segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Resenha de Saga: Heróis do Olimpo – Rick Riordan

Título: Os Heróis do Olimpo
             1. O Herói Perdido (Skoob)
             2. O Filho de Netuno (Skoob)
             3. A Marca de Atena (Skoob)
             4. A Casa de Hades (Skoob)
             5. O Sangue do Olimpo (Skoob)

Título original: The Heroes of Olympus
Autor: Rick Riordan
Ano de lançamento: 2010-2014
Ano de lançamento no Brasil: 2011-2014
Editora: Intrínseca

Sinopse skoob (primeiro livro):

Depois de salvar o Olimpo do maligno titã Cronos, Percy Jackson e seus amigos trabalharam duro para reconstruir seu mais querido refúgio, o Acampamento Meio-Sangue. É lá que a próxima geração de semideuses terá de se preparar para enfrentar uma nova e aterrorizante profecia.

Os campistas seguirão firmes na inevitável jornada, mas, para sobreviver, precisarão contar com a ajuda de alguns heróis, digamos, um pouco mais experientes – semideuses dos quais todos já ouvimos falar... e muito.

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Já tem um bom tempo que li a série Percy Jackson e os Olimpianos (PJO). Lembro que li muito rápido e gostei bastante. Mas com o passar do tempo eu fui esquecendo quase tudo, inclusive vários dos personagens. Aí comecei a pensar que não era tão maravilhoso assim, senão eu não teria esquecido. Comecei a ficar com preguicinha e quando saiu a “série-sequencia” Os Heróis do Olimpo eu não tive tanto interesse em comprar e ler logo. Eis que um amigo meu comprou, aí acabei pegando emprestado.




Acabou que resolvi fazer uma só resenha para a série inteira, porque achei que ia ficar meio maçante uma resenha completa para livros tão curtos e tão interligados. Então hoje teremos uma Resenha de Saga.


O começo de O Herói Perdido foi meio devagar. Eu sei o que problema é comigo, porque estou em uma fase difícil de imergir nos livros. Por isso eu lutei para não ser mais um que eu iria largar no começo. Depois de um tempo o ritmo foi engrenando e eu já comecei a lembrar porque li a série PJO tão rápido!




A escrita de Riordan é muito fácil e gostosa. A leitura flui de forma tranquila e sem tropeços e o ritmo de sua narrativa é meio alucinante, sem muito espaço para pausas. O difícil é achar o melhor momento para parar de ler na hora de ir dormir, porque cada capítulo puxa o outro e não temos vontade parar.

No primeiro volume da saga conhecemos os novos personagens que irão se “mesclar” com os antigos. Acompanhamos Jason, Piper e Leo e os capítulos são intercalados entre eles. O livro segue o mesmo padrão dos livros da série anterior. Uma profecia, uma missão, os protagonistas saem para concluí-la em um tempo curtíssimo e tem muita luta com monstros e situações de extremo risco para os personagens. O ritmo segue frenético até o fim.




O seguinte é O Filho de Netuno e já sabemos de quem se trata né? Nesse volume dá pra consolidar o fato de que Riordan gosta de seguir padrões. Mais uma vez acompanhamos três protagonistas, dois homens e uma mulher. Ele gosta dessa receita de arroz com feijão. Passa a impressão que tem medo de mudar a receita e não agradar aos fregueses leitores. Com isso ele pode acabar é perdendo pontos pela falta de “criatividade”, por manter tudo igual sempre. Bom, apesar disso, que pode ser considerado um “detalhe”, o livro é bom como os outros. Os personagens são bem cativantes, o ritmo é intenso. Definitivamente amei o Frank e a Hazel – muito mais que Jason, Leo e Piper do primeiro livro. Eles dois se tornaram meus personagens favoritos junto com Nico.




Na continuação, A Marca de Atena, os personagens dos dois livros anteriores se juntam em uma “missão conjunta” de acordo com a Profecia dos Sete. Então aí temos uma pequena alteração na receita de Riordan, pois temos 7 semideuses juntos tentando cumprir uma missão que terá seu fim no 5º livro. Mas nesse meio do caminho tem várias outras “missões paralelas” que fazem com que as histórias sigam o mesmo ritmo da saga anterior e dos dois livros precedentes dessa saga. Como previsto, esse livro é um pouco mais focado em Annabeth.

O bacana é você ler Os Heróis logo que acabar PJO porque tem muuuuuitas referências a missões da saga anterior e quem não leu ou não lembra pode ficar perdido. Eu tinha esquecido muita coisa, então várias referencias eu tive que relembrar ou simplesmente largar pra lá.




A Casa de Hades foi meu favorito, junto com o último, O Sangue do Olimpo. Os dois são um pouco mais “sombrios”, mas seguem a mesma pegada infanto-juvenil do restante da obra. O ponto alto aqui fica com Bob e Damásen. Sério... não posso pensar neles... Vamos mudar de assunto.

Só um comentário geral... os fãs que amam esses dois que me perdoem, mas definitivamente o casal Percy e Annabeth não faz minha cabeça. Não sinto uma química legal entre eles e não consigo me apaixonar pelo relacionamento. Apesar disso acho muito bacana a cumplicidade e companheirismo que eles demonstram – apesar de achar que seria tão bom quanto se eles fossem só amigos. Não vou falar mais de casal aqui, porque não quero estragar as outras “surpresas”, apesar de ser tudo bem obvio.




Algo que me incomodou um pouco é “relativa” facilidade com que as batalhas mais importantes são vencidas. A gente fica esperando que seja tudo muito pior, mas acaba sendo mais fácil do que imaginamos.

O que eu acho que tanto nos cativa nas obras de Riordan é o uso que ele faz da mitologia. Seja ela grega, romana, egípcia, nórdica, ele faz uma pesquisa a fundo e usa todo o material a seu favor. Ele transforma mitos em personagens de “carne e osso”. Com defeitos e qualidades. Ele os traz à vida de forma incrível! Sejam os deuses do Olimpo, sejam os deuses “primordiais”, sejam os titãs, sejam os gigantes. Ele modela a mitologia de forma que fique muito cativante para o leitor.

Mesclado a isso tem os personagens que são muito bem construídos, apesar de bem chichês, como eu já disse. Talvez a exceção seja Nico – como eu já disse lá pra cima, um dos meus favoritos – que conseguiu fugir um pouco desse clichê-Riordan. Mas acho que ninguém pega uma série como Heróis do Olimpo procurando uma trama super inovadora né, então tudo bem.




Tio Rick deixou algumas pontas soltas na saga. Não sei se ele esqueceu mesmo, no decorrer de 5 livros, ou se eu não consegui perceber as sutilezas das revelações, mas não foi nada “grave” o suficiente para muitas reclamações.

No geral foi uma série que não decepcionou. Trouxe novos personagens favoritos e consegui chegar ao fim com um sorriso no rosto. ☺



Samy =)

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