terça-feira, 23 de agosto de 2016

Resenha: Não Brinque com Fogo – John Verdon

Título: Não Brinque com Fogo
Título original: Let the Devil Sleep
Autor: John Verdon
Ano de lançamento: 2012
Ano de lançamento no Brasil: 2013
Editora: Arqueiro
Número de páginas: 400

Sinopse:

No ano 2000, um criminoso que ficou conhecido como Bom Pastor matou seis pessoas em estradas, dentro de seus carros em movimento. Na época, ele enviou um manifesto à polícia no qual deixava claras suas motivações: uma cruzada solitária contra a ganância. Após o sexto assassinato, no entanto, encerrou a matança e nunca foi descoberto. Dez anos depois, uma jovem estudante de jornalismo está fazendo um documentário sobre os familiares das vítimas quando coisas estranhas começam a acontecer em sua casa. Objetos são trocados de lugar, maçanetas são afrouxadas, luzes se apagam sozinhas. Assustada, ela contrata Dave Gurney como consultor. Depois de ler o material sobre o caso – incluindo o perfil psicológico do assassino elaborado pelo FBI –, o detetive coloca em dúvida toda a lógica da investigação. Ao confrontar os agentes responsáveis, porém, Dave percebe que está mexendo em um ninho de vespas, o que fica evidente quando até pessoas que o apoiaram no passado se voltam contra ele. Agora seu único aliado é o antigo parceiro Jack Hardwick, um policial grosseirão e debochado que não esconde seu desprezo pelas autoridades. Com sua ajuda, Dave tem acesso aos relatórios confidenciais do caso e começa a própria investigação. Mais uma vez, ele se colocará em risco enquanto tenta provar seu ponto de vista e capturar o criminoso. Além de reunir todas as qualidades da série Dave Gurney – personagens bem construídos e uma admirável engenhosidade narrativa –, “Não Brinque Com Fogo” vai além: é um lembrete do poder da fé em si mesmo num mundo onde isso é cada vez mais raro.

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Romance policial está entre meus gêneros literários favoritos. Apesar disso, eu nunca tinha lido nada de um dos mais famosos escritores do gênero, John Verdon. A Celly do Me Livrando me recomendou um livro dele – que nem lembro mais qual foi – e como encontrei Não Brinque com Fogo em uma promoção, foi ele mesmo o escolhido para eu estrear o autor!

Como sempre eu tento ler romances policiais sem ler a sinopse porque a maioria contém spoilers e mesmo as revelações mais inocentes podem estragar alguma surpresa.





Mais uma vez se trata de uma série de livros tendo o mesmo investigador como protagonista. Nesse caso se trata de um ex-investigador, já aposentado, mas a quem os casos mais escabrosos perseguem, Dave Gurney. As situações e assassinos não respeitam sua recente aposentadoria e vão atrás dele sem dó.

Infelizmente eu li a série fora de ordem, mais uma vez. Preciso aprender a conferir a ordem de lançamento dos livros policiais antes de sair comprando. Caso você queira fazer a tudo direitinho e ler na ordem, o primeiro livro com Dave foi Eu Sei o Que Você Está Pensando e o segundo foi Feche Bem os Olhos. Depois veio esse que eu trouxe para vocês hoje e um quarto já foi lançado também, Peter Pan Tem Que Morrer.

Bom, no caso de Não Brinque com Fogo Gurney é contratado pela filha de uma amiga para dar consultoria policial em um caso jornalístico da menina. Ela é estudante de jornalismo e para um trabalho decide fazer uma reportagem com familiares de vítimas de um assassino já “aposentado” há mais de 10 anos. A tarefa de Gurney é apenas assessorar Kim, mas obviamente a coisa não fica só nisso quando a moça começa a ser coagida. Será só o ex-namorado louco da menina ou tem a ver com o caso que ela desenterrou?




Além disso, Dave começa a desconfiar de que o caso do Bom Pastor não foi concluído de forma satisfatória, principalmente porque o responsável nunca foi pego – sequer descoberto.

Dave não é dos personagens mais simpáticos... ele é rabugento, está convalescente de uma “quase-morte” e tudo isso contribuiu para que fique mais mau-humorado com a vida. Apesar disso é um personagem feito para nos apegarmos. Ele é rabugento-fofo e fiquei apaixonada pela esposa dele. Aquele tipo de personagem que não é importante na trama, mas é forte, você sabe que está ali e que mesmo que de forma secundária tem um papel a desempenhar. Aliás, esse é um bom ponto do livro. Não tem personagens desnecessários. Todos que aparecem é por um motivo bem estabelecido e tem um papel bem delineado.

Como o livro não é apenas uma investigação policial em andamento, o ritmo é um pouco mais lento que os policiais em geral. Dave precisa desencavar coisas de um caso há muito tempo encerrado, e isso não é feito de uma hora para outra. Além disso tem o trabalho jornalístico de Kim que ajuda a dar uma quebra no ritmo com as entrevistas aos familiares das vítimas.




Ok, o ritmo pode ter sido um pouco lento do decorrer da trama, mas o final foi bem inesperado e de tirar o fôlego. Daquele tipo que você está lendo e quando percebe está com a respiração presa porque esqueceu de soltar o ar.

Ou seja, é um livro um pouco diferente para um policial, mas a escrita fluida e cativante de Verdon nos faz virar as páginas até o fim! Como foi o meu primeiro do autor, fiquei curiosa para ler os outros. Se você gosta de um bom policial, não deixe de ler!



Samy =)

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