Resenha: Os Assassinos do Cartão Postal James Patterson

            Título: Os Assassinos do Cartão Postal

            Título Original: The Postcard Killers

Autor: James Patterson

Ano de lançamento: 2010

Ano de lançamento no Brasil: 2014

Editora: Arqueiro

Número de páginas: 304

Skoob

Sinopse oficial:

Uma viagem para conhecer as mais belas cidades da Europa é o sonho de qualquer pessoa. Porém, o detetive da NYPD Jacob Kanon não está interessado nos pontos turísticos. Após receber a notícia do brutal assassinato de sua filha e namorado, mortos em Roma, Kanon viaja para o Velho Continente para tentar juntar pistas sobre o crime que mudou sua vida. E a onda de assassinatos está só começando: jovens casais são encontrados mortos em Paris, Copenhague, Frankfurt e Estolcomo. Os crimes parecem não estar conectados, com exceção de um cartão-postal enviado para o jornal local da cidade de cada nova vítima. Quando a repórter sueca Dessie Larsson recebe um postal, Kanon junta forças com a jornalista e partem para o novo destino para tentar capturar o serial killer.

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Comecei o Desafio Literário de julho pelos opcionais. O primeiro que li foi o da categoria Ler um romance policial. Esse para mim foi fácil, pois amo o gênero. A parte mais difícil foi escolher qual eu leria. Já fazia um tempo que queria ler um romance policial de Patterson, pois foi o gênero que o consagrou como ótimo escritor – sendo a série Alex Cross a mais famosa – e eu li dois livros dele totalmente não relacionados com esse gênero.

Acho que o mais interessante desse livro é que temos a narração em terceira pessoa, mas focada em vários personagens. Os primeiros que nos são apresentados são os assassinos. Não é o primeiro livro policial que leio que foca nos assassinos, mas não é estilo muito utilizado ainda. E fica bem interessante. Você entende como eles atraem suas vítimas e o que fazem com ela, passo a passo. A única coisa que não sabemos é porque fazem isso.

Como adoro viajar, achei curiosa a forma que eles escolheram para contar ao mundo que existiam, enviando um cartão postal, sempre com os mesmo dizeres, a um jornalista em cada cidade que cometiam um duplo assassinato – além de uma foto dos cadáveres. A polícia sempre estava alguns passos atrás deles e quando conseguiam evoluir um pouco em suas investigações eles já estavam longe, planejando o próximo assassinato. Até Jacob Kanon entrar no jogo. Ele tem motivação de sobra para capturar os criminosos e sua disposição não vacila.

A ideia da estória é muito boa, abrangendo de obras de arte a viagens, mas eu não consegui me apegar a nenhum dos personagens, mesmo tendo achado Dessie uma mulher interessante – ainda acho que sua intrigante família mereceria um livro próprio. Nenhum deles foi carismático o suficiente para que eu realmente ficasse torcendo. Claro que eu queria que o pobre Jacob conseguisse se livrar de seu fardo e prendesse os assassinos, mas não fiquei com a respiração presa esperando que isso acontecesse.

Apesar disso o ritmo da narrativa é alucinante e a descrição dos assassinatos é impecável. O autor realmente soube como criar dois monstros sem alma para colocar no lugar dos vilões desse livro. Eu lembrei um pouco de Dexter, o serial killer mais amado que eu conheço, por causa do método. Assim como Dexter, os Rudolph são extremamente metódicos, frios e calculistas e completos psicopatas. Também  fiquei impressionada com a engenhosidade deles, para enganar a polícia. Infelizmente não posso falar os outros pontos quem me agradaram senão acabaria soltando algum spoiler.

James Patterson não conseguiu pegar o posto de “autor favorito do gênero policial” – posto que ainda pertence a Harlan Coben – mas chamou minha atenção e me fez querer ler outros thrillers dele. Recomendo!

Samy =)