazon. Como sou louca por romance policial, não perdi tempo e adicionei logo ao carrinho! Só quando já estava lendo foi que descobri que esse livro faz parte de uma série com o policial Franck Sharko e que A Síndrome E foi o terceiro livro dessa série publicado na França.

Procurei mais a respeito e vi que os dois primeiros livros não foram lançados no Brasil ainda, tendo sido A Síndrome E o primeiro por aqui. Intrínseca, por favor, por que isso?? Custa publicar os livros na ordem em que foram lançados lá fora? Tudo bem que todos tem uma estória fechada, mas aconteceram coisas na vida de Sharko nos primeiros livros e ficamos boiando nesse terceiro. A parte policial é realmente iniciada e concluída, mas e o resto? Já que o autor incluiu a vida pessoal do policial na estória, eu gostaria de ter entendido o início.

sábado, 28 de março de 2015

Resenha: O Inocente – Harlan Coben


Título: O Inocente
Título original: The Innocent
Autor: Harlan Coben
Ano de lançamento: 2005
Ano de lançamento no Brasil: 2013
Editora: Arqueiro
Número de páginas: 336


Sinopse:

Aos 20 anos, Matt Hunter vive uma noite de horror que ficará para sempre gravada em sua memória. Durante uma festa, ao tentar apartar uma briga, ele mata uma pessoa acidentalmente e é considerado culpado pelo júri. Agora, nove anos depois de ser libertado da prisão, tudo parece ter entrado nos eixos: Olivia, sua esposa, está grávida e os dois estão prestes a comprar uma casa na cidade natal dele. Mas a ilusão acaba quando Matt recebe um vídeo chocante e inexplicável que começa a despedaçar sua vida pela segunda vez. Para piorar, ele começa a ser seguido por um homem misterioso. Em pouco tempo, o perseguidor é encontrado morto e uma freira querida por todos também é assassinada. Quando as pistas apontam para Matt, ele e Olivia são forçados a desafiar a lei em uma tentativa desesperada de salvar seu futuro juntos. O inocente é um thriller vertiginoso, carregado de emoções. Além disso, é um relato contundente sobre as escolhas que às vezes somos obrigados a fazer e as dramáticas repercussões que teimam em não nos abandonar.

___________________­_____|||______________________

Li uma resenha desse livro no skoob e lá o rapaz comenta que sempre que lê as sinopses do tio Coben ele tem a impressão de que são o mesmo livro. Parei para pensar sobre isso e realmente não posso tirar a razão dele. Muitos dos livros do autor parecem ter a mesma premissa com um desaparecimento, um crime, uma reviravolta e o desfecho. Mas quem se deixa levar por isso, perde uma grande chance de ler livros excelentes e muito bem escritos! Tudo bem que eles podem ter a mesma fórmula, mas o resultado de nenhum deles me decepcionou até hoje.

Já li quase 10 livros do autor – pois é, nenhum resenhado no blog ainda pois todas foram leituras que antecederam a criação do mesmo e acho muito difícil resenhar os livros desse autor muito tempo depois de lê-los – e em todos eles fiquei muito satisfeita com o desenrolar dos fatos, com os personagens e com as reviravoltas. Adoro os livros do Myron Bolitar e ele acabou virando um personagem queridinho!

Com esse O Inocente não foi diferente. Os personagens não são mocinhos perfeitos que merecem viver um final feliz de contos de fadas. Eles são pessoas comuns, com milhares de defeitos como todos nós, mas nem por isso não merecemos nosso quinhão de felicidade, não é mesmo?

Quando Matt se vê feliz com a mulher que ama e prestes a ter um bebê ele não consegue acreditar que isso durará muito tempo, pois os fantasmas que carrega se incumbem em mostrar que ele não tem o direito de ser feliz e que essa felicidade acabará mais cedo ou mais tarde.

O livro é narrado em terceira pessoa pelo ponto de vista de diversos personagens. Mais uma vez vemos aquela fórmula de algumas estórias não relacionadas, mas que no fim das contas se cruzam em algum ponto da trama. Os personagens principais e secundários foram muito bem estruturados e com personalidades bem formadas. Matt Hunter é o personagem que acompanhamos mais de perto e, talvez por isso, nos apegamos bastante a ele. Apesar de meio desconfiado de tudo, é bem carismático, o que ajuda nessa aproximação com o leitor.

Como sempre, a narrativa do autor é eletrizante e nos deixa com o coração disparado em diversos momentos. Apesar disso, dessa vez eu não gostei tanto do desfecho dado por Coben. Achei um pouco forçado demais e não me convenceu. O que foi uma pena, pois todo o desenrolar da trama foi muito bom e me prendeu firmemente ao livro. Mas não desanimem! Ainda assim, vale a pena, para quem curte um bom policial, e eu recomendo!

Li o livro para o Desafio Literário do Tigre na categoria, Livro com a capa feia. Aliás, os livros do Harlan Coben não são modelo de livros com capa bonita, para mim. Algumas são passáveis, mas algumas são muito feias, como essa de O Inocente.



Samy =)

quinta-feira, 26 de março de 2015

Resenha: Horas Noturnas – Bianca Carvalho


Título: Horas Noturnas
Autora: Bianca Carvalho
Ano de lançamento: 2014
Editora: EraEclipse
Número de páginas: 200


Sinopse:

Inglaterra, 1863
Uma bela e delicada mulher com inteligência aguçada para investigação...
Um charmoso caçador de assassinos tornando-se lenda por eliminá-los com requintes de crueldade...
Um assassino que deixa charadas, com sede de sangue e um gosto peculiar por Edgar Allan Poe...

Três almas unidas com diferentes propósitos. Apenas uma chance de sobreviver...

___________________­_____|||______________________

Há uns dias vi sobre esse livro em um blog e achei a capa linda, com uma sinopse que despertou a minha curiosidade. Fiquei surpresa ao receber um email da editora EraEclipse com a informação de que o livro estava disponível na íntegra no Wattpad. Era a minha chance de descobrir se minhas expectativas seriam atendidas.

No início o livro me lembrou bastante Sherlock Holmes. Primeiro o nome do detetive, Lestrange, me lembrou o inspetor Lestrade da Scotland Yard, que vez ou outra pede ajuda ao nosso querido detetive. Outra coisa que lembrou as obras de Conan Doyle é o fato de o investigador ser um detetive particular e não um policial propriamente dito – embora na obra de Bianca Carvalho, Lestrange seja um ex-policial.

O livro é uma mescla de romance policial, romance de época e suspense. Um tanto inusitado não? Foi justamente isso que me fez crer que seria um ótimo livro!

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Resenha: O Menino da Mala – Lene Kaaberbøl e Agnete Friis


Título: O Menino da Mala
Título original: The Boy in the Suitcase
Autoras: Lene Kaaberbøl e Agnete Friis
Ano de lançamento: 2011
Ano de lançamento no Brasil: 2013
Editora: Arqueiro
Número de páginas: 256


Sinopse:

“Você adora salvar as pessoas, não é? Bem, aqui está a sua chance.” Mesmo sem entender o que sua amiga Karin quer dizer com isso, Nina atende seu pedido e vai até a estação ferroviária de Copenhague buscar uma mala no guarda-volumes. Dentro, encontra um menino de 3 anos nu e dopado, mas vivo.
Chocada, Nina mal tem tempo de pensar no que fazer, pois um brutamontes furioso aparece atrás do garoto. Será que ela está diante de um caso de tráfico de crianças? Sem saber se deve confiar na polícia, ela foge com o menino e vai à procura de Karin, a única que pode esclarecer aquele absurdo. Quando descobre que a amiga foi brutalmente assassinada, Nina se dá conta de que sua vida está ameaçada e que o garoto também precisa ser salvo. Mas, para isso, é necessário descobrir quem ele é, de onde veio e por que está sendo caçado.

___________________­_____|||______________________

Esse livro eu comprei totalmente por impulso em uma promoção. Não sabia nada sobre ele, além da capa e parte da sinopse. Pois é, parte da sinopse porque nunca leio a sinopse inteira em livros policiais e nunca me arrependo, já que sempre tem spoilers. Sério, quando eles vão começar a fazer sinopses sem spoilers?! Enfim. Como eu disse, a primeira coisa que me chamou a atenção nesse livro foi a capa maravilhosa! Sou encantada por ela. Por dentro o livro não tem nada demais na diagramação, mas também não encontrei erros de revisão e tem as queridas folhas amareladas. Bom ponto para a Arqueiro. 

Aliás, já que o livro estava aqui na fila, foi lido para o DL do Tigre, na categoria Livro escrito por uma mulher. Nada melhor então que um escrito por duas mulheres, certo?? ;)

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Resenha: A Noite das Bruxas – Agatha Christie


Título: A Noite das Bruxas
Título original: Hallowe'en Party
Autora: Agatha Christie
Ano de lançamento: 1969
Ano de lançamento no Brasil: 2006 (edição que li)
Editora: Nova Fronteira
Número de páginas: 256


Sinopse oficial:

Durante os preparativos de uma festa de Halloween, na pacata cidadezinha inglesa de Woodleigh Common, a adolescente Joyce Reynolds vangloria-se de ter, certa vez, presenciado um assassinato, sem citar nomes. Ninguém acredita na história, pois a menina era famosa por suas mentiras. Por coincidência ou não, a jovem é morta na mesma noite, durante a festa. Chocada com o terrível crime, uma das convidadas, a escritora Ariadne Oliver, pede ao famoso detetive Hercule Poirot, seu amigo, que descubra quem é o assassino.

___________________­_____|||______________________

Peguei mais uma obra da Agatha Christie para ler para o desafio literário desse mês. Deveríamos Ler um livro de capa roxa/lilás. Estava decidida a ler outro livro, mas acabei deixando ele para ler no mês que vem, pois é o primeiro volume de uma série – A Mão Esquerda de Deus – e quero ler os 3 seguidos.

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Resenha: Psicose – Robert Bloch

Título: Psicose
Título original: Psycho
Autor: Robert Bloch
Ano de lançamento: 1959
Ano de lançamento no Brasil: 1959 (Record) / 2013 (Darkside)
Editora: Darkside
Número de páginas: 240

Skoob
 
Sinopse:

Livro que deu origem ao mais famoso filme de suspense de todos os tempos. Psicose conta a história de Marion Crane, que foge após roubar o dinheiro que foi confiado a ela depositar num banco. Ela então vai parar no Bates Motel, cujo proprietário é Norman Bates, um homem atormentado por sua mãe controladora. Belo suspense, de tirar o fôlego!

                                   ___________________­_____|||______________________

Peguei esse livro emprestado com uma amiga e por indicação dela. Por isso ele entrou no DL do Tigre no tema Livro emprestado. Como eu raramente pego livros emprestados com amigos, aproveitei a chance – em geral eu que sou a “biblioteca”. A leitura está valendo também para o Desafio Infinitos Livros.

Segue a música da vez! Claro que não poderia ser outra!! Poucas músicas são mais marcantes, no cinema, do que essa.


Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...