terça-feira, 30 de agosto de 2016

Resenha: Elantris - Brandon Sanderson

Título: Elantris 
Título original: Elantris
Autor: Brandon Sanderson
Ano de lançamento: 2005
Ano de lançamento no Brasil: 2012
Editora: LeYa
Número de páginas: 576


Sinopse skoob:

O príncipe Raoden, de Arelon, foi um dos tocados pela maldição que o levou a viver, ou a tentar sobreviver, em meio à loucura e maldições da cidade caída que, desde a maldição, tornara-se um cemitério para os que foram amaldiçoados. Prestes a se casar com Sarene, filha do rei de um país vizinho de Arelon – uma mulher que nem chegou a conhecer pessoalmente, mas que, mesmo com um casamento politicamente forçado, passou a conviver por meio de cartas – o príncipe é dado como morto, uma situação que parece ser irremediável, mas que precisa de explicações. E são esses mesmos esclarecimentos que Sarene procura ao chegar em Arelon e descobrir que tornara-se viúva antes mesmo de conhecer seu marido. E a partir daí começa a entender que terá que tomar conta de tudo sozinha, principalmente de um homem chamado Hrathen, um dos mais poderosos nobres, que está disposto a substituir o rei Iadon, pai de Raoden, para poder converter o país à religião Shu Dereth.

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Esse foi o primeiro livro do consagradíssimo Brandon Sanderson que li. Como a maioria de suas obras é saga, eu fico naquela de esperar lançarem todos os volumes para começar a ler e acabei não começando nenhuma – até onde sei, nenhuma de suas sagas está concluída aqui no Brasil ainda. Como Elantris era um livro único, fui nele mesmo! Na verdade existe uma novela e um livro curto também ambientados em Elantris, mas acredito que sejam algo perto de spin-off e não uma continuação propriamente dita. Então estava liberado.

Aparentemente o autor tem planos de escrever continuações para Elantris, mas até agora nada foi confirmado.

Bom, e sobre o livro?




Claro que já tinha ouvido falar muito do autor, como um dos mestres da fantasia épica. E eu adoro esse gênero, então estava com altas expectativas! Por outro lado, o amigo que me emprestou o livro não gostou tanto da leitura. Achou fraco. Então fiquei com medo de ir com muita expectativa e me decepcionar. Apesar dessa dúvida fui em frente.

Desde o início já fiquei relativamente presa à trama, embora o início seja um pouco lento. Mesmo lento não é daquele tipo que descreve muito antes de começar a engrenar. Não. Ele vai apresentando o local e os personagens aos poucos, à medida que vai sendo necessário. Já que estamos falando dos persongens, já adianto que me agradaram bastante. Consegui me apegar a vários deles. Personagens muito bem construídos, com personalidades marcantes e bem definidas.




Sarene me chamou a atenção desde o início por não ser a típica princesinha que vive para sonhar com seu príncipe encantado – embora ela não deixe de sonhar com um casamento feliz em sua vida. Ela é uma política nata. Ajudava seu pai, o rei de Teod, como diplomata. Dessa forma viajou a muitos países próximos em suas missões. Agora ela foi para Arelon se casar com o príncipe Raoden e estabelecer uma ligação política entre os dois reinos.

Raoden também é um bom personagem, embora perfeitinho demais. Aquele tipo de personagem que é unicamente bom, mas não achei que ele chega a ser chato. Não podemos dizer que é um personagem brilhantemente construído, pois cai em vários clichês, mas ainda assim é alguém que nos cativa facilmente, então me apeguei a ele – é fácil gostar de alguém tão bom. Ele fica por conta no núcleo elantrino, a parte mágica da obra.




Enquanto Sarene e seu núcleo tratam da parte política e Raoden da parte mais fantasiosa, a parte religiosa fica por conta do núcleo do gyorn Hrathen. Ele é um sacerdote da religião Shu-Dereth. A parte religiosa foi muito bem abordada com seus fanatismos, ramificações, crenças e tudo mais. Eu confesso que achava essas partes um pouco mais maçantes, mas ainda assim foi muito bem construída, isso não dá para negar! Hrathen é um personagem excepcional também. Não poderei me alongar muito sobre ele para não correr o risco de falar demais, mas foi um personagem fantástico!

O livro é narrado em terceira pessoa, a cada momento pelo ponto de vista de um dos três personagens principais. Adoro esse tipo de narração, que tem sido cada vez mais utilizado, principalmente em livros de fantasia!

O personagens secundários também têm seu lugar e você percebe que nenhum apareceu à toa, só para ocupar lugar e páginas. Cada um tem sua importância, que vai ser descoberta uma hora ou outra!




Sanderson conseguiu criar um mundo muito bem definido e construído, sem pontas soltas e sem se alongar demais em detalhes desnecessários. Focou no que era relevante para a obra e se apoiou nisso para construir o restante da trama. Elantris é um caso à parte e o ponto alto, para mim. Amei a construção da cidade e daqueles tomados pela Shaod. O que era Elantris antes e o virou após o Reod, quando o caos surgiu.

A edição ficou maravilhosa. A capa dispensa comentários com essa maravilhosa ilustração do Viktor Fetsch. Não achei muitos erros de revisão, a página grossa e amarelada é uma delícia de ler, super confortável.

Resumindo, qualquer medo que eu tivesse de não gostar do livro, passou nas primeiras páginas e agora eu fiquei mais curiosa ainda para ler outras obras do autor, uma vez que as opiniões são de que ele melhora a cada livro novo!

Se você é um fã de fantasia, não pode perder!!




Samy =)

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