segunda-feira, 28 de março de 2016

Resenha: Jardim de Escuridão – Bianca Carvalho

Título: Jardim de Escuridão
Autora: Bianca Carvalho
Ano de lançamento: 2012
Editora: EraEclipse
Número de páginas: 308

Sinopse skoob:

"Todo dom pode ser uma bênção ou uma maldição..."

Quando Faith Connor recebe uma carta deixada por sua avó, após a morte da mesma, contendo um último pedido, ela não esperava que sua vida ganharia um rumo inesperado.
Detentora de um dom especial de compreender as flores, cujos significados lhe fornecem visões de acontecimentos futuros, ela atende o pedido da avó, levando uma flor especial a seu túmulo e acaba conhecendo Rowan Allers, um homem atormentado pela morte da irmã, assassinada por um serial killer.
Sentindo uma estranha conexão com aquela história, Faith o ajuda a investigar, sem nem saber que seus destinos estavam ligados de forma perigosa e até fatal.

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Quem leu a resenha de Versos Sombrios já percebeu que eu li a trilogia fora de ordem, certo? Jardim de Escuridão é o primeiro volume da Trilogia das Cartas da autora Bianca Carvalho publicada pela EraEclipse. Eu gostei do segundo volume, apesar de algumas coisas que me incomodaram.

Por acompanharmos três mulheres da mesma família – duas irmãs e uma prima – conhecemos as protagonistas dos próximos volumes. Então eu já tinha imaginado que gostaria mais do livro da Faith do que gostei do livro de Cailey. Nesse caso eu estava certa!


Foto retirada daqui.



A Trilogia das Cartas conta a história das primas DeWitt que moravam com a avó Lolla. Lolla era clarividente e as últimas previsões que faz antes de morrer foram a respeito do futuro de suas netas que estão totalmente perdidas na vida, sem saber que caminho seguir.

Lolla escreve as visões em cartas em forma de um pedido. Suas netas devem fazer o que ela lhes pede para que o que a avó viu em seus sonhos se concretize. Faith é a primeira a receber essa carta e acompanhamos sua história nesse volume.

Todas as DeWitt têm diferentes dons e o dom de Faith é conseguir interpretar as flores. Ela tem visões premonitórias e a partir do significado da flor que apareceu em sua visão, a moça sabe o que vai acontecer com a pessoa que ela vai presentear. Faith consegue interpretar sentimentos ao ver a flor que você escolheu para enfeitar a sua casa ou presentear alguém.

A mais velha das DeWitt perdeu o marido pouco tempo atrás e ainda sofre por isso. Sente sua vida devastada e tem um pouco de dificuldade de seguir em frente, mesmo já tendo se passado vários meses do incidente. Ela não se abre mais com as outras DeWitt e se afastou de sua avó também.


Foto retirada daqui.


Eu gostei bastante da Faith. Já tinha gostado muito dela ao ler o volume da Cailey, mas agora que foi a protagonista essa impressão foi totalmente confirmada. Ela é bem madura – diferente da irmã – e não é tão chata.

Os personagens mais uma vez são bem desenvolvidos e cativantes. Como dessa vez eu gostei da protagonista e achei seu relacionamento mais saudável, a leitura foi muito mais agradável. A escrita de Bianca segue fluida e fácil de ler. Entremeado no romance há mais uma investigação policial em curso, o que deixa o enredo bem mais interessante para mim. Eu fiquei bem curiosa com o que estava acontecendo e achei que a autora amarrou melhor as pontas e conseguiu uma trama mais interessante para quem não está interessado só na parte romântica. A parte policial foi muito melhor conduzida do que em Horas Noturnas e consegui gostar bastante.

Foi péssimo eu ter lido fora de ordem porque tirou todo o suspense desse primeiro volume, já que eu sabia o que tinha acontecido em um dos principais pontos da trama. Não façam isso. Leiam na ordem certa, ok?

Como eu havia mencionado na resenha de Versos Sombrios, vemos as consequências de um estupro no livro, embora não tenha sido muito bem desenvolvida a discussão acerca do assunto. Como previsto, o estupro em si acontece nesse primeiro volume e imaginei que poderia ter sido bem desenvolvido o assunto aqui.


Foto retirada daqui.


Ao mesmo tempo que foi bem explorado, poderia ter trazido uma discussão mais rica, o que é muito importante. Uma ocorrência dessas deixa um trauma muito difícil de ser superado e foi legal ver como as outras mulheres da família – e homens relacionados a elas – deram apoio à vítima e fizeram de tudo para conseguir pegar o agressor. Há uma enorme culpabilização por parte da própria vítima, mas achei interessante o empenho dos outros personagens em mostrar que ela não teve culpa alguma. O problema é que esse fato é usado pela autora para “corrigir” a personagem. Isso não gostei nem um pouco. Ficou parecendo que foi um “castigo” pela forma da personagem agir anteriormente. Então poderia ter sido trabalhado de outra forma, mas alguns pontos salvaram a situação.

Bom, no fim das contas foi o livro de Bianca Carvalho que eu mais gostei até agora. Alguns pontos típicos de romance meloso me deixaram sem paciência, mas é esperado quando leio o gênero, então preciso relevar. Falta ler a história de Tatianna em Sabores Mortais. Como eu gostei bastante da personagem nos livros das primas, acredito que vai ser uma boa leitura! Em breve volto para contar a vocês.



Samy =)

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