sábado, 1 de fevereiro de 2014

Resenha: A Sabedoria do Condado - Noble Smith



Título: A Sabedoria do Condado
Título original: The Wisdom of the Shire
Autor: Noble Smith
Ano de lançamento: 2012
Ano de lançamento no Brasil: 2012
Editora: Novo Conceito
Número de páginas: 176
Sinopse oficial:

Um guia do Hobbit para a vida de milhões de fãs do J.R.R. Tolkien. Smith mostra que uma toca-hobbit é, na verdade, um estado de espírito e como até as menores pessoas podem ter o valor de um Cavaleiro de Rohan. Ele explora assuntos importantes para os hobbits, como cerveja, comida e amizade, mas também assuntos mais sérios, como coragem, vida em harmonia com a natureza e bem versus mal. Como prazeres simples como jardinagem, longas caminhadas e refeições deliciosas com amigos podem fazer você significativamente mais feliz? Por que o ato de dar presentes no seu aniversário em vez de recebê-los é uma ideia tão revolucionária? E como podemos carregar nosso próprio “anel mágico” sem sermos devorados por ele? "A Sabedoria do Condado" tem a resposta para essas perguntas.

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Confesso que comecei a ler A Sabedoria do Condado só por causa do Desafio Literário, que pedia a leitura de um livro de autoajuda. Como esse estilo não está entre os meus favoritos, eu de cara pensei que teria dificuldade em achar um livro minimamente interessante e ler até o fim. Olha como são as coisas. Um estilo literário que não nos interessa, pode acabar ficando interessante se abordado pelo “lado correto”. Gostei muito de ter tido a chance de ler esse livro e assim que puder pretendo compra-lo. Como minha mãe disse quando eu estava mostrando o desafio a ela – e falei que não leria o livro de autoajuda – “esse pode ser o que mais vai te surpreender”, e acabou sendo mesmo, por eu não ter muitas expectativas.

Para começar, me apaixonei pela capa. Quem não ama essas portas das tocas-hobbit? Eu sei que eu amo! O fato da capa ser toda em tons de cinza e marrom também me agradou. Achei que combinou com uma toca-hobbit. Não posso dizer sobre a diagramação em geral e tamanho da letra pois ainda não tive o livro de papel em mãos.

Para quem não entendeu, esse é um livro de autoajuda, mas que leva em consideração o modo de vida dos Hobbits, as queridas criaturinhas criadas por Tolkien, escritor de O Senhor dos Anéis, O Hobbit, O Silmarillion e por aí vai.

Os Hobbits prezam muito a natureza e uma vida saudável, com muita caminhada, ainda que regada à muita comida e bebida. Mas não é só à saúde física a que me refiro. Também falo da saúde mental. O amor ao próximo (com exceção, talvez, aos chatos dos Sacola-Bolseiro), a proximidade à natureza, a coragem – que pode aparecer quando você mais precisa e menos espera – e, principalmente, o coração bom e puro. Por esses motivos, o autor – Noble Smith – achou por bem fazer um livro de autoajuda que mostrasse essas qualidades às pessoas e às incentivasse a levar o estilo de vida dos hobbits e, assim, ter uma vida longa e feliz. Ele usa como exemplo também as outras raças da Terra-Média, como a paciência das Ents (mas saber agir sem muito ponderar quando for extremamente necessário), a graça e sabedoria dos elfos, a humildade, modéstia e sabedoria dos Istari – sobretudo Gandalf –, a força e orgulho dos anões.

Durante a narrativa, Smith conta várias curiosidades sobre Tolkien e relembra várias passagens de suas obras, principalmente O Senhor dos Anéis, O Hobbit e O Silmarillion. Inclusive, aconselho a não ler esse livro quem ainda não leu essas obras, se não quiser spoiler. Não que ele conte o que acontece, mas narra algumas passagens para ilustrar o que deseja nos mostrar naquele determinado capítulo. Achei bem interessantes essas passagens, pois algumas delas eu já havia esquecido. Ficou obvio todo o estudo e conhecimento que o autor tem sobre as obras de Tolkien e o próprio estilo de vida do mesmo. Como ele mesmo diz, é fruto de uma vida inteira de interesse e pesquisa.

A sensação que se tem durante toda a leitura é de uma conversa com um amigo. A narração é fluida e despretensiosa. Ele conta fatos que aconteceram na sua vida desde que ele optou por levar um estilo de vida mais próximo a esse que fala no livro.

Todo início de capítulo tem um título com o tema que será tratado e, no final dos capítulos, tem uma frase de “Sabedoria do Condado” na qual Smith resume a ideia do capítulo com uma passagem ou ditado ou síntese do que ele apreendeu das obras de Tolkien.

Esse não foi um livro de leitura rápida – talvez por não ter uma estória propriamente dita – e eu nem acho que esse seja o objetivo desse tipo de leitura. É bom ler com tempo para refletir no que nos foi passado. O capítulo “O Amor na Terceira Era” foi o que achei mais bonito e, pelas histórias contadas, foi perceptível o amor e cuidado que Tolkien tinha com sua esposa, Edith.

Para finalizar, deixo um ditado élfico para vocês, que significa um desejo de amizade forte e duradoura... “Que a estrela brilhe na hora da nossa reunião”.



Samy =)


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