terça-feira, 29 de abril de 2014

Resenha: Um Gato de Rua Chamado Bob – James Bowen



Título: Um Gato de Rua Chamado Bob
Título original: A Street Cat Named Bob
Autor: James Bowen
Ano de lançamento: 2012
Ano de lançamento no Brasil: 2013
Editora: Novo Conceito
Número de páginas: 240


Sinopse oficial:

Quando James Bowen encontrou um gato ferido, enrolado no corredor de seu alojamento, ele não tinha ideia do quanto sua vida estava prestes a mudar. Bowen trabalhava nas ruas de Londres, lutando contra a dependência química de heroína, e a última coisa de que ele precisava era de um animal de estimação. No entanto, ele ajudou aquele inteligente gato de rua, a quem batizou de Bob.

Depois de cuidar do gatinho e trazer-lhe a saúde de volta, James Bowen mandou-o embora imaginando que nunca mais o veria. Mas Bob tinha outras ideias. Logo os dois tornaram-se inseparáveis, e suas aventuras divertidas — e, algumas vezes, perigosas — iriam transformar suas vidas e curar, lentamente, as cicatrizes que cada um dos dois trazia de seus passados conturbados.
Um Gato de Rua Chamado Bob é uma história comovente e edificante que toca o coração de quem a lê.
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Para começar, já tinha visto comentários sobre esse livro em alguns blogs mas nunca parei para ler as resenhas e não tinha intenção nenhuma de ler o livro. Há alguns anos li Marley e Eu quando surgiu como um sucesso mundial e, sinceramente, não me ganhou. Acho que sou a única pessoa a pensar isso, mas achei o livro cansativo. No começo estava me interessando, mas depois de certo ponto eu não via a hora de terminar. Era exatamente isso que tinha em mente quando via as resenhas e comentários a respeito de Bob, James e seu livro. Mas eis que a oportunidade surgiu e, em um feriado meio paradão por causa da chuva, resolvi que valia a pena tentar.
Bem recentemente desenvolvi um amor por gatos que de certa forma me surpreendeu. Sempre achei que eram animais lindos, mas muito egoístas e interesseiros, então nunca quis muito contato – somado ao fato de ter tido alergia quando criança. O contato mais próximo, recente, com alguns bichanos realmente me fez ter um pensamento diferente e hoje os acho criaturas encantadoras.

James Bowen vem então nos contar como conheceu um gatinho alaranjado muito cativante e como a responsabilidade de ter mais uma boca para alimentar – e um ser que dependia totalmente dele – deram novas perspectivas à sua vida que estava apenas começando a entrar nos eixos após um tempo vivendo nas ruas e totalmente dependente da heroína.
A escrita é bem leve e fluida, o vocabulário fácil e a leitura muito agradável. Todos os capítulos têm um título e uma patinha de gato ilustrando *____*. Não são longos e têm subdivisões, separadas por mais patinhas.

Bob é um gato realmente encantador e inteligente, mas o quanto ele é carismático, vou deixar vocês descobrirem sozinhos, sem mais detalhes. No decorrer da narrativa vemos realmente um crescimento em James e é possível perceber que ele passa a encarar a vida sob uma nova luz. É notável que a confiança e amizade que humano e felino sentem um pelo outro aumenta a cada dia. De artista de rua ilegal ele passa a vendedor de revistas, o que continua sendo um trabalho duro – como ele mesmo diz, não é fácil trabalhar nas ruas – mas pelo menos o medo de ser abordado e preso por alguma autoridade não existe mais, já que tem uma credencial que o permite exercer tal atividade. Ele ainda precisa ir um dia após o outro para evitar qualquer recaída e uma nova viagem ao mundo das drogas, algo que ele quer a todo custo evitar. Bob, além de ser uma companhia fiel e agradável, dá um senso de responsabilidade à James até então inexistente. A história dos dois é conturbada e movimentada e isso torna a leitura interessante, ainda que às custas das dificuldades pelas quais passaram.

Diferente de Marley e Eu, não fiquei ansiosa para que a leitura acabasse. Não sei se devido à história, se devido à narrativa, aos “personagens” ou ao tamanho da obra. Fato é que apreciei muito mais a descoberta da vida de Bob e James e recomendo a leitura, principalmente para dias de preguiça aos quais livros mais leves caem bem! É possível ler facilmente em um dia.



Samy =)

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