segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Resenha do leitor: Doctor Who, Shada – Gareth Roberts e Douglas Adams

Gente, hoje vamos ter mais uma resenha do leitor! A Cris é uma amiga querida e ex-blogueira (por enquanto) que vai aparecer aqui vez ou outra dando sua opinião sobre algumas obras! Com as palavras dela, "uma wholockian que antigamente escrevia em blogs."

A resenha que ela fez foi de um livro de Doctor Who, Shada. Vamos lá então ver o que ela achou da obra?



Título: Shada
Título original: Shada
Autor: Gareth Roberts e Douglas Adams
Ano de lançamento: 2012
Ano de lançamento no Brasil: 2014
Editora: Suma de Letras
Número de páginas: 352

Skoob

Sinopse skoob:

Vista e cultuada em mais de 200 países, a série de TV Doctor Who é um ícone cultural britânico que conquistou mais de 70 milhões de fãs em 50 anos de aventura.O seriado acompanha o Doutor: um viajante misterioso, vindo do planeta Gallifrey, movido pelo desejo de explorar todos os cantos do tempo e do espaço. Um dos Senhores do Tempo, o Doutor é capaz de se regenerar para escapar da morte, mudando de corpo, rosto e personalidade. Com seus companheiros, humanos e alienígenas, ele protege a Terra e o cosmos contra perigos de todos os tipos. Shada reconta um episódio que nunca foi transposto para as telas de televisão, uma aventura “perdida” de 1979. Escrita pelo então editor de roteiros da série, Douglas Adams, o autor de O guia do mochilerio das galáxias, Shada traz a quarta encarnação do Doutor e sua companheira Romana II.

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"Sabe o que é ter um livro há muito tempo na estante e, por mais que imagine que a leitura poderia ser ótima, nunca tomar a iniciativa de começar a história? Essa era a minha relação com Shada até poucos dias atrás, quando criei vergonha na cara e tirei o meu exemplar de seu tão típico espaço na prateleira.

Para uma contextualização, é importante comentar que sou uma boa fã da série britânica Doctor Who e da escrita cômica de Douglas Adams, autor da “trilogia de cinco” O Guia do Mochileiro das Galáxias. E imagine a minha alegria em reunir essas duas paixões, afinal, Doctor Who: Shada é uma história baseada nos roteiros da série clássica de Doctor Who escritos por Douglas Adams há quase 40 anos. Na época, por pressões da emissora BBC, o roteiro teve de ser finalizado num prazo curto e a história deixou a desejar, tanto que os episódios para a série nem chegaram a ser finalizados (também por culpa de uma greve, diga-se de passagem). Chega então Gareth Roberts, autor de alguns episódios da série moderna de Doctor Who (entre eles The Unicorn and the Wasp, em que o Doctor encontra Agatha Christie <3), e aceita adaptar esses antigos roteiros de Douglas dando forma ao livro de que vos falo.




Pra quem não sabe muito (aka nada) de Doctor Who, é preciso dizer que na série acompanhamos as aventuras do Senhor do Tempo chamado Doctor, um viajante do tempo e espaço que tem como máquina do tempo a Tardis, uma cabine de polícia azul. Uma coisa muito legal da série é a sua possibilidade de renovação, já que quando o Doctor morre, ele na verdade pode se regenerar adquirindo um outro corpo e, assim, a série pôde resistir por mais de 50 anos sem cair na monotonia.

O Doctor presente em Shada é o Fourth (quarta regeneração), interpretado pelo brilhante Tom Baker, detentor daqueles simpáticos cachos e do gigante cachecol colorido. Ele também costuma levar companhias para suas viagens e, na época de Shada, ele viajava com Romana, outra Senhora do Tempo, e K-9, um cão robô extremamente amável (repare que a pronúncia K-nine é semelhante a canine em inglês).

O que realmente temos em Shada em termos de enredo é um vilão pirado chamado Skagra que pretende transformar a mente de todos os seres do Universo numa única, a sua própria. Para isso, ele conta com uma esfera capaz de absorver a mente e os conhecimentos de outras pessoas e com uma Nave espacial bastante bajuladora (e que se revela bem cômica ao longo do texto).




Porém, ele ainda precisa de mais uma coisa antes de trilhar seu caminho de perversidade: O venerável e ancestral livro das leis de Gallifrey (planeta dos Senhores do Tempo). Esse livro está (ou pelo menos costumava estar) em posse do Senhor do Tempo aposentado Chronotis, um velho professor de Cambridge que adora servir chás a seus visitantes em sua sala repleta de livros bagunçados. Até que um dia Chris, um estudante de Cambridge, faz uma visita ao professor com o intuito de pegar alguns livros emprestados. Entretanto, esse tal livro importante acaba chamando a atenção de Chris, que ao tocá-lo relembra de algumas memórias antigas e, por fim, o leva junto consigo. A partir daí começa o desafio de recuperar o livro e impedir que Skagra alcance seus objetivos.

Ah, também temos a presença de Clare, uma amiga cientista de Chris que acaba caindo de cabeça na história. Percebe-se que Chris e Clare são secretamente apaixonados um pelo outro, mas enquanto Clare espera uma declaração de Chris, ele tem receio de admitir seu amor por achar que a moça nem olharia para ele. Enfim, clichês, viagens no tempo, reviravoltas, aparentes inimigos que se tornam amigos, segredos revelados, rebeldias e humor sarcástico estão mais do que presentes na trama.

Sinceramente, fiquei muito satisfeita com o rumo da história, porém isso não foi o mais importante para mim. Acho que o fato de simplesmente estar lendo sobre o Doctor por uma visão de Douglas Adams, com suas piadas, sarcasmos e loucuras, foi o ponto alto de Shada. Doctor Who transcende o enredo; a sua essência de herói atrapalhado é o que fascina. Sei que não me importaria se a história fosse boa ou ruim; o legal mesmo é estar lendo e entrar em contato com o Doctor mais uma vez. Mas quando a história ainda é boa como em Shada, a minha alegria é duplicada.




Concluindo, não acho que esse é um livro para se indicar ao grande público. Nem todos gostam de ficção científica, menos ainda gostam de Doctor Who. Esse é um livro para quem é fã ou, no mínimo, tem uma curiosidade pelo Senhor do Tempo. Ah, Shada é uma forma maravilhosa de se conhecer mais sobre a série clássica e ter aquele incentivo mais do que necessário para começar a missão de assistir às 27 temporadas antigas, as primeiras em preto e branco, inclusive. Pelo menos comigo funcionou, pois já estou tremendamente empolgada para ter mais do Fourth Doctor, Romana e K-9 na minha vida.

Uma boa notícia é que já encontrei outro livro nessa mesma linha. Trata-se de Cidade da Morte, uma versão romantizada de um dos arcos clássicos mais elogiados dos escritos por Douglas Adams. A adaptação final ficou por conta do autor James Goss e já leitura obrigatória para mim."

E aí, o que acharam do livro? Vocês gostam de Doctor Who? Eu confesso que só comecei a assistir à série e parei. Sou péssima com séries. Mas sempre que converso com a Cris empolgo de novo! Vou tentar recomeçar! :D

Samy =)

Um comentário:

  1. Adoro Doctor Who, já assisti toda a série moderna e, inclusive, mais de uma vez algumas temporadas! hahaha
    Entretanto, até hoje ainda não li nenhum dos livros (que são váaaarios) pois acabo desanimando por saber que eles não são estórias inéditas. :(

    http://magoevidro.blogspot.com.br

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