terça-feira, 21 de abril de 2015

Resenha: O Pequeno Príncipe

Título: O Pequeno Príncipe
Título original: Le Petit Prince
Autor: Antoine de Saint-Exupéry
Ano de lançamento: 1943
Ano de lançamento no Brasil: 2009 (edição que li)
Editora: Agir
Número de páginas: 96
Sinopse oficial:

O Pequeno Príncipe, devolve a cada um o mistério da infância. De repente retornam os sonhos. Reaparece a lembrança de questionamentos, desvelam-se incoerências acomodadas, quase já imperceptíveis na pressa do dia-a-dia. Voltam ao coração escondidas recordações... O reencontro, o homem-menino.

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Eu sei que é uma vergonha admitir isso, mas só li O Pequeno Príncipe esse ano. Pois é, um dos livros mais famosos do mundo, meu pai tem ele em casa e eu nunca tinha lido. Mas tudo bem, antes tarde do que nunca, é o que dizem.

Não é segredo para ninguém que eu adoro um bom infanto-juvenil, certo? Eu não sei dizer se esse seria infantil ou infanto-juvenil, mas enfim, quem liga para rótulos? Eu sempre fui meio cética quando aos elogios ao livro. Já havia lido as duas primeiras páginas e pensei: “tanto rebuliço por isso”? E aí fui enrolando cada vez mais. Aproveitei que o Desafio Literário de julho pedia a leitura de um livro clássico e resolvi desencalhar esse! Depois que li o livro mudei de ideia e resolvi colocar O Médico e o Monstro no desafio ao invés desse.

O livro é narrado por um adulto e se inicia com uma memória de sua infância. Nessa memória, podemos perceber o quão limitada é a imaginação das “pessoas grandes”, que é a maneira que ele usa para se referir aos adultos. Em geral, são pessoas que já perderam o dom da magia – e aqui uso o sentido figurado, obviamente – e da abstração. Têm uma visão preto-no-branco e não saem muito disso. O autor se enquadra nessa categoria, para socializar com os outros adultos, mas seu “eu interior” era diferente disso e ele sempre tentava a sorte quando achava que determinado adulto poderia ser “promissor”, conservando um pouco das características das crianças. Assim foi vivendo até ficar preso no deserto e conhecer um “homenzinho” deveras peculiar. Esse homenzinho tinha todas as características que ele tanto buscava e ainda mais!

Com esse pequeno príncipe de risada contagiante, o narrador redescobre as maravilhas simples da vida. Escutando as estórias do príncipe, também começamos a pensar se estamos seguindo o caminho certo.

Acredito que tenha sido um dos livros mais simples que já li – com exceção dos ilustrados infantis, mas um dos mais profundos também, já que leva a reflexões sem precisar recorrer a dramas, a tragédias ou artifícios do gênero. É uma crítica ao modo de viver de muitas pessoas, que prestam mais atenção às coisas materiais ou trabalho que às coisas que realmente nos fazem felizes.

Com alguns dos quotes mais citados da literatura, o livro consegue não ser clichê e agradar a quase todos que o leem. Recomendo.


Samy =)

6 comentários:

  1. Esse é um livro que preciso reler. Faz muito tempo que li e já nem me lembro direito de como era, mas não gostei muito. Provavelmente achei a linguagem chatinha :P

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    1. A linguagem eu achei até bem simples. Diferente do que eu imaginava que seria, sabe? Eu ainda não acho que é tuuuudo que as pessoas falam, mas gostei bastante da leitura!

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  2. Li O pequeno príncipe faz muuuito tempo e não gostei muito, talvez porque esperasse algo cheio de aventuras. Preciso dar uma nova chance para ele (mas confesso que não sou muito fã das frases famosas). :P

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    1. Confesso que já cansei das frases, de tanto que as pessoas usam. Mas se não fosse por isso, são até interessantes! Eu gostei do livro, só que é realmente beeeem simples!

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  3. Eu juro que não tinha visto o comentário da Lígia antes de escrever, mas a gente acabou comentando quase a mesma coisa... Ligação de irmãs, né? :)

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