terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Resenha: O Príncipe da Névoa – Carlos Ruiz Zafón

Título: O Príncipe da Névoa
Título original: El Príncipe de la Niebla
Autor: Carlos Ruiz Zafón
Ano de lançamento: 1993
Ano de lançamento no Brasil: 2013
Editora: Suma de Letras
Número de páginas: 180

Skoob

Sinopse skoob:

A nova casa dos Carver é cercada por mistério. Ela ainda respira o espírito de Jacob, filho dos ex-proprietários, que se afogou. As estranhas circunstâncias de sua morte só começam a se esclarecer com o aparecimento de um personagem do mal – o Príncipe da Névoa, capaz de conceder qualquer desejo de uma pessoa, a um alto preço.

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Esse foi o terceiro livro de Zafón ao qual tive contato. O primeiro foi A Sombra do Vento, mas não consegui me prender à leitura e acabei deixando para um outro momento. Acabou que o primeiro que realmente li do autor foi Marina e me agradou muito. Foi bem diferente do que eu imaginei, para melhor.

Foi depois de ler Marina que aproveitei uma promoção e comprei a Trilogia da Névoa. Como sempre, enrolei para ler e só comecei agora, com O Príncipe da Névoa, o primeiro volume.

É um livro bem fino e da leva infanto-juvenil que o Zafón escreveu. Apesar de ser considerado desse gênero, eu o considero mais um suspense no qual o protagonista é um garotinho do que um infanto-juvenil propriamente dito.



Na trama, acompanhamos a família Carver que decide sair da cidade grande e ir para o interior, se afastando da guerra que assola o país. Max é o filho do meio, sendo precedido por Alicia e sucedido por Irina. O livro começa a ganhar forma quando eles chegam à cidade e Max conhece Roland, um garoto da cidade que mora com seu avô no farol. Max e Roland se tornam amigos e passam por algumas situações muito inusitadas, beirando o sobrenatural. Max começa a estranhar algumas coisas que acontecem no terreno atrás de sua casa, que é cheio de estátuas de personagens de circo. Ao ver esse mesmo terreno em um vídeo caseiro, encontrado no porão de sua casa pelo pai, Max percebe que tem mesmo algo estranho acontecendo.

O sobrenatural – bem de leve – se mistura com o mistério e vamos descobrindo coisas novas no decorrer da narrativa, mas nada nos prepara, exatamente, para o que está por vir. Minha principal questão ao inicio do livro era “quem é o Príncipe da Névoa??”. Só que quando realmente comecei a ler, tantas outras questões foram surgindo, que essa acabou ficando no esquecimento até que foi desvendada. Pois é, o autor vai nos dando algumas informações, ao mesmo tempo que esconde outras. Isso nos deixa grudados ao livro.





Os personagens são daqueles fáceis de se gostar. É fácil gostar de alguém que você só vê o lado positivo, certo? Não sei se é pelo fato de ser um livro curto, mas senti que o autor desenvolve mais a estória que os personagens. Não me levem a mal, não estou dizendo que esses são mal desenvolvidos ou superficiais. Não são. Mas a construção do autor é do tipo “bom ou mau”. Isso torna o personagem um pouco menos denso, mas não é algo que impeça o livro de ser bom.

Mais uma vez achei a narrativa de Zafón muito boa e – como eu disse acima – a estória me prendeu o suficiente para ler a obra toda em um domingo de marasmo. Considero aquele tipo de livro bom para distrair a cabeça de uma leitura mais pesada, apesar de ser um livro um pouco melancólico.




Não conseguiu ser bom como Marina, mas não me desanimou de continuar lendo a trilogia. Só sei que não vou esperar um livro sensacional no segundo volume, assim como esse não foi. Mas não deixarei de esperar que seja um bom livro.

Eu acho as capas dos três livros da trilogia muito lindas, assim como amei a capa de Marina.

Recomendo a leitura, como um bom passatempo.


Samy =)

2 comentários:

  1. Dos livros da Trilogia da Névoa, só li "O palácio da meia-noite", que achei bem fraquinho e desanimei de ler o resto. Sinto que o Zafón meio que se repete nos temas, parece que estou sempre a ler variações do mesmo livro, mas ao mesmo tempo os livros sempre são interessantes o suficiente para prender minha atenção. :P

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    1. Amanhã vai sair justamente a resenha de O Palácio! Ele é pior que O Príncipe. Talvez valha a pena ler. Mas O Príncipe ainda não ganha de Marina! <3

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